terça-feira, 14 de dezembro de 2021

HOMILIA PARA O DIA 02 DE JANEIRO DE 2022 - MANIFESTAÇÃO DO SENHOR - ANO C

 

NOS SEUS DIAS A JUSTIÇA FLORIRÁ

Utilizar a imagem da luz para afirmar que se chegou a alguma conclusão satisfatória diante de um problema ou de alguma situação ou necessidade embaraçosa faz parte da linguagem comum do nosso cotidiano. A mesma comparação já foi utilizada por diferentes povos e culturas ao longo da história. A liturgia do tempo do Natal é repleta deste sinal para apresentar a presença de Deus na história.

Na primeira leitura o profeta anuncia: “Levanta-te, acende as luzes, Jerusalém, porque chegou a tua luz, apareceu sobre ti a glória do Senhor. Eis que está a terra envolvida em trevas, e nuvens escuras cobrem os povos; mas sobre ti apareceu o Senhor, e sua glória já se manifesta sobre ti”. Nosso olhar costuma se voltar ainda que involuntariamente para os pontos que aparecem iluminados. No caso do anuncio feito pelo profeta todos os povos que esperam a manifestação de Deus se voltam para Jerusalém, pra onde os refugiados caminham, retornando do exílio. O profeta afirma que a luz de Jerusalém atraíra para si todos os povos do mundo inteiro.

Escrevendo aos Efésios Paulo lhes garante que tudo o que estava obscuro, foi iluminado pela pessoa de Jesus. No Filho humano do Pai a salvação de Deus se estende a todos os povos. Ora, também nós destinatários dessa palavra temos a responsabilidade de mostrar a luz de Deus para todos independente do lugar, da raça, da cor, da religião. Todos “são admitidos à mesma herança, são membros do corpo, são associados à mesma promessa em Jesus Cristo, por meio do Evangelho”.

No Evangelho Mateus nos dá uma catequese sobre a pessoa e a missão de Jesus para toda a humanidade. Três sinais merecem a atenção na narrativa: O local onde nasceu Jesus – Belém na Judéia, Estrela que brilha para o mundo; os Magos que se desinstalam para encontrar o prometido.

Enquanto os conterrâneos o rejeitam e na pessoa de Herodes procuram para mata-lo, os estrangeiros estão atentos aos sinais que concretizam as palavras dos profetas e o reconhecem como a nova Estrela que brilha para o mundo.

A manifestação do Senhor nos desafia a responder de que lado estamos quando se trata de reconhecer Jesus. Percebemos os sinais luminosos de Deus ou eles nos incomodam e preferimos a escuridão das nossas trevas tentando eliminar a luz da Deus. Somos capazes de nos desinstalar para ir ao encontro do Messias ou preferimos nos manter na vida cômoda e segura das nossas verdades.

Cristãos do século XXI temos a coragem de caminhar juntos como Igreja em saída e que anda por outras estradas, se preciso for para garantir que a Luz de Jesus alcance todos os povos.

Rezemos com o salmista:

Nos seus dias a justiça florirá*
e grande paz, até que a lua perca o brilho!
8De mar a mar estenderá o seu domínio,*
e desde o rio até os confins de toda a terra!

HOMILIA PARA O DIA 01 DE JANEIRO DE 2022 - SANTA MÃE DE DEUS - DIA MUNDIAL DA PAZ - ANO C

 DEUS NOS DÊ A SUA GRAÇA E A SUA BÊNÇÃO

A parte das comemorações relativas à virada do ano, o primeiro dia novo ano civil marca o início de uma nova etapa na vida de todos. A liturgia da Igreja e a Palavra de Deus previstas para essa ocasião nos trazem presentes a figura materna de Maria, como Mãe de Deus e Mãe da humanidade e à sombra de Maria o anseio que pulsa no coração de todos celebrado, por convocação do Santo Papa Paulo VI, como o Dia Mundial da Paz.

Guiados pela figura materna, nos propomos neste primeiro dia do ano a caminhar juntos e trabalhar de mãos dadas pela construção da paz e que da parte de Deus não nos abandona, antes nos cumula com a bênção dada aos filhos e filhas e que se revela na figura humana de Jesus Cristo rosto humano do Pai.

As três invocações do nome de Deus na primeira leitura com as três bênçãos descritas na sequência indicam a presença d’Ele ao longo dos nossos dias: “O Senhor te abençoe e te guarde! O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face, e se compadeça de ti! O Senhor volte para ti o seu rosto e te dê a paz”!

Na carta aos Gálatas Paulo deixa absolutamente claro como a vinda de Jesus Cristo ao mundo teve um objetivo muito claro: Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher, nascido sujeito à Lei, a fim de resgatar os que eram sujeitos à Lei e para que todos recebêssemos a filiação adotiva. Em Jesus Cristo todos fomos elevados à condição de Filhos e guiados por Ele somos todos responsáveis pela mesma missão, isto é, garantir a liberdade e a condição de todos.

A narrativa do encontro apressado dos pastores para conferir a Boa Notícia que lhes tinha sido anunciado é também para nós um convite a alegria pela certeza que Deus cuida de nós. Na figura de Maria que “guardava todos estes fatos e meditava sobre eles em seu coração” podemos reconhecer o rosto materno de Deus nas agruras da história. Maria nos ensina a compreender e ler os acontecimentos da vida a partir da presença de Deus que nos impulsiona a missão a exemplo dos pastores que voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo que tinham visto e ouvido”.

Uma atitude será repetir o que rezamos no salmo:

Que Deus nos dê a sua graça e sua bênção.
2Que Deus nos dê a sua graça e sua bênção,*
e sua face resplandeça sobre nós!
3Que na terra se conheça o seu caminho*
e a sua salvação por entre os povos.R.

