A PALAVRA DE DEUS
É DE ALEGRIA E DE FESTA
Sobre a Jornada Mundial da Juventude
no Panamá, se pode dizer que de lá o mundo respira alegria, festa, comunhão e
solidariedade. O Papa Francisco falando aos participantes deste evento critica
os construtores de muros e recomenda aos jovens que sejam construtores de
pontes. Disse o Papa “Os construtores de
muros semeiam o medo e procuram dividir”, quanto aos jovens e a Igreja
disse Francisco: “A
cultura do encontro é apelo e convite a termos a coragem de manter vivo um
sonho comum. Sim, um sonho grande e capaz de envolver a todos. Não tenham medo
de se arriscar e caminhar reafirmou o Santo Padre. Queridos jovens, esta Jornada não se
revelará fonte de esperança por um documento final, uma mensagem consensual ou
um programa a aplicar. Este encontro irradia esperança, graças aos vossos
rostos e à oração”. Pois esta exortação do
Papa é uma atualização da missão de Jesus que ele mesmo apresenta no Evangelho:
Cristo como a Palavra que se faz pessoa no meio dos homens, a fim de levar a
libertação e a esperança às vítimas da opressão, do sofrimento e da miséria.
Sugere-se, também, que a comunidade de Jesus é a comunidade que anuncia ao
mundo essa Palavra libertadora.
Na cidade onde se
tinha criado Jesus atribui a si mesmo a missão que o profeta havia falado muito
tempo antes: “O Espírito do Senhor está
sobre mim, porque Ele me ungiu para anunciar a boa nova aos pobres. Ele me
enviou a proclamar a redenção aos cativos e a vista aos cegos, a restituir a
liberdade aos oprimidos e a proclamar o ano da graça do Senhor”.
Vinte séculos depois
as palavras de Jesus continuam ecoando e muito particularmente sendo um
programa de vida para todos os que se declaram seguidores do messias. É
importante que nos perguntemos com seriedade e honestidade: “O nosso mundo continua a multiplicar e a
refinar as cadeias opressoras. Porque é que a proposta libertadora de Jesus
ainda não chegou a todos? Que situações hoje, à minha volta, me parecem mais
dramáticas e exigem uma ação imediata?”
A fidelidade ao
“caminho” percorrido por Cristo é a exigência fundamental do ser cristão. Ao
longo dos séculos, tem sido a defesa da dignidade do homem a preocupação
fundamental da Igreja de Jesus? Preocupa-nos a libertação dos nossos irmãos
escravizados? Que posso eu fazer, em concreto, para continuar no meio deles a
missão libertadora de Cristo?”
Como membros de um
único corpo, conforme a comparação utilizada por São Paulo na segunda leitura:
“O corpo de Cristo (a Igreja) é, pois,
uma comunidade de irmãos, que de Cristo recebem e partilham a vida que os une;
sendo uma pluralidade de membros, com diversas funções, respeitam-se,
apoiam-se, são solidários uns com os outros e amam-se. Palavras-chave para
definir a teia de relações que liga este corpo de Cristo são “solidariedade”,
“participação”, “corresponsabilidade”.
Não nos esqueçamos
de uma verdade fundamental. A igreja é feita de membros com distintas funções
para garantir o equilíbrio a comunhão e o bem comum.
Que o ensinamento do
Profeta Neemias na primeira leitura sirva também para cada um de nós: “Ide para vossas casas, comei uma boa
refeição, tomai bebidas doces e reparti com aqueles que não têm nada preparado.
Hoje é um dia consagrado a nosso Senhor; portanto, não vos entristeçais, porque
a alegria do Senhor é a vossa fortaleza”
A atualização da
Palavra de Deus pode ser resumida na frase do Papa aos Jovens do Panamá: “não seja apenas um canal que une mares, mas
também canal onde o sonho de Deus continua a encontrar pequenos canais para
crescer e multiplicar-se”.
Boa tarde Padre! Linda reflexão!
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