CHEIOS DO ESPÍRITO SANTO
“Creio
no Espírito Santo que renova o homem com a liturgia, creio no Espírito Santo
que mata a fome na Eucaristia”.
De
fato, acreditar no Espírito Santo como o enviado do Pai que renova todas as
coisas é uma afirmação de fé extraordinária e que se entende como o maior Dom
de Deus para a Igreja e para o mundo.
A
maneira quase poética com que o autor dos Atos dos Apóstolos conta a descida do
Espírito Santo sobre Maria e os apóstolos permite atualizar em nossas
comunidades a mesma certeza: “O Espirito Santo cria e recria, ultrapassa as
diferenças e comunica o amor de Deus a todos os povos”. Ouvir e entender as maravilhas de Deus significa
compreender a Boa notícia que fará gerar uma comunidade universal a qual,
embora, mantendo suas particularidades tem como centro a proposta de Jesus que
significa falar a mesma linguagem do amor.
O
exemplo mais clássico disso é a comunidade de Corinto. Fervorosa no que dizia
respeito às reuniões e orações, mas pouco exemplar no que dizia respeito a vivência
do amor e da fraternidade. Aos Coríntios Paulo assegura que no Espírito Santo se
encontra a fonte de toda vida, que Ele concede todos os dons e enriquece a
comunidade fazendo de todos um único corpo mantendo todas as diferenças e
particularidades de cada um, fazendo ao mesmo tempo perceber que os dons não
devem ser usados em benefício próprio, mas colocados a serviço de todos.
No
Evangelho Jesus novamente aparece aos discípulos num contexto muito sugestivo: estavam
reunidos no final do dia com as portas fechadas, por medos dos judeus. Jesus
aparece e dissipa suas angústias com a primeira saudação: “A paz esteja com Vocês” e mostra os sinais evidentes “as mãos e o lado”. Diante de tais certezas
não resta outra coisa senão compreender a reação de todos: “Então os
discípulos se alegraram por verem o Senhor”. Entre Jesus e a comunidade reunida
há uma sintonia de interesses que foi terminar exatamente como previsto: “Recebei o Espírito Santo. A quem
perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados;
a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos”.
As
palavras que concluem o Evangelho plenificam a comunidade e a capacita a transformar
suas vidas em dom de amor a todos. Impulsionados pelo Espírito a nova
comunidade é chamada a testemunhar o amor de Jesus que se concretiza no perdão
dos pecados.
Ontem
como hoje aceitar a proposta de Jesus significa ser integrado à nova
comunidade, estar ligado na terra e igualmente ligado nos céus. Desde aquele
tempo até os nossos dias aceitar o cristianismo significa ser mediador da
salvação garantida pela doação que Jesus fez da própria vida e que pela força
do Espírito Santo levou até às últimas consequências.
Aprendamos
também nós, comunidade devota e fervorosa a superar as diferenças e divisões e
se colocar a serviço de todos.
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