QUEM É
QUEM DIANTE DE DEUS E DO MUNDO
A Palavra
de Deus proclamada na liturgia deste domingo tem por objetivo responder duas
perguntas. Com quem a pessoa se relaciona e a quem ela obedece. No Evangelho
mais uma vez as autoridades dos judeus tentam desmoralizar Jesus, desta vez
relacionando a sua pessoa com o príncipe dos demônios. Esta atitude farisaica em
nada se diferencia das práticas contemporâneas, quando alguém ou algum grupo
que desacreditar uma pessoa procura sempre atacar sua integridade pessoal e
moral, silencia as boas obras e fortalece os defeitos.
Os
textos do Evangelho de Marcos que estamos ouvindo nos domingos deste ano estão
centrados sobre duas ideais fundamentais o Reino e o discipulado. O evangelista
deixa claro que as ações de Jesus em nada se comparam com as autoridades
mundanas. Pelo contrário, enquanto as autoridades humanas se sustentam sobre a
autoridade, o poder e a força, Jesus mostra que sua ação é pautada pelo amor e
pela obediência à vontade de Deus. E esse convite ele faz a todos os que
aceitam ser seus discípulos e seguidores. Quando lhe dizem: “Sua mãe e seus irmãos estão ali fora e
querem lhe ver” ele não os desqualifica como parentes de sangue, mas
estende o parentesco para todos os que agem como Ele e como sua mãe: “olhando
para os que estavam sentados ao seu redor, disse: Aqui estão minha mãe e meus
irmãos. Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe".
Ao contrário de ideias mágicas sobre a religião, Jesus apresenta seu projeto
criando laços de amizade e fraternidade, em outras palavras construindo uma
verdadeira e única família que é sinal da presença do Reino de Deus no meio de
todos.
Quando
ele é chamado como Novo Adão fica claro que entre Jesus e a primeira criatura
humana existe uma diferença simples, mas fundamental. Adão se fez de surdo e
não soube explicar quem ele era e onde estava. Procurou desculpas e
subterfúgios atribuindo a Eva o seu pecado e desobediência. Enquanto Jesus se
confirma obediente e convida todos a ter as mesmas atitudes. Em resumo para fazer parte do Reino de Deus
somos chamados a permanecer alertas quando se trata das tentações que o mundo
oferece.
Tentações
que na segunda leitura Paulo chama de tribulações e sofrimentos as quais
ofuscam e diminuem o ardor missionário. Paulo, se autodeclarando discípulo de
Jesus deixa também claro que a fé na pessoa e ressurreição de Jesus é a
condição para superar todas as dificuldades terrenas. Nossa vida precisa ter
dois eixos: comunhão com Jesus e com as pessoas é assim que rezamos na oração
da missa: “Fazei-nos pensar o que é reto
e realizá-lo com vossa ajuda”.
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