ESCUTAR,
DIALOGAR, COLABORAR E SOMAR
Bom
dia a todos! Neste vigésimo nono domingo do Tempo Comum, somos convidados a
refletir sobre o verdadeiro sentido do serviço, da solidariedade e da abertura
ao outro. As leituras de hoje nos mostram como a dinâmica do Reino de Deus
desafia nossas percepções de poder e grandeza.
Na
primeira leitura, do Livro dos Números, vemos Moisés enfrentando um desafio: a
tarefa de conduzir o povo de Israel é imensa. Para ajudá-lo, Deus distribui o
espírito que estava sobre Moisés entre setenta anciãos. Este gesto nos ensina
que a missão é coletiva. Não estamos sozinhos em nossa jornada de fé; somos
chamados a trabalhar juntos, a apoiar uns aos outros. A sinodalidade que hoje
promovemos na Igreja nos convida a escutar, a dialogar e a colaborar em prol do
bem comum.
No
Evangelho de Marcos, encontramos os discípulos preocupados com quem realiza
milagres em nome de Jesus, mas não está entre eles. A resposta de Jesus é
clara: “Não o proíbam, pois ninguém faz milagres em meu nome para depois falar
mal de mim.” Aqui, Jesus nos ensina a abrir nossos corações e mentes. O Reino
de Deus é maior do que nossas divisões e rótulos. Somos todos chamados a fazer
o bem, independentemente de nossas diferenças. O Papa Francisco, em suas
recentes visitas à Ásia e a Luxemburgo, enfatizou a importância do diálogo e da
inclusão, destacando que a Igreja deve ser um espaço de acolhimento e respeito
a todos.
Na
segunda leitura, Tiago traz uma advertência contundente sobre a injustiça e a
opressão. Ele nos lembra que a riqueza acumulada sem consideração pelos pobres
clama ao céu. As palavras de Tiago ecoam com a urgência de um chamado à
responsabilidade. Não podemos ser indiferentes ao sofrimento dos outros. Nossa
fé deve se traduzir em ações concretas que promovam a justiça e a dignidade de
cada ser humano.
Em
resumo a mensagem da Palavra de Deus nos incentiva a enxergar além das
aparências. Nos lembra que muitas vezes temos medo do diferente, do que não
conhecemos. Contudo, Jesus nos ensina que o verdadeiro discípulo é aquele que
sabe acolher e reconhecer o valor do outro. Isso nos convida a uma prática de
sinodalidade que é inclusiva e acolhedora.
Primeiramente, precisamos cultivar uma atitude
de serviço, como Jesus nos ensinou. Servir aos outros não é apenas um ato de
bondade, mas uma expressão do nosso amor cristão. Além disso, devemos nos
comprometer com a justiça social, denunciando as desigualdades e buscando
promover um mundo mais justo e solidário.
Que
este domingo nos inspire a ser, em nossas comunidades, verdadeiros instrumentos
da paz e do amor de Deus. Aprendendo caminhar juntos, unindo nossos esforços
para servir e acolher, reconhecendo a presença de Deus em cada pessoa.
Que
o Espírito Santo nos ilumine e nos fortaleça nessa missão. Amém.
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