SOMOS GENTE TRANSFORMADA PELO AMOR
A palavra AMOR é uma das mais faladas e cantadas
em todos os estilos de música e poesia. No repertório sertanejo uma delas tem a
seguinte letra:
Só o amor vale tudo na vidaSó o amor é a inspiração
Sem amor a esperança é perdida
Por amor escrevi esta canção.
As três leituras deste domingo
nos colocam diante de uma peça de amor cujo tecelão é Deus nele tudo começa e
nele tudo tem sua culminância. Essa manifestação é tão extraordinária que se
concretiza na entrega do seu Filho e que mostrou por gestos e palavras o amor
de Deus levado ao extremo, nele toda a humanidade é sempre renovada e
transformada em gente nova e repetidamente enviada a multiplicar a experiência
de amor que Deus nos revela em Jesus Cristo.
Essa verdade está muito clara
no texto da segunda leitura quando afirma: “Porque o amor vem de Deus e todo aquele que ama nasceu
de Deus e conhece Deus. Quem não ama, não chegou a conhecer a Deus, pois Deus é
amor”. E o
amor de Deus pela humanidade não é uma troca de favores, ele nos ama de modo
gratuito, desinteressado, nos ama apesar das nossas escolhas, da nossa indiferença,
das nossas revoltas. Obviamente, que diante de uma tão grandiosa manifestação
da parte de Deus não nos resta outra coisa que não seja amar as pessoas segundo
os mesmos critérios, porque todo aquele que ama conhece a Deus!
Uma das primeiras exigências que precisamos fazer a
nós mesmos consiste em compreender e superar os limites que costumamos colocar
para amar alguém. Em outras palavras, o amor que Deus nos implica numa mudança
dos nossos esquemas mentais e organizacionais. Facilmente amamos aqueles que nos
retribuem, aqueles que constam dos nossos registros e círculos de relacionamento,
que pertencem ao nosso clube, ao nosso movimento, a nossa paróquia e assim por
diante.
Na condição de filhos somos provocados a praticar
gestos desinteressados de cuidado, de solidariedade que abra portas e permita
caminhar juntos. Não basta manifestar nosso amor dentro da sacristia e nas
nossas igrejas, não basta cabeça inclinada olhando para o céu, não basta ter
amor pelas coisas da religião e não perceber os pobres, os sofredores, os que
não pensam como nós. Ser filho de Deus implica compreender o que significa:
Somos todos irmãos!
O que o autor da segunda leitura nos propõe não é
outra coisa senão as palavras de despedida que Jesus dirige aos discípulos no
Evangelho: “amem-se como eu os amei”! Isto significa gente que sai ao encontro
que abre portas só assim poderemos produzir frutos como quem permanece
conectado com Jesus. Deve ficar clara uma verdade: amar como Jesus implica lutar
contra as forças que produzem dor, sofrimento e morte e ter a certeza que
nessas ocasiões Jesus caminha ao nosso lado.
Um dos gestos concretos que podemos aprender com os
discípulos está no discurso de Pedro na primeira leitura: “Pedro tomou a palavra e disse: De fato, estou compreendendo que Deus
não faz distinção entre as pessoas. Pelo contrário, ele aceita quem o teme e
pratica a justiça, qualquer que seja a nação a que pertença".
Em resumo, “só
o amor vale tudo na vida”!
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