terça-feira, 30 de julho de 2013

FEIRA DO CONHECIMENTO 2013










































 FEIRA DO CONHECIMENTO 2013
CRIATIVIDADE PEDAGÓGICA
PROFESSOR: ELCIO ALBERTON
1 JUSTIFICATIVAS
O mundo vive um momento denominado “Mudança de época” que enfraquece e altera muitos paradigmas que sustentam a visão de mundo defendida até o presente momento. Dentre as exigências da mudança de época uma delas se denomina “sustentabilidade” e não apenas do ponto de vista das coisas e dos bens de consumo ou bens produzidos pela natureza denominados bens de consumo finito. Mas se trata de uma nova compreensão de todo o existir e humano e mais do que nunca é necessário compreender e defender que um outro mundo é possível, um mundo no qual seja menos difícil de amar e nas palavras do Luther King: “Ou nos damos as mãos ou morremos todos como idiotas”. 
Nosso mundo rico em tecnologia faz surgir novos interesses para a educação, enquanto também se espera que as escolas se tornem vanguarda nas sociedades de conhecimento. Primeiramente, a tecnologia pode fornecer os instrumentos necessários para a melhoria do processo ensino e aprendizagem, abrindo novas oportunidades e avenidas... Segundo a educação tem um papel de preparar os estudantes  para a vida adulta, e, consequentemente, deve fornecer aos estudantes as habilidades necessárias para se unirem a uma sociedade onde as competências ligadas à tecnologia estão se tornando cada vez mais indispensáveis. O desenvolvimento destas competências, que são parte do conjunto bastante conhecido como Competências do Século 21, está cada vez mais se tornando uma parte integral dos objetivos da educação obrigatória. Finalmente, numa economia de conhecimento dirigido pela tecnologia, pessoas que não adquirem e não se apropriam destas competências podem sofrer de uma nova forma de separação digital que pode afetar a capacidade de se integrarem plenamente à economia e à sociedade do conhecimento (OCDE,  2010, p. 13).

