sábado, 6 de setembro de 2014

HOMILIA PARA O DIA 07 DE SETEMBRO DE 2014

PERDOAR E AMAR...

Estamos em tempo de eleições, não faltam promessas mirabolantes e propostas que irão solucionar os problemas de todos. Igualmente também não falta quem fique encontrando defeitos,  erros e pecados dos seus adversários e com isso tentando diminuir a capacidade e denegrir a imagem da pessoa que pensa diferente e no período eleitoral é seu concorrente político. A Palavra de Deus proclamada na celebração deste domingo é um convite para o perdão  e a reconciliação, evitando todo tipo de escândalo e exclusão do pecador. No Brasil destes tempos, há que se reconhecer muitas coisas boas e bonitas que estão acontecendo isso, entretanto não impede de perceber que muito ainda precisa ser feito.  Comemorar a independência do País significa também ser solidário com todos aqueles que querem dignidade, respeito, igualdade, cidadania, saúde, educação e assim por diante.

O profeta Ezequiel, na primeira leitura  convida cada pessoa e todos de alguma maneira a vigiar a casa e cuidar para que ninguém naquele ambiente seja escravo do erro ou conduza outras pessoas para o erro.  Aquele que ouve a Palavra de Deus é chamado a ser “boca de Deus” no meio do mundo a fim de que vejam as boas obras e procurem realizar boas obras.

No Salmo, a oração de todos, proclama que todos são povo de Deus, que Ele mesmo é rochedo que salva, ao mesmo tempo  em que convida a não fechar o coração nem os ouvidos a tudo o que Deus realiza por meio das pessoas de bem.

Por sua vez São Paulo recorda uma atitude que precisa ser comportamento de todos: “Não tenham nenhuma dívida para com ninguém, a não ser a de se amarem uns aos outros”.

E Jesus,  no Evangelho, garante que não está de acordo com o erro e o pecado, mas nem por isso autoriza a fazer deles um escândalo.  Antes de tudo pede para acolher e perdoar, essa é com certeza uma atitude muito difícil para o ser humano.  Só quem perdoa tem autoridade para ir ao encontro do outro convidá-lo a se reintegrar na comunidade. É necessário usar de todos os recursos, antes de condenar e excluir alguém. Jesus convida a colocar em prática a justiça de Deus: Não como normas rígidas e opressoras, mas com gestos de perdão, de acolhida e de reinserção.

Em resumo: Aqueles que se dizem seguidores da Palavra de Deus recebem um convite e desafio: Ser sentinela do bem e da justiça nas noites escuras da vida. Nada de denunciar, denegrir e falar mal daquele que parece ser contrário ao que se pensa, antes,  acolher e fazer de tudo para que ninguém se afaste do bem e da justiça.

Que a oração de todos e da Igreja seja uma ação de graças que faça desse sonho uma realidade, como já dizia Santo Agostinho: “Comam o Corpo de Cristo e ao mesmo tempo sejam o Corpo de Cristo”.



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