RECONHECER A PESSOA POR SUAS OBRAS
Olá, irmãos e irmãs!
Neste oitavo domingo do tempo comum a Palavra de Deus ilumina nosso
caminho como “Peregrinos de Esperança” durante este Ano Santo. Cada uma das
leituras nos oferece uma reflexão sobre a vida, a esperança e a
espiritualidade.
Começamos com Eclesiástico (Eclo 27,5-8), que nos fala sobre a
importância do falar e do ouvir. Como diz um provérbio popular: “A boca fala
daquilo que o coração está cheio”. Nesse mesmo sentido o autor do livro do
Eclesiástico afirma: “O fruto revela como foi cultivada a árvore; assim, a palavra
mostra o coração do homem”. Esta passagem nos ensina que nossas
palavras e ações refletem nossa essência interior. Em nossa jornada de fé, somos
convidados a cultivar um coração puro, alinhado com a vontade de Deus, sendo
cuidadosos com aquilo que dizemos e como nos comunicamos. O cuidado em nossas
relações e em nossas falas é fundamental para que possamos levar esperança e
amor ao nosso redor.
Cantando o Salmo 91 (Sl 91,2-3.13-14.15-16), que é um hino à confiança
em Deus reafirmamos como “É bom dar graças ao Senhor e cantar louvores ao seu
nome.” Este salmo nos lembra da proteção e do amparo de Deus nas dificuldades.
Ao proclamarmos nossa confiança n'Ele e vivermos em Sua presença, podemos
encontrar força e esperança em meio às tempestades da vida. Assim, o salmo nos
incentiva a viver com gratidão e louvor, reforçando nossa identidade como
filhos de Deus e peregrinos nesta jornada.
A carta de Paulo aos Coríntios (1Cor 15,54-58), afirma a vitória da
ressurreição. “A morte foi tragada pela vitória da vida.” Esta passagem reforça
a nossa esperança na vida eterna e na transformação que ocorre através de
Cristo. Em nosso caminho, mesmo diante das dificuldades e desafios, temos a
certeza de que a morte não é o fim, mas um passo para a plenitude da vida que
nos aguarda. Essa mensagem nos encoraja a perseverar, a trabalhar sempre pelo
bem e a manter firme nossa fé, sabendo que tudo o que fazemos para o Senhor não
é em vão.
No evangelho de Lucas (Lc 6,39-45), Jesus nos ensina sobre a importância
de discernir as verdadeiras intenções do coração e a qualidade de nossas ações.
“Por seus frutos, poderão reconhecer a árvore.” Devemos avaliar não apenas as
ações dos outros, mas também nossas próprias atitudes. Como peregrinos de
esperança, somos chamados a viver uma vida autêntica, onde nosso falar e agir
reflitam o amor de Deus. A abundância do que temos dentro de nós deve
transbordar em ações de bondade e amor ao próximo.
Quando juntamos essas passagens, percebemos que somos chamados a viver
com um coração atento, em constante comunhão com Deus. Como peregrinos de
esperança, devemos ser luz e sal neste mundo, confiantes na proteção divina,
perseverando na fé e refletindo o amor de Cristo em nossas ações. Que neste Ano
Santo, possamos aprofundar nossa jornada, confiantes na esperança que nos é
oferecida e prontos para semear bondade por onde caminharmos. Amém.