sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

SOLENIDADE DA IMACULADA CONCEIÇÃO - 2013


SOLENIDADE DA IMACULADA CONCEIÇÃO

A figura e o papel da mulher sempre fizeram parte da problemática relação humana. Desde a sua origem o
ser humano se pergunta e aponta alternativas para responder de modo mais adequado as questões que dizem respeito à relação entre homem e mulher. Nos últimos 50 anos a mulher foi cada vez mais ocupando espaço na sociedade e o modelo tido em outros tempos como adequado para a Ela, de longe foi superado. Elas estão na escola, nas empresas, na política, na Igreja, em todos os lugares. Pode-se dizer que é praticamente impossível comparar o papel da mulher ontem e hoje. É exatamente isso que se houve nas leituras da Palavra de Deus neste domingo que a Igreja dedica aos méritos de Maria – mãe de Jesus.
Assim o livro do Gênesis relata um modelo de mulher  que, fragilizada pela sua condição, está sujeita ao pecado e expõe o mundo todo à mesma situação. Mas, apesar disso trata-se de uma mulher forte que é capaz de ferir a cabeça da serpente, símbolo do pecado, e por essa condição recebe o título de mãe de todos os viventes.
Claro está que diante desta realidade é possível antecipar o que irá acontecer e todos cantam como se faz na liturgia deste domingo: Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! Sua mão e o seu braço forte e santo alcançaram-lhe a vitória”.
O texto de São Paulo aos Efésios pode ser entendido à luz do que Ele também fala aos Gálatas: ‘Quando se completou o tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de uma mulher’, nesta carta Paulo afirma: “Em Cristo, ele nos escolheu, antes da fundação do mundo, para que sejamos santos e irrepreensíveis sob o seu olhar, no amor”. Dito isto se pode compreender o que significa ser amado por Deus e predestinado.  Condição que a Igreja aplica à figura de Maria, escolhida sem pecado, predestinada a ser a mãe, mulher forte, daquele em quem o mundo foi escolhido para herdeiro da graça.
O relato do evangelho, detalhando o modo como Maria compreendeu o mistério que envolvia sua escolha para ser a Mãe do Senhor, mais uma vez faz perceber como se apresenta o amor de Deus para com a humanidade e a importância da figura da mulher no meio do mundo. Não sem razão em Maria podem-se inspirar todos os que precisam de força diante das fragilidades que o mundo, muitas vezes impõe.

Celebrar a Imaculada é também confiar-se à força da mulher que desde a criação foi chamada “Mãe de todos os viventes”. Que o evangelho e a oração de todos ajude todos e cada um compreender o alcance da maternidade de Maria e sua presença no cotidiano. 

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