2 OBJETIVOS
Facilitar a aproximação das pessoas às novas tecnologias de comunicação e informação apresentando-as como recurso pedagógico importante, inclusive sob o ponto de vista da sustentabilidade.
Divulgar o trabalho realizado na escola de Educação Básica Profª Adelina Régis – Videira, nas disciplinas de Filosofia e Sociologia e que se enquadra no quesito criatividade pedagógica.
Estimular professores e alunos o uso dos recursos tecnológicos disponíveis nas escolas e acessíveis aos alunos em todos os lugares como forma de ampliar o acesso ao conhecimento mais do que às informações.
3 ESTRATÉGIAS
Usando o blog do professor, disponibilizar os conteúdos que são estudados durante o ano letivo. Em substituição ao tradicional quadro de giz e mesmo o quadro branco, ou outros recursos produtores de resíduos os recursos tecnológicos atendem à necessidade de acesso aos conteúdos ao mesmo tempo em que as “janelas” dos recursos tecnológicos vão sendo abertas pelos alunos para finalidades formativas além de recreativas e de comunicação.
Criação de uma página no Facebook para cada turma e para cada disciplina onde os alunos realizam as atividades de fixação de conteúdo e de assimilação dos objetivos.
4 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Diante do impacto desta mudança de época, as tradicionais maneiras de compreender o mundo e a maneira de “bem viver”, já não são aceitas pelas novas gerações. A sociedade contemporânea trouxe consigo  uma fragmentação e  deu lugar a uma diversidade de novas visões do mundo e da vida. As mudanças atingem a economia, a política, as ciências as artes,  a religião  e a educação.
A este processo denomina-se: metamórphosis que significa mudança na forma e na estrutura. Neste sentido, tem-se como negativo que o papel dos pais e da  escola  são substituídos pelos MCS que Impõe uma cultura homogênea denominada  “cultura midiática”. Por outro lado, é positivo a:
Valorização da pessoa, o Reconhecimento da diversidade cultural, o avanço tecnológico e a expansão das relações. A cultura midiática pode ser compreendida como um processo comunicacional que se realiza por meio dos chamados Meios de Comunicação de Massa (Mass Media), jornais, revistas, rádio, televisão, internet, instrumentos utilizados para comunicar, ao mesmo tempo, uma mensagem a um número maior de pessoas.  O acesso às  Novas Tecnologias de Comunicação e informação (NTCI) proporcionou:
Ø    Comunicação instantânea;
Ø    Esses MCS, sobretudo a internet, criou uma aldeia global que oferecem muitas oportunidades;
Ø    Novo modelo de agente de comunicação baseado na interatividade que dominam a tecnologia, sobretudo os jovens;
As redes sociais permitem a conexão ao mundo ou grupos de interesses e se constituem:
ü    Um fenômeno que atinge grande parte das pessoas, especialmente os jovens;
ü    Em viver e  respirar nas novas ambiências midiáticas;
ü    Numa interpelação fundamental. Comunicar  tornou-se “vida;
ü    Na construção de relações por esses meios;
ü    Em perigo  na medida em que a conectividade constante  privilegia esse tipo de relação em detrimento da presencial;
ü    Mudança de poder nas relações humanas, tendendo à horizontalidade;
ü    Provocação de mudanças na sociedade: família, escola, trabalho;
ü    Em uma visão mais planetária;
ü    Maior abertura ao mundo e  à solidariedade;
ü    Abertura às problemáticas globais;
ü    Rapidez  em rastrear informações e  compartilhá-las, como formação de grupos de mobilização;
Essa cultura midiática é um fenômeno juvenil que facilita a formação da subjetividade poso que:
§     Os seres humanos não nascem prontos, criam-se e se recriam de acordo com o que experiência;
§     As subjetividades são em grande parte, produtos do contexto em que a pessoa vive;
§     O comportamento dos jovens seguirá padrões existentes na sociedade;
Neste sentido a escola precisa se perguntar:
§     O que temos oferecido aos jovens a fim de que sua subjetividade seja constituída de modo sadio, aberto e que valorizem a vida?
Não se pode esquecer que os jovens formam uma teia imensa e complexa de interatividade e relações na qual a comunicação em tempo real prioriza uma linguagem mais simplificada, veloz e direta.
Esta é uma revolução que pode ser equiparada ao surgimento da escrita, nos anos 700 a.C. quando os fenícios substituíram a linguagem simbólica pela linguagem fonética. À época os filósofos, entre eles Sócrates, acreditaram que se tratava do  começo do fim de toda a possibilidade de pensar. A linguagem oral, a necessidade de aprender de cor, passava pelo processo do registro, antes impensável.
Outra situação importante a ser observada consiste em perceber que nossa juventude vive no meio de desigualdades gritantes:
Ø    De renda;
Ø    Ocupação nos espaços urbanos;
Ø    De escolaridade;
Ø    De trabalho e gênero;
Ø    De desestruturação das relações familiares;
Ø    De violência;
Mesmo nas famílias mais tradicionais e mesmo no meio oeste catarinense  está evidente a exclusão digital e a violência em rede que se manifesta na:
§     Desigualdade em relação à possibilidade de conexão;
§     Maioria da juventude brasileira frequenta  Lan Houses;
§     No fato de que todo cidadão tem direito às redes sociais;
§     Políticas públicas  que devem garantir acesso igual para todos
§     Oportunidades para criminosos;
§     Difusão de ideologias;
Porém a  educação precisa reconhecer na Cultura Midiática:
Ø    Os benefícios dos meios de comunicação atuais e utilizá-los com discernimento;
Ø    Perceber os  perigos que o uso descuidado das tecnologias digitais pode provocar;
Ø    Cuidar para que os relacionamentos virtuais não prejudiquem os encontros pessoais, nem sirvam para alienar e para isolar as pessoas.
Neste contexto a educação é desafiada a formar educadores, capazes e abertos para o diálogo entre tecnologia e educação. Adotando os recursos tecnológicos e as redes sociais como opção de sustentabilidade o professor das disciplinas de filosofia e sociologia quer estimular o uso ético e responsável das redes sociais como recurso pedagógico e para isso utiliza e apresenta as seguintes sugestões:
As novas tecnologias são espaços preciosos para o momento de vivências solidárias por meio delas quer-se formar para a solidariedade despertando nos indivíduos  o senso crítico. Procura-se formar para a compreensão do outro como ser em condições de igualdade na diferença  tendo presente também a dimensão  da fé enquanto o ser humano  como imagem e semelhança do “totalmente outro”.
Tem se consciência que recursos tecnológicos na educação: muito mais do que uso e disponibilização deles se constituem num desafio de linguagem e que pouco ou nada trarão como acréscimo para o processo ensino-aprendizagem o uso puro e simples das NTCI.
Na educação o segredo do sucesso não depende de disponibilizar ou não de recursos, importa sim não deixar passar despercebidas as ofertas que a sociedade oferece e diante da avalanche de informações a que nossos “clientes” têm acesso o desafio consiste em recuperar a visibilidade e a força motivadora do de todo o processo.
Se consideradas as profundas transformações pelas quais passa a sociedade e os avanços tecnológicos em todos os setores, será possível perceber que também no campo da educação se depara com o despreparo dos docentes conforme resultado da pesquisa:
O estudo descobriu que os professores eram geralmente cautelosos em adotar práticas colaborativas e populares da WEB 2.0, pois muitos sentiam que poderiam mudar as estruturas tradicionais da escola. Mais consideravelmente, muitas barreiras práticas relativas ao acesso tecnológico, infraestrutura e banda larga continuaram a impedir o uso da Web 2.0 mesmo nas escolas com bons recursos tecnológicos (OCDE, 2010, p. 27).
Dito isto tem se presente que certamente não será suficiente a profissionalização e a competência técnica, mas a compreensão da evolução da sociedade como um todo. Mesmo com certo domínio de muitos recursos não se consegue compreender porque as verdades, pedagógicas, didáticas, etc. continuam fragmentadas e setorizadas. Continua-se com uma ênfase curricular setorizada, não se alcança a dinâmica da interdisciplinaridade. Os saberes são parciais e as  escolas não fogem desta realidade.
A cultura da tecnologia e da comunicação implica hoje muito mais do que “usar” os meios e recursos, tais como redes sociais, pesquisas na internet e alguns exercícios digitais estar atentos para a globalização que a informática trouxe para dentro das escolas.
As instituições envidaram esforços para compreender e dar acessibilidade às novas mídias, mas ainda se está longe de entender a complexidade da metamorfose do século XXI. A pergunta crucial a ser feita consiste em procurar uma resposta para o uso que se  faz das tecnologias no processo da aprendizagem.
O processo de aprendizagem e de avaliação da aprendizagem continua reduzido aos encontros presenciais, às provas, aos trabalhos, e pior que tudo isso ao processo de notação. As atividades educacionais que se servem dos recursos de mídia se resumem a uma “janela” para informações, estando ainda muito longe da produção e compartilhamento de saberes. Não se tem noção que a virtualidade quebrou fronteiras e quem decide para onde ir é o usuário, que se tornou um “celinauta”.
O Papa Francisco, na sua autobiografia, que inclui longos anos de professor e gestor escolar, escreve:  “A escola pode encontrar o difícil ponto de equilíbrio entre estar ancorada ao passado e a necessidade de educar em um mundo transmudado imaginando o futuro em que seus alunos estarão inseridos” Para compreender isso diz o Papa: “ E para isso é preciso partir dos alunos para chegar a escola”.  Pois,  “Educar na sociedade contemporânea implica ter bem presente duas realidades: o âmbito da segurança e a zona de risco”.
Na condição de professor que se aventura utilizando recursos tecnológicos parece importante parafrasear o Papa Francisco numa citação que ele aplica à Igreja, mas neste caso aplicada à escola: “Prefiro uma escola machucada e que corre o risco de inovar-se à uma escola fechada nas suas seguranças e práticas pedagógicas já consagradas”.
5 À GUISA DE CONCLUSÃO
Concretamente na Escola Adelina Régis, nas disciplinas de Filosofia e Sociologia o professor Elcio Alberton utiliza do seguinte modo os recursos tecnológicos disponíveis:
a)                  Publicação da matéria para registro dos alunos no blog do professor;
b)                 Apresentação da matéria em Power Point, explicando cada parágrafo que os alunos registram;
c)                  Realização de exercícios no Facebook. Cada turma tem  a sua página no Face.
d)                 Na correção das atividades não é atribuída nota, mas fazendo comentários sobre a atividade realizada;
e)                 Aplicação da avaliação de conteúdo e objetivos, com questões objetivas, e com justificativa para a alternativa correta;
f)                   Para algumas turmas a avaliação é aplicada com uso da sala informatizada. Os alunos acessaram o blog do professor, copiaram a prova no editor de texto, responderam e enviaram para o email do professor;
g)                  Uma vez corrigida cada avaliação, o aluno recebe a resposta com as observações e a nota no seu email.
h)                 Projeção de filme, conforme sugerido  pela “tela interativa” no livro texto dos alunos;
i)                    Para todos os filmes, foram elaboradas questões para a avaliação ou produção de texto sobre o filme que foi visto.
5.1 -  Dificuldades
a)                  “O novo nasce com dores de parto” – os alunos não estão acostumados encarar novidades que exigem novos procedimentos, mais exigentes do que aqueles que estão habituados.
b)                 Embora os alunos sejam classificados como “nativos digitais” falta-lhes o hábito no uso dos recursos tecnológicos na aprendizagem. Em decorrência disso muitos  alunos julgaram que isso não necessitaria seriedade;
c)                  Falta do hábito de leitura e vocabulário micro reduzido. Incapacidade de interpretação de texto.
d)                 O professor é enquadrado na categoria  que se chama “analfabeto digital” ou dito jocosamente: “Professauro”
e)                 Os recursos tecnológicos disponíveis na escola ainda são insuficientes para algumas atividades.
5.2 – Sugestões
a)                  Dotar a escola de rede sem fio em todos os ambientes e instalar para a escola o “ambiente Moodle” o qual poderá  melhorar a realização das atividades e exercícios com recurso das tecnologias.
b)                 Produzir textos sobre a matéria a ser estudada e disponibilizar no blog da escola ou no ambiente ‘Moodle’.
Como pensamento final:
“Agarre seu medo do futuro e pergunte: Que posso fazer sobre isso já? Não tem que deixar o medo controlar você”.
Este e outros textos sobre Educação e multimeios estão disponíveis no seguinte endereço:
Se interessar, consulte a aba: “Formação Docente”
Visite também: “100 maneiras de usar o Facebook na escola”.

