ELA
É MINHA MÃE...
Amanhã, o Papa Francisco
eleva à glória dos altares, atribuindo o título de Santa Dulce dos Pobres, a
irmã Rita de Souza Brito. O que há de comum entre essa Santa Brasileira e Nossa
Senhora Aparecida se não que ambas conquistaram o coração dos pobres e em consequência
o coração de todos.
Com a frase “Ela é Minha
Mãe”, o Papa Francisco define Nossa Senhora e não tenho dúvidas que todo
católico responderia com as mesmas palavras. No caso de Nossa Senhora Aparecida
muitos ainda diriam que Ela é a Santa Brasileira. Um autor brasileiro publicou uma
“biografia de Nossa Senhora Aparecida” definindo-a como “A santa que perdeu a
cabeça, ficou negra, foi roubada, cobiçada pelos políticos e conquistou o
Brasil”.
E poderíamos ir muito
longe ainda tentando descrever a paixão que o Brasil inteiro nutre pela
Santinha. Mas onde estaria a origem se não na certeza que em qualquer uma das
imagens ou de seus infinitos nomes estamos sempre falando da mesma pessoa:
“Maria Imaculada a Mãe de Jesus nosso único Salvador”.
As três leituras na
liturgia de hoje ajudam compreender porque Maria ganhou tanto carinho e o povo
lhe atribui tanta veneração. Na primeira
leitura a Rainha Ester se apresenta diante do Rei num momento de muita
perseguição e opressão que se desencadeava contra o povo e lhe pede apenas uma
coisa: “Se ganhei as tuas
boas graças, ó rei, e se for de teu agrado, concede-me a vida - eis o meu
pedido! - E a vida do meu povo - eis o meu desejo”.
No relato da segunda leitura temos a figura de uma mulher
prestes a dar à luz e correndo todos os riscos próprios da situação e muitos
outros e o autor afirma: “E ela deu à luz um filho homem, que veio para governar todas as
nações com cetro de ferro. A terra,
porém, veio em socorro da mulher”. Ora, quem é o Filho a quem atribuímos o
governo de todas as nações senão Jesus Cristo. Isso é o suficiente para
entender que o autor fala de Maria Mãe de Jesus a quem o povo chama de Nossa
Senhora.
O
Evangelho narra uma história de casamento em que um noivo é pego de “calças
curtas” deixando faltar vinho para os convivas. E ninguém menos que a Mãe de
Jesus faz o “meio de campo” e resolve a situação.
São
poucas as pessoas que não tem alguma promessa feita a Nossa Senhora e que dela
não tenha recebido a devida atenção. O Papa Francisco, quando ainda cardeal de
Buenos Aires esteve uma vez em Aparecida e na ocasião um funcionário do hotel
teria dito: “Cardeal, se o Senhor for eleito Papa, volte a nos visitar...” e
Bergoglio Responde: “Como não”. E não teve dúvida. A Sua primeira viagem como
Papa foi para o Rio de Janeiro na Jornada Mundial da Juventude e deu o jeito de
estender o passo até Aparecida e lá ele declarou: “É de Maria que se aprende
como ser discípulo, é por isso que a Igreja sai em missão sempre protegida pela
sombra de Maria”.
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