A MINHA ALMA ENGRANDECE O SENHOR...
Não
é raro ouvir relatos de pais e mães que fazem todos os esforços possíveis para
provar seu amor aos filhos e sua fé naquele que é autor da vida de todos.
Recentemente foi matéria jornalística um pai que fez promessa de caminhar 17 km
cada ano carregando uma mochila com o peso da sua filha. O pai justifica sua
promessa com as seguintes palavras: “Levar
o peso dói, mas quando chego lá, sinto gratidão por ela ter um desenvolvimento
muito bom, é muito inteligente. Na creche as professoras falam. É muito
emocionante. Vou fazer por ela pelo resto da minha vida. O que eu passo por ela
e vou passar não tem explicação. É de pai mesmo. Pretendo passar para ela essa
devoção, para que possa passar para os filhos e nunca deixar morrer esse laço
de fé”.
Esse
fato não é outra coisa senão a atualização do que as leituras da Palavra de
Deus nos narram neste domingo que a Igreja celebra a Assunção de Maria ao céu. Nenhum
laço é mais forte e extraordinário que os laços de família. Por causa disso as
pessoas são capazes de qualquer atitude e gesto de coragem e determinação. Ora,
é isso que fundamenta a fé da Igreja na Assunção de Maria. Não pode haver
dúvidas que Jesus ressuscitado tenha acolhido em primeira mão na glória do céu
a sua mãe. Não pode haver dúvida que ele tenha estendido sua mão para coroar
sua mãe com as dozes estrelas que significam a rainha de toda a humanidade.
O
texto do apocalipse narra a figura de uma mulher num dos seus momentos mais
delicados e sofridos da existência. Cumprido o tempo da gestação está diante da
beleza da vida e de todas as ameaças de morte. Destemida “Ela teve um filho varão, que há de
reger todas as nações com ceptro de ferro. O filho foi levado para junto
de Deus e do seu trono e a mulher fugiu para o deserto, onde Deus
lhe tinha preparado um lugar. E ouvi uma voz poderosa que clamava no Céu:
Agora chegou a salvação, o poder e a realeza do nosso Deus e o domínio
do seu Ungido”. Na figura
desta mulher a Igreja, desde muito cedo, interpretou a pessoa de Maria e junto
com ela a humanidade inteira com suas dores e angústias sendo salva pela
misericórdia do criador.
São Paulo fala da ressurreição de Jesus, não faz nenhuma referência
à pessoa de Maria, mas afirmando que: “Cristo
ressuscitou dos mortos, como primícias dos que morreram. Uma vez
que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição
dos mortos; porque, do mesmo modo que em Adão todos morreram, assim
também em Cristo serão todos restituídos à vida. Cada qual, porém, na
sua ordem: primeiro, Cristo, como primícias; a seguir, os que
pertencem a Cristo”. Está mais do que claro que a primeira pessoa a
pertencer a Cristo e a sua glória terá sido a sua mãe. Por isso proclamamos
nossa fé na Assunção de Maria ao lado do seu Filho Jesus.
Ouvindo o Evangelho da visitação com o cântico de Maria
entendemos muito melhor o que significa rezar com Maria e como Ela reza por nós:
“Ela está ao nosso lado para nos levar na
oração, como uma mãe sustenta a palavra balbuciante do seu filho. Na glória de
Deus, na qual nós a honramos hoje, ela prossegue a missão que Jesus lhe confiou
sobre a Cruz: "Eis o teu Filho!" Rezar com Maria, mais que nos
ajoelharmos diante dela, é ajoelhar-se ao seu lado para nos juntarmos à sua
oração. Ela acompanha-nos e guia-nos na nossa caminhada junto de Deus”.
Com ela também “Aprendemos
junto de Maria os caminhos da oração. Na escola daquela que guardava e meditava
no seu coração". Celebramos a Assunção de Maria colocando
nossos passos nos passos de Maria para dizer com ela na confiança: “que tudo seja feito segundo a tua Palavra do
Senhor”.
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