REFERÊNCIAS

ALBERTON, Elcio. Formação Mistagógica do Docente no Contexto da Metamorfose Civilizatória, Dissertação de mestrado, PUCPR, 2012.
ARROYO, Miguel G. Imagens quebradas. Petrópolis, Vozes, 2009.
BROWN e. & LEWIS B, & HARCLEROAD, F. Instrución Audiovisual, México, Editorial Trillas, 1977, p. 1- 48.
CENTRO DE PESQUISAS EDUCACIONAIS E INOVAÇÃO. Inspirados pela tecnologia, norteados pela pedagogia, Florianópolis, Governo do Estado de Santa Catarina, 2010.
CIMADON, Aristides. Ensino e aprendizagem na universidade – um roteiro de estudo. Joaçaba, editora UNOESC, 2008, p. 109 -115.
DIEUZEIDE, Henri. Le tecniche Audivisive nell’insegnamento. Roma, Armando Armando Editore, 1965, p.137 – 149.
FERREIRA, Oscar Manoel de Castro. Recursos audiovisuais para o ensino. São Paulo, Editora Pedagógica Universitária, 1975.
GOMES, Péricles Varela & MENDES, Ana Maria Coelho Pereira. Tecnologia e inovação na educação universitária: O matice da PUCPR. Curitiba, Champagnat, 2006.
MORAN, José Manoel. Novas Tecnologias e mediação pedagógica. São Paulo, Papirus, 2000.
PERRENOUD, Philippe. 10 novas competências para ensinar. Porto Alegre, ARTME0D, 200.
RUBIN, Sergio & AMBROGETTI, Francesca. Jorge Bergoglio – Il nuovo papa si racconta.





















 FEIRA DO CONHECIMENTO 2013
CRIATIVIDADE PEDAGÓGICA
PROFESSOR: ELCIO ALBERTON
1 JUSTIFICATIVAS
O mundo vive um momento denominado “Mudança de época” que enfraquece e altera muitos paradigmas que sustentam a visão de mundo defendida até o presente momento. Dentre as exigências da mudança de época uma delas se denomina “sustentabilidade” e não apenas do ponto de vista das coisas e dos bens de consumo ou bens produzidos pela natureza denominados bens de consumo finito. Mas se trata de uma nova compreensão de todo o existir e humano e mais do que nunca é necessário compreender e defender que um outro mundo é possível, um mundo no qual seja menos difícil de amar e nas palavras do Luther King: “Ou nos damos as mãos ou morremos todos como idiotas”. 
Nosso mundo rico em tecnologia faz surgir novos interesses para a educação, enquanto também se espera que as escolas se tornem vanguarda nas sociedades de conhecimento. Primeiramente, a tecnologia pode fornecer os instrumentos necessários para a melhoria do processo ensino e aprendizagem, abrindo novas oportunidades e avenidas... Segundo a educação tem um papel de preparar os estudantes  para a vida adulta, e, consequentemente, deve fornecer aos estudantes as habilidades necessárias para se unirem a uma sociedade onde as competências ligadas à tecnologia estão se tornando cada vez mais indispensáveis. O desenvolvimento destas competências, que são parte do conjunto bastante conhecido como Competências do Século 21, está cada vez mais se tornando uma parte integral dos objetivos da educação obrigatória. Finalmente, numa economia de conhecimento dirigido pela tecnologia, pessoas que não adquirem e não se apropriam destas competências podem sofrer de uma nova forma de separação digital que pode afetar a capacidade de se integrarem plenamente à economia e à sociedade do conhecimento (OCDE,  2010, p. 13).

