QUEM
AMA NÃO MORRE!
Contar a história do
filho que fugiu da guerra...
Esta e uma série de tantas
historietas revelam a força do amor e como tal sentimento muda a vida das
pessoas e transforma o cotidiano de suas relações. Na liturgia deste domingo se
reza no salmo: “Feliz
o homem que foi perdoado e cuja falta já foi encoberta! Feliz o homem a quem o
Senhor não olha mais como sendo culpado, e em
cuja alma não há falsidade!”.
E as três
leituras falam também sobre esta verdade, em todos os casos o perdão se
manifesta sempre como iniciativa de Deus. Para Davi, que havia cometido uma atrocidade
inexplicável fazendo perecer um seu fiel
colaborador e aproveita-se desta situação para cometer outro grave erro fazendo
sua a mulher do falecido, mediante o reconhecimento do seu erro, Deus lhe
garante o perdão, fazendo com que ele sinta-se responsabilizado pelo pecado que
cometeu.
São Paulo,
na carta aos Gálatas, afirma que acreditar em Jesus Cristo é uma condição
indispensável para aquele que se sabe pecador e que necessita de nova condição
de vida. Afirma categoricamente que: “Eu vivo, mas não eu. É Cristo que vive em mim. Esta minha vida
presente, na carne, eu a vivo na fé, crendo no Filho de Deus, que me amou e por
mim se entregou”.
E o longo episódio do jantar na casa do fariseu
mostra a extensão do amor de Deus que se realiza na pessoa de Jesus Cristo: “A
quem muito ama, muito será perdoado”. Toda a narrativa do evangelho conduz para
uma certeza absoluta: “Eu confessei, afinal, meu pecado e perdoastes,
Senhor, minha falta”
Na celebração de cada domingo a Igreja se
reúne como os convidados à mesa do fariseu, Celebrando a assembleia proclama
que Deus é bendito por reuní-la no seu amor e é convidada a terminar a reunião
festiva com uma certeza no coração: “Um filho que ama, não merece morrer”.
Este é um convite para refletir também em
relação à prática de fazer justiça com as próprias mãos que muito facilmente a
sociedade quer colocar como necessidade na prática cotidiana. Entre os temas
muito atuais que se referem ao perdão e a responsabilidade está a redução da
maioridade penal. Certamente sobre essa questão o Brasil precisa dar uma
resposta mais adequada. Entretanto, reduzir a maioridade penal não parece ser o
modo mais adequado de responder para um desafio que antes de tudo pede a
prática do perdão e de uma justa reparação pelo delito ou pelo prejuízo causado
a outros por quem quer que seja.
Que a oração e a palavra de Deus ensine a “Amar
muito e perdoar na medida certa”.
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