Leituras: Zacarias 12, 10-11;13,1: Salmo 62(63)
Gálatas 3,26-29;
Lucas 9, 18-24

Pois bem, imagine-se a
população de Jerusalém e de todo o Israel no tempo de Jesus. De repente, do
meio do nada surgem multidões querendo satisfazer um sem número de necessidades
e resolver outros tantos problemas. Não resta dúvida que o medo e as
preocupações tomam conta de todos em toda parte perguntando-se pela origem de
tudo o que estava acontecendo. Neste contexto o líder, próximo dos seus
seguidores, faz uma sondagem antes de se dar a conhecer, esclarece quem ele é e
porque veio.
O texto do evangelho
proclamado neste domingo começa exatamente com a pergunta feita por Jesus e
cuja resposta não é fácil de expressar: “Quem diz o povo que eu sou?”.
Diante de todas as especulações pede a participação daqueles que lhe são mais
próximos: “E vocês quem dizem que eu sou?”.
Uma vez dada a resposta que representava a convicção dos seus seguidores
Jesus confirma a sua verdadeira identidade “O Filho do
Homem deve sofrer muito ser rejeitado pelos
anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei e deve ser morto” em
seguida revela a condição para permanecer ao seu lado: “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo tome sua cruz
cada dia, e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua
vida, vai perdê-la; e quem perder a sua vida pela minha
causa, esse a salvará”.
O que Jesus fala sobre si mesmo já havia sido
anunciado pelo profeta Zacarias: “Derramarei sobre a casa de Davi e sobre os habitantes
de Jerusalém um espírito de graça e de oração; eles olharão para mim. Ao que
eles feriram de morte, hão de chorá-lo, como se chora a perda de um filho
único, e hão de sentir por ele a dor”. Neste sentido encontra razão a súplica
que se eleva no salmo: “A
minh'alma tem sede de vós, como
a terra sedenta, ó meu Deus!”.
Ontem como hoje, a igreja reunida, como uma
assembleia de irmãos, se reconhece “filhos do mesmo Pai, com sangue da mesma
cor, herdeiros no mesmo céu, unidos no mesmo amor” e neste sentido cada pessoa
indistintamente é chamada a “gastar a sua vida em favor de muitos”. Participar
da Eucaristia a cada semana significa aceitar o compromisso de ser uma
comunidade unida a serviço de uma sociedade verdadeiramente fraterna, justa e
sem discriminação.
Que a oração deste domingo ajude todos perceber a importância do compromisso com um
mundo onde Deus seja glorificado também pela qualidade de vida que desfrutam os
seus filhos e filhas.
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