2 OBJETIVOS
Facilitar a aproximação das pessoas às novas tecnologias de comunicação e informação apresentando-as como recurso pedagógico importante, inclusive sob o ponto de vista da sustentabilidade.
Divulgar o trabalho realizado na escola de Educação Básica Profª Adelina Régis – Videira, nas disciplinas de Filosofia e Sociologia e que se enquadra no quesito criatividade pedagógica.
Estimular professores e alunos o uso dos recursos tecnológicos disponíveis nas escolas e acessíveis aos alunos em todos os lugares como forma de ampliar o acesso ao conhecimento mais do que às informações.
3 ESTRATÉGIAS
Usando o blog do professor, disponibilizar os conteúdos que são estudados durante o ano letivo. Em substituição ao tradicional quadro de giz e mesmo o quadro branco, ou outros recursos produtores de resíduos os recursos tecnológicos atendem à necessidade de acesso aos conteúdos ao mesmo tempo em que as “janelas” dos recursos tecnológicos vão sendo abertas pelos alunos para finalidades formativas além de recreativas e de comunicação.
Criação de uma página no Facebook para cada turma e para cada disciplina onde os alunos realizam as atividades de fixação de conteúdo e de assimilação dos objetivos.
4 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Diante do impacto desta mudança de época, as tradicionais maneiras de compreender o mundo e a maneira de “bem viver”, já não são aceitas pelas novas gerações. A sociedade contemporânea trouxe consigo  uma fragmentação e  deu lugar a uma diversidade de novas visões do mundo e da vida. As mudanças atingem a economia, a política, as ciências as artes,  a religião  e a educação.
A este processo denomina-se: metamórphosis que significa mudança na forma e na estrutura. Neste sentido, tem-se como negativo que o papel dos pais e da  escola  são substituídos pelos MCS que Impõe uma cultura homogênea denominada  “cultura midiática”. Por outro lado, é positivo a:
Valorização da pessoa, o Reconhecimento da diversidade cultural, o avanço tecnológico e a expansão das relações. A cultura midiática pode ser compreendida como um processo comunicacional que se realiza por meio dos chamados Meios de Comunicação de Massa (Mass Media), jornais, revistas, rádio, televisão, internet, instrumentos utilizados para comunicar, ao mesmo tempo, uma mensagem a um número maior de pessoas.  O acesso às  Novas Tecnologias de Comunicação e informação (NTCI) proporcionou:
Ø    Comunicação instantânea;
Ø    Esses MCS, sobretudo a internet, criou uma aldeia global que oferecem muitas oportunidades;
Ø    Novo modelo de agente de comunicação baseado na interatividade que dominam a tecnologia, sobretudo os jovens;
As redes sociais permitem a conexão ao mundo ou grupos de interesses e se constituem:
ü    Um fenômeno que atinge grande parte das pessoas, especialmente os jovens;
ü    Em viver e  respirar nas novas ambiências midiáticas;
ü    Numa interpelação fundamental. Comunicar  tornou-se “vida;
ü    Na construção de relações por esses meios;
ü    Em perigo  na medida em que a conectividade constante  privilegia esse tipo de relação em detrimento da presencial;
ü    Mudança de poder nas relações humanas, tendendo à horizontalidade;
ü    Provocação de mudanças na sociedade: família, escola, trabalho;
ü    Em uma visão mais planetária;
ü    Maior abertura ao mundo e  à solidariedade;
ü    Abertura às problemáticas globais;
ü    Rapidez  em rastrear informações e  compartilhá-las, como formação de grupos de mobilização;
Essa cultura midiática é um fenômeno juvenil que facilita a formação da subjetividade poso que:
§     Os seres humanos não nascem prontos, criam-se e se recriam de acordo com o que experiência;
§     As subjetividades são em grande parte, produtos do contexto em que a pessoa vive;
§     O comportamento dos jovens seguirá padrões existentes na sociedade;
Neste sentido a escola precisa se perguntar:
§     O que temos oferecido aos jovens a fim de que sua subjetividade seja constituída de modo sadio, aberto e que valorizem a vida?
Não se pode esquecer que os jovens formam uma teia imensa e complexa de interatividade e relações na qual a comunicação em tempo real prioriza uma linguagem mais simplificada, veloz e direta.
Esta é uma revolução que pode ser equiparada ao surgimento da escrita, nos anos 700 a.C. quando os fenícios substituíram a linguagem simbólica pela linguagem fonética. À época os filósofos, entre eles Sócrates, acreditaram que se tratava do  começo do fim de toda a possibilidade de pensar. A linguagem oral, a necessidade de aprender de cor, passava pelo processo do registro, antes impensável.
Outra situação importante a ser observada consiste em perceber que nossa juventude vive no meio de desigualdades gritantes:
Ø    De renda;
Ø    Ocupação nos espaços urbanos;
Ø    De escolaridade;
Ø    De trabalho e gênero;
Ø    De desestruturação das relações familiares;
Ø    De violência;
Mesmo nas famílias mais tradicionais e mesmo no meio oeste catarinense  está evidente a exclusão digital e a violência em rede que se manifesta na:
§     Desigualdade em relação à possibilidade de conexão;
§     Maioria da juventude brasileira frequenta  Lan Houses;
§     No fato de que todo cidadão tem direito às redes sociais;
§     Políticas públicas  que devem garantir acesso igual para todos
§     Oportunidades para criminosos;
§     Difusão de ideologias;
Porém a  educação precisa reconhecer na Cultura Midiática:
Ø    Os benefícios dos meios de comunicação atuais e utilizá-los com discernimento;
Ø    Perceber os  perigos que o uso descuidado das tecnologias digitais pode provocar;
Ø    Cuidar para que os relacionamentos virtuais não prejudiquem os encontros pessoais, nem sirvam para alienar e para isolar as pessoas.
Neste contexto a educação é desafiada a formar educadores, capazes e abertos para o diálogo entre tecnologia e educação. Adotando os recursos tecnológicos e as redes sociais como opção de sustentabilidade o professor das disciplinas de filosofia e sociologia quer estimular o uso ético e responsável das redes sociais como recurso pedagógico e para isso utiliza e apresenta as seguintes sugestões:
As novas tecnologias são espaços preciosos para o momento de vivências solidárias por meio delas quer-se formar para a solidariedade despertando nos indivíduos  o senso crítico. Procura-se formar para a compreensão do outro como ser em condições de igualdade na diferença  tendo presente também a dimensão  da fé enquanto o ser humano  como imagem e semelhança do “totalmente outro”.
Tem se consciência que recursos tecnológicos na educação: muito mais do que uso e disponibilização deles se constituem num desafio de linguagem e que pouco ou nada trarão como acréscimo para o processo ensino-aprendizagem o uso puro e simples das NTCI.
Na educação o segredo do sucesso não depende de disponibilizar ou não de recursos, importa sim não deixar passar despercebidas as ofertas que a sociedade oferece e diante da avalanche de informações a que nossos “clientes” têm acesso o desafio consiste em recuperar a visibilidade e a força motivadora do de todo o processo.
Se consideradas as profundas transformações pelas quais passa a sociedade e os avanços tecnológicos em todos os setores, será possível perceber que também no campo da educação se depara com o despreparo dos docentes conforme resultado da pesquisa:
O estudo descobriu que os professores eram geralmente cautelosos em adotar práticas colaborativas e populares da WEB 2.0, pois muitos sentiam que poderiam mudar as estruturas tradicionais da escola. Mais consideravelmente, muitas barreiras práticas relativas ao acesso tecnológico, infraestrutura e banda larga continuaram a impedir o uso da Web 2.0 mesmo nas escolas com bons recursos tecnológicos (OCDE, 2010, p. 27).
Dito isto tem se presente que certamente não será suficiente a profissionalização e a competência técnica, mas a compreensão da evolução da sociedade como um todo. Mesmo com certo domínio de muitos recursos não se consegue compreender porque as verdades, pedagógicas, didáticas, etc. continuam fragmentadas e setorizadas. Continua-se com uma ênfase curricular setorizada, não se alcança a dinâmica da interdisciplinaridade. Os saberes são parciais e as  escolas não fogem desta realidade.
A cultura da tecnologia e da comunicação implica hoje muito mais do que “usar” os meios e recursos, tais como redes sociais, pesquisas na internet e alguns exercícios digitais estar atentos para a globalização que a informática trouxe para dentro das escolas.
As instituições envidaram esforços para compreender e dar acessibilidade às novas mídias, mas ainda se está longe de entender a complexidade da metamorfose do século XXI. A pergunta crucial a ser feita consiste em procurar uma resposta para o uso que se  faz das tecnologias no processo da aprendizagem.
O processo de aprendizagem e de avaliação da aprendizagem continua reduzido aos encontros presenciais, às provas, aos trabalhos, e pior que tudo isso ao processo de notação. As atividades educacionais que se servem dos recursos de mídia se resumem a uma “janela” para informações, estando ainda muito longe da produção e compartilhamento de saberes. Não se tem noção que a virtualidade quebrou fronteiras e quem decide para onde ir é o usuário, que se tornou um “celinauta”.
O Papa Francisco, na sua autobiografia, que inclui longos anos de professor e gestor escolar, escreve:  “A escola pode encontrar o difícil ponto de equilíbrio entre estar ancorada ao passado e a necessidade de educar em um mundo transmudado imaginando o futuro em que seus alunos estarão inseridos” Para compreender isso diz o Papa: “ E para isso é preciso partir dos alunos para chegar a escola”.  Pois,  “Educar na sociedade contemporânea implica ter bem presente duas realidades: o âmbito da segurança e a zona de risco”.
Na condição de professor que se aventura utilizando recursos tecnológicos parece importante parafrasear o Papa Francisco numa citação que ele aplica à Igreja, mas neste caso aplicada à escola: “Prefiro uma escola machucada e que corre o risco de inovar-se à uma escola fechada nas suas seguranças e práticas pedagógicas já consagradas”.
5 À GUISA DE CONCLUSÃO
Concretamente na Escola Adelina Régis, nas disciplinas de Filosofia e Sociologia o professor Elcio Alberton utiliza do seguinte modo os recursos tecnológicos disponíveis:
a)                  Publicação da matéria para registro dos alunos no blog do professor;
b)                 Apresentação da matéria em Power Point, explicando cada parágrafo que os alunos registram;
c)                  Realização de exercícios no Facebook. Cada turma tem  a sua página no Face.
d)                 Na correção das atividades não é atribuída nota, mas fazendo comentários sobre a atividade realizada;
e)                 Aplicação da avaliação de conteúdo e objetivos, com questões objetivas, e com justificativa para a alternativa correta;
f)                   Para algumas turmas a avaliação é aplicada com uso da sala informatizada. Os alunos acessaram o blog do professor, copiaram a prova no editor de texto, responderam e enviaram para o email do professor;
g)                  Uma vez corrigida cada avaliação, o aluno recebe a resposta com as observações e a nota no seu email.
h)                 Projeção de filme, conforme sugerido  pela “tela interativa” no livro texto dos alunos;
i)                    Para todos os filmes, foram elaboradas questões para a avaliação ou produção de texto sobre o filme que foi visto.
5.1 -  Dificuldades
a)                  “O novo nasce com dores de parto” – os alunos não estão acostumados encarar novidades que exigem novos procedimentos, mais exigentes do que aqueles que estão habituados.
b)                 Embora os alunos sejam classificados como “nativos digitais” falta-lhes o hábito no uso dos recursos tecnológicos na aprendizagem. Em decorrência disso muitos  alunos julgaram que isso não necessitaria seriedade;
c)                  Falta do hábito de leitura e vocabulário micro reduzido. Incapacidade de interpretação de texto.
d)                 O professor é enquadrado na categoria  que se chama “analfabeto digital” ou dito jocosamente: “Professauro”
e)                 Os recursos tecnológicos disponíveis na escola ainda são insuficientes para algumas atividades.
5.2 – Sugestões
a)                  Dotar a escola de rede sem fio em todos os ambientes e instalar para a escola o “ambiente Moodle” o qual poderá  melhorar a realização das atividades e exercícios com recurso das tecnologias.
b)                 Produzir textos sobre a matéria a ser estudada e disponibilizar no blog da escola ou no ambiente ‘Moodle’.
Como pensamento final:
“Agarre seu medo do futuro e pergunte: Que posso fazer sobre isso já? Não tem que deixar o medo controlar você”.
Este e outros textos sobre Educação e multimeios estão disponíveis no seguinte endereço:
Se interessar, consulte a aba: “Formação Docente”
Visite também: “100 maneiras de usar o Facebook na escola”.

