VIRTUDE É NÃO ENTERRAR OS TALENTOS
Parafraseando são João Bosco podemos dizer que: A vida é o
talento que Deus nos confiou, o bom uso que dela fazemos é o reconhecimento por
aquilo que recebemos.
A parábola do Evangelho neste domingo sugere que ser
discípulo de Jesus consiste em não ficar confiando no Senhor esperando sua
manifestação gloriosa enquanto estamos de braços cruzados. Pelo contrário,
fazer os talentos produzir implica estar profundamente envolvido em todas as
coisas e atividades do mundo.
Não existem motivos que justifiquem a preguiça, a rotina, o
medo, a acomodação, pelo contrário, cada um a seu modo é desafiado a fazer frutificar
aquilo que recebeu. Na lógica de Deus ninguém fica de fora quando se trata de receber
dons e talentos. Numa leitura simplória podemos pensar que aquele que recebeu
um talento fosse discriminado e que pouco ou nada tinha que fazer. Pelo
contrário: Um talento equivale a três mil dias de trabalho, ou seja, pouco mais
de oito anos. Tempo suficiente para não ficar indiferente deixando perder as
oportunidades ao longo do tempo.
A parábola completa o que São Paulo tinha falado aos
tessalonicenses: “Portanto, não durmamos, como os outros, mas
sejamos vigilantes e sóbrios”. A hora de Deus ninguém sabe, portanto, a
maneira correta de aguardar a sua vida será em atitude de vigilância e
coerência. Afinal de contas o batismo nos fez diferentes e o horizonte de nossa
vida tem outras dimensões na comparação com aqueles que não foram batizados.
A nossa
existência está sustentada na esperança, que não decepciona! Nossa vida tem
como baliza a vida e os ensinamentos de Jesus e isso nos faz confiantes e torna
nossa vida mais bela e significativa.
Esta diferença o autor do livro da sabedoria escreveu no
contexto da sociedade patriarcal de outrora colocando valores na figura da
mulher que só um homem sábio também percebe. Não precisamos muito esforço para
perceber que o texto da primeira leitura pode ser aplicado a todas as pessoas
do nosso tempo.
Mulheres e homens que conduzem suas vidas na generosidade, no
trabalho, no compromisso são aqueles que fazem seu talento produzir. O texto de
hoje pode ser reescrito assim: “Uma pessoa forte, quem a
encontrará? Ela vale muito mais do que as joias”. Isso significa
dizer que não enterra nem esconde seu talento.
É nesse
contexto que o Papa Francisco nos convida para celebrar nesse domingo o Dia
mundial dos pobres e que para a reflexão Francisco escreveu a partir do livro
de Tobias que foi um marido fiel, um pai carinhoso, um homem justo e apesar
disso foi perseguido e deportado, sofreu e foi injustamente perseguido. Colocado
a prova experimentou a pobreza e todo tipo de sofrimento, mas no final da vida
deixa um conselho para seu filho: “Nunca afaste seu olhar de um pobre”
Peçamos
nós também a coragem e a conversão do coração para não nos fazermos
indiferentes diante do sofrimento alheio. Não deixemos que nosso talento seja
enterrado!
Obrigada pela partilha. Deus continue abençoando sua missão 🙌🙌
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