quinta-feira, 11 de julho de 2024

HOMILIA PARA O DIA 14 DE JULHO DE 2024 - 15º DOMINGO COMUM - ANO B

 

Anunciar com Liberdade e Rapidez

 

Na vida de hoje, todos nós queremos liberdade e agilidade. Parece que a tecnologia nunca é rápida o suficiente para suprir nossas necessidades de autonomia e velocidade. As leituras deste domingo mostram como Deus age com prontidão e cuidado quando realiza Suas obras em favor do Seu povo.

Nos tempos do profeta Amós, a religião era cheia de festas, sacrifícios e cerimônias esplendorosas. Mas, infelizmente, essas celebrações não refletiam a vida real das pessoas. Muitos rezavam, mas adoravam um deus que não libertava nem cuidava das pessoas. O profeta Amós foi enviado para acabar com essa forma vazia de culto, afirmando que sua missão vinha de Deus: “Não sou profeta nem filho de profeta; sou pastor de gado e cultivo sicômoros. O Senhor chamou-me, quando eu cuidava do rebanho, e me disse: ‘Vai profetizar para Israel, meu povo’”. Amós foi a voz de Deus para denunciar todas as injustiças cometidas pelos falsos profetas e pelos amigos do rei.

São Paulo, na carta aos Efésios, também nos ensina que nossa existência e todas as nossas atividades devem ser para Deus, que nos criou e, em Jesus Cristo, nos fez herdeiros da Sua graça. Devemos ser verdadeiros, fiéis e radicais em nossa fé: “Bendito seja Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Ele nos abençoou com toda a bênção espiritual, em Cristo. Em Cristo, ele nos escolheu antes da criação do mundo para sermos santos e irrepreensíveis em seu amor. Ele nos predestinou para sermos seus filhos adotivos por meio de Jesus Cristo, conforme a sua vontade, para o louvor da sua glória e graça”.

Em Jesus, temos clareza sobre os novos caminhos que Deus quer que sigamos, guiados pelo Espírito Santo. No projeto de Deus, todos têm um papel importante.

Os discípulos enviados por Jesus tinham a missão de caminhar juntos e não perder tempo com coisas de pouca importância. Eles eram chamados a viver de maneira simples, levando apenas o necessário. Doze discípulos foram enviados em duplas, representando todos os que seriam enviados e todas as pessoas que precisavam ouvir a mensagem. Ninguém é excluído da missão: uns têm a tarefa de anunciar e outros, de receber a mensagem. A missão de Jesus é comunitária e visa unir aqueles que estão dispersos.

Assim como os discípulos, também somos chamados a continuar a missão de Jesus. Não basta ter ritos bonitos e cerimônias vistosas se elas não estiverem conectadas com a vida real das pessoas. Precisamos ser livres e agir com humildade, sempre abertos às novidades que a simplicidade pode nos ensinar.

 

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