REFERÊNCIAS

ALBERTON, Elcio. Formação Mistagógica do Docente no Contexto da Metamorfose Civilizatória, Dissertação de mestrado, PUCPR, 2012.
ARROYO, Miguel G. Imagens quebradas. Petrópolis, Vozes, 2009.
BROWN e. & LEWIS B, & HARCLEROAD, F. Instrución Audiovisual, México, Editorial Trillas, 1977, p. 1- 48.
CENTRO DE PESQUISAS EDUCACIONAIS E INOVAÇÃO. Inspirados pela tecnologia, norteados pela pedagogia, Florianópolis, Governo do Estado de Santa Catarina, 2010.
CIMADON, Aristides. Ensino e aprendizagem na universidade – um roteiro de estudo. Joaçaba, editora UNOESC, 2008, p. 109 -115.
DIEUZEIDE, Henri. Le tecniche Audivisive nell’insegnamento. Roma, Armando Armando Editore, 1965, p.137 – 149.
FERREIRA, Oscar Manoel de Castro. Recursos audiovisuais para o ensino. São Paulo, Editora Pedagógica Universitária, 1975.
GOMES, Péricles Varela & MENDES, Ana Maria Coelho Pereira. Tecnologia e inovação na educação universitária: O matice da PUCPR. Curitiba, Champagnat, 2006.
MORAN, José Manoel. Novas Tecnologias e mediação pedagógica. São Paulo, Papirus, 2000.
PERRENOUD, Philippe. 10 novas competências para ensinar. Porto Alegre, ARTME0D, 200.
RUBIN, Sergio & AMBROGETTI, Francesca. Jorge Bergoglio – Il nuovo papa si racconta.




























































sábado, 27 de julho de 2013

TODO AQUELE QUE PEDE, RECEBE...


O Brasil assiste atônito as surpreendentes manifestações de carinho, acolhida e humildade que vão sendo preconizadas pelo Papa Francisco no Rio de Janeiro.  O carisma do Papa que veio do fim do mundo está contagiando a todos. Suas atitudes são fundamentais para ajudar perceber o jeito de Deus. Longe de fazer acusações e usar da sua popularidade para fazer valer sua autoridade, o Papa continua chamando  a Igreja e a sociedade inteira para entrar num processo de conversão e de perdão. Neste Sentido o que se vê nesta semana tem total sintonia com a Palavra de Deus proclamada nas celebrações deste domingo.
No livro do Gênesis, o longo diálogo entre Abraão e Deus, ajuda  perceber como o Pai valoriza os seus filhos e aqueles que se esforçam para agir como tal. Em ordem decrescente Abraão pede que a misericórdia de Deus alcance a todos e ao final da conversa seus pedidos se confirmam: “Que o meu Senhor não se irrite, se eu falar só mais uma vez: e se houvesse apenas dez?' E Deus respondeu:
'Por causa dos dez, não a destruiria”.
São Paulo confirma que o perdão de Deus foi garantido e estendido a todos na pessoa de Jesus Cristo: “Ora, vós estáveis mortos por causa dos vossos pecados, e vossos corpos não tinham  recebido a circuncisão, até que Deus vos trouxe para a vida, junto com Cristo, e a todos nós perdoou os pecados”.
E Jesus no Evangelho ensina a rezar e agir. Ele não só faz como os outros mestres, mas mostra que a oração precisa vir acompanhada de gestos concretos e confirma que não há ninguém capaz de recusar uma boa ação diante de uma grande necessidade: “Dá-nos a cada dia o pão de que precisamos, e perdoa-nos os nossos pecados, pois nós também perdoamos a todos os nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação”. E conclui com a parábola cuja mensagem central pode ser entendida nas seguintes palavras: “Ora, se vós que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do Céu dará o Espírito Santo aos que o pedirem!”.
Por isso mesmo a Igreja reunida em oração no Dia do Senhor reza com o Salmo: “Eu agradeço vosso amor, vossa verdade, porque fizestes muito mais que prometestes; naquele dia em que gritei, vós me escutastes e aumentastes o vigor da minha alma”.

Diante disso ganham ainda mais forças as palavras e os gestos do Papa Francisco conclamando a valorizar as pessoas e a vida desde o lugar onde cada um está vivendo. Que a oração da Igreja, o testemunho de tantos e a Palavra de Deus encontrem eco na vida de cada pessoa e da sociedade como um todo fazendo perceber o amor revelado e vivido por Jesus Cristo nosso único Salvador.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

AMIZADE E FILOSOFIA


A indústria da cultura patrocinada pelo meios de comunicação social, encarregou-se de transformar datas já consagradas no imaginário popular como em ocasiões para valorizar o ser humano, sua história e suas relações em oportunidades de negócio, de lucro e e de consumo. Como se isso não fosse ainda suficiente para satisfazer a sua ânsia de ganhar, e desfrutar das boas e reais intenções de tantos que muitas vezes não conseguem fazer um juízo crítico daquilo que veem e ouvem, acabaram de criar o dia do homem. Por um lapso que causa estranheza, passou despercibido ao leão do consumo o dia do amigo, esta é uma das poucas datas ainda não infectadas pelo comercio, não obstante ter sua origem muito anterior ao fenômeno que se denomina indústria da cultura.
É verdade também que a cultura brasileira ainda não incorporou este momento como uma oportunidade para valorizar a pessoa daquele que se escolhe como confidente e muitas vezes conselheiro.
Aproveitando o vinte de julho e as considerações feitas pelo autor citado, nas fontes de referência, este artigo tem por objetivo ajudar a perceber as dimensões que a virtude da amizade alcança no pensamento dos filósofos de todos os tempos. A brevidade que o texto exige impede uma abordagem de maior consistência, razão pela qual se fara apenas breves considerações sobre cada um dos tópicos.
Embora nem sempre compreendida e vivida como tal a amizade pode ser entendida como a forma mais alta do amor e a base de todos os amores. Assim se lê na Sagrada Escritura no livro dos Provérbios: "Um amigo fiel é uma grande proteção: quem o encontrou descobriu um tesouro", e o mesmo livro ainda diz: "tenha muitos amigos, mas apenas para um deles abra seu coração",  ou seja, que apenas um seja seu confidente, aquele a quem você pode chorar suas lágrimas e em cujos ombros pode depositar suas cruzes.
Praticamente não há um filosofo na historia que tenha esquecido de falar sobre esta virtude de tamanha importância para a sobrevivência da espécie, como dirá mais tarde Martin Luther King: "Ou nos damos as mãos ou morremos todos como idiotas".
Para o filosofo Montagne construir laço de amizade com alguém implica compreender que a sociedade na qual seus cidadãos vivem como amigos é uma sociedade quase perfeita. Do ponto de vista das relações sociais a amizade torna possível alcançar os preceitos de igualdade e reciprocidade.
Pode-se servir da amizade como uma critica aos valores modernos, entre eles, como já se mencionou, a "cultura mercadoria" patrocinada pelo desejo de consumo. Segundo a visão do filósofo Frederic Nietzshe a amizade é superior a todos os demais sentimentos, afirma ele: "a Antiguidade viveu a amizade até o máximo e com energia a encarou de forma exaustiva, e a levou quase consigo para a sepultura".
Foi Plutarco quem tratou da amizade sob um ponto de vista muito atual, isto é, encarar como a possibilidade de levar vantagem. Na obra "como tirar proveito de seus amigos e da maneira de distinguir o bajulador do amigo," Plutarco reconhece o valor da franqueza como remédio contra todas as ciladas e afirma que a sinceridade sem rodeios é a maneira para conquistar a verdade. 

20 de julho  - Dia do Amigo
REFERENCIA

OLIVEIRA, Jelson. Sabedoria Pratica, Curitiba, Champagnat, 2012, p. 59 - 95.

sábado, 13 de julho de 2013

VÁ VOCÊ, E SEJA PRÓXIMO DO SEU IRMÃO!

15º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Leituras: 1ª Leitura - Deuteronômio 30,10-14; Salmo - 68,14.17.30-31.33-34.36ab.37 (R.cf.33);
 2ª Leitura - Colossences 1,15-20; Evangelho - Lucas 10,25-37.



Tudo o que tem acontecido no Brasil nos últimos dias foram situações únicas e que trazem inúmeras lições. Passada a Copa das Confederações o mundo agora continua voltado para a primeira visita do Papa Francisco ao país e a realização da Jornada Mundial da Juventude. De maneira um pouco fantasiosa se pode aplicar estes eventos à passagem de Jesus por Jerusalém e suas cidades vizinhas. Por onde Jesus passava se voltavam os olhares de todos.
Naquele tempo como agora, não faltam quem queira fazer provocações, tirar proveito, causar constrangimento, tentar colocar à prova as pessoas envolvidas nestas situações. Apesar disso o Papa Francisco anunciou que vai andar no Rio de Janeiro em carro aberto, abrindo mão do Papa Móvel blindado Ele quer estar mais próximo das pessoas.
Claro está que a realização destes eventos é  uma oportunidade para que cada pessoa se pergunte: O que devo fazer para ganhar o Reino de Deus. Perguntar e responder a si mesmo, tomar atitudes é o que o evangelho deste domingo sugere.
A pergunta que o entendido em leis fez para Jesus e a resposta que d’Ele recebeu é útil para cada pessoa e particularmente para cada cristão destes tempos: Não basta conhecer a lei, não basta praticas os mandamentos, não basta cumprir as leis da Igreja. É preciso agir. E Jesus dá ao seu interlocutor uma resposta que se aplica a todos: “Diante das necessidades e sofrimentos, seja Você também o próximo daquele que passa necessidades”.
Neste mundão de Deus as necessidades humanas são muitas, desde aqueles básicas como a falta de comer e vestir, até os cuidados nas relações com as pessoas, o cuidado com a saúde, com a educação e por aí a fora: “Vá Você e faça a mesma coisa”.
Como se percebe na primeira leitura do Livro do Deuteronômio. Na hora dos grandes sofrimentos, aí esta a oportunidade para procurar Deus. A Palavra ouvida também responde: “Nem está do outro lado do mar  para que possas alegar 'Quem atravessará o mar por nós para apanhá-lo? Quem no-lo ensinará para que o possamos cumprir? Ao contrário, esta palavra está bem ao teu alcance, está em tua boca e em teu coração, para que a possas cumprir”.
E São Paulo, escreve aos Colocesses pra quem ele diz: “Jesus Cristo é a imagem de Deus que outrora estava invisível, ele é o primeiro de toda a criação, ele entregou sua vida para melhorar a vida de todos.

Por tanto, para quem reconhece Jesus como Salvador, tudo fica muito fácil: “Vá você e faça a mesma coisa que Jesus fez, isto é, seja próximo de todo aquele que necessita”. 

domingo, 7 de julho de 2013

EIS QUE A PAZ VAI ACONTECER...


Leituras do domingo: Isaias 66, 10-14; Salmo 65; Gálatas 6,14-18; Lucas 10,1-12. 17-20.

As manchetes de grandes e pequenos meios de comunicação, pelo mundo todo, e particularmente no Brasil, mostraram com abundância as manifestações que tomaram conta de ruas e praças em inúmeras cidades brasileiras.  Com motivos justos, com razões que  nem sempre foram compreendidas, com exageros e em diversos casos com vandalismo. Tudo isso mostra que o país vive  situação diferente  daquela que existiu a bem pouco tempo. Não é raro encontrar pessoas que experimentaram  no seu cotidiano a repressão dos tempos da ditadura, os altos índices de inflação,  o elevado número de desempregados, a saúde toda custeada pelos usuários, as escolas sucateadas e assim por diante. Eis que vivemos num outro tempo, ainda falta muito e as manifestações mostraram que é possível o país ser melhor e que basta mudar a vontade de alguns.
Ora, é isto exatamente o que se pode ver nas leituras deste domingo. Muito tempo antes de Cristo, o povo de Israel havia experimentado o exílio da Babilônia, lá provaram as durezas da vida e toda sorte de sofrimento. Voltando à sua pátria precisaram reconstruir tudo e, sobretudo, reconstruir a esperança. Na primeira leitura o profeta se encarrega de anunciar que Deus estará com eles: “Alegrai-vos com Jerusalém e exultai com ela todos vós que a amais;... 'Eis que farei correr para ela a paz como um rio... Como uma mãe que acaricia o filho,.. A mão do Senhor se manifestará em favor de seus servos”. Naturalmente que nada disso acontece sem a participação das pessoas que estão envolvidas e retomando suas casas, sua terra, sua vida e seus direitos.
São Paulo escrevendo aos Gálatas, como ouvimos na segunda leitura reafirma: “Trago em meu corpo as marcas de Jesus”. Ora, quais são estas marcas? O sofrimento, a perseguição, a crucificação e a morte. Mas são também as marcas da ressurreição e da vida nova e para todos os que compreenderem o que significa: “paz e misericórdia”.
Foi essa paz que Jesus mandou anunciar quando enviou os setenta e dois à sua frente: “Em qualquer casa em que entrarem, digam primeiro: `A paz esteja nesta casa! E o Reino de Deus está próximo”. O anúncio feito pelos discípulos provoca o surgimento de um novo tempo que foi inaugurado por Deus na pessoa de Jesus, mas que foi ao mesmo tempo compreendido pelas pessoas e pelas comunidades por onde passaram os enviados do Senhor.
Ontem como hoje, cada cristão precisa se sentir comprometido: “Por esta paz que a juventude tanto quer  Pela alegria que as crianças tem às mãos; Pelos que firmam na justiça os próprios pés.  Pelo suor dos que mais lutam pelo pão; Pelos que sabem enxergar um pouco além, E assim repartem a esperança com razão”. E por isso mesmo, como a igreja faz a cada domingo: “render graças ao Pai que tudo vê e assim lhes pede para abrir o coração”.

Que a oração da assembleia reunida ajude o Brasil e os brasileiros “colher os frutos da salvação e não cessar de elevar a Deus os seus louvores”.