5Exulte de alegria a terra inteira,*
pois julgais o universo com justiça;
os povos governais com retidóo,*
e guiais, em toda a terra, as nações.R.

6Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor,*
que todas as nações vos glorifiquem!
8Que o Senhor e nosso Deus nos abençoe,*
e o respeitem os confins de toda a terra!


HOMILIA PARA A MISSA DA NOITE DO NATAL - 25/12/2021 - ANO C

 REJUBILE O CÉU E EXULTE A TERRA (25/12)

É da natureza humana alegrar-se com as pequenas realizações, mesmo quando acontecem no contexto de provações e dificuldades. Esse é o espírito do Natal que celebramos a cada ano.

As leituras desta liturgia confirmam a alegria que foi sendo construída no tempo do advento e que concretizou o sonho de gerações quando se deu o fato histórico do nascimento do menino Jesus.  A expressão mais robusta para esta liturgia se resume na frase: “o povo que andava nas trevas viu uma grande luz”.

O profeta anuncia e reanima o povo num tempo de muitas privações e dificuldades e lhes garante que o dia de Deus se concretizará na figura indefesa de uma criança cujo nome reúne todas as qualidades do criador: “Conselheiro admirável, Deus forte, príncipe da paz, Pai eterno”. Humano, como todos os demais, esse Deus residirá no meio do seu povo e será a garantia de felicidade para sempre: Grande será o seu reino e a paz não há de ter fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reinado, que ele irá consolidar e confirmar em justiça e santidade, a partir de agora e para todo o sempre”.

Os cristãos destinatários da segunda leitura já não estavam tão preocupados com o dia da vinda do Senhor, mas com a certeza da sua presença na história. Também nós, somos convidados a perceber Deus que caminha conosco, e para experimentar isso, é necessário renunciar os valores deste mundo que estejam em contradição com a proposta daquele que nasceu em Belém: “A graça de Deus se manifestou Ela nos ensina a abandonar a impiedade e as paixões mundanas e a viver neste mundo com equilíbrio, justiça e piedade aguardando a feliz esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo”.

A narrativa detalhada que Lucas faz no Evangelho relatando os fatos históricos que envolveram o nascimento do menino mostra a concretização das promessas dos profetas. Na fragilidade do menino de Belém Deus vem ao encontro de todos e a prova mais evidente disso é o lugar e para quem a boa notícia foi anunciada: “Naquela região havia pastores que passavam a noite nos campos, tomando conta do seu rebanho. Um anjo do Senhor apareceu aos pastores, a glória do Senhor os envolveu em luz, e eles ficaram com muito medo. O anjo, porém, disse aos pastores: 'Não tenhais medo! Eu vos anuncio uma grande alegria, que o será para todo o povo: Hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós um Salvador, que é o Cristo Senhor”.

Notemos o jeito de Deus ele não se serve da força e do poder para intervir na história, mas marca sua presença na figura de um menino e de um pobre casal que representa a continuidade histórica de um povo. De José, diz o Papa Francisco: “Devemos aprender o mesmo cuidado e responsabilidade: amar o menino e sua mãe; amar os sacramentos e a caridade; amar a Igreja e os pobres. Cada uma dessas realidades é sempre o Menino Deus e a Mãe de Deus a quem amamos”. 


HOMILIA PARA O DIA 19 DE DEZEMBRO DE 2021 - 4º DO ADVENTO - ANO C

 VINDE LOGO NOS TRAZER A SALVAÇÃO

A repetição anual das celebrações de advento e natal deixam muito claro que não se trata de comemorar o aniversário de Jesus. Pelo contrário trata-se de atualizar a memória da missão de Jesus no mundo ao mesmo tempo que ficamos na expectativa da sua vinda gloriosa no final dos tempos. 

O profeta Miquéias ao anunciar a sorte do pequeno vilarejo de Belém já faz anunciando a missão daquele que modificará a realidade não apenas daquela porção da população, mas de todo o Israel: “Tu, Belém de Éfrata, pequenina entre os mil povoados de Judá, de ti há de sair aquele que dominará em Israel; sua origem vem de tempos remotos, desde os dias da eternidade”.

O profeta garante novos tempos, porque aquele que vai nascer já traz no seu nome o maior desejo da humanidade: “E com a majestade do nome do Senhor seu Deus; os homens viverão em paz, pois ele agora estenderá o poder até aos confins da terra, e ele mesmo será a Paz”.

Nenhuma fraqueza humana impedirá que a presença de Deus na história humana continue apontando para a possibilidade de construir caminhos de felicidade e vida mais plena. Isso é Natal!

A carta aos Hebreus deixa claro que “Ao entrar no mundo, Cristo afirma: Eu vim, ó Deus, para fazer a tua vontade. É graças a esta vontade que somos santificados  pela oferenda do corpo de Jesus Cristo, realizada uma vez por todas”. A leitura é um convite a todos os que celebram o natal para que sejam abertos e disponíveis colaborando com Cristo na realização da vontade de Deus, não com sacrifícios e oferendas, mas na obediência e disponibilidade de quem está de acordo em doar a própria vida para que a palavra do profeta e o sonho de todos se realize em lugar das vontades e vantagens pessoais e individuais.  

A atitude de Maria descrita no Evangelho: “Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judéia. Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel”. É um convite para cada pessoa que se reconhece portador de Jesus Cristo e da sua mensagem. Isso é, não ter medo de ir ao encontro daqueles que necessitam, ainda que para isso seja necessário coragem e determinação as vezes maiores que as próprias forças. 

No encontro das duas mães o que se destaca é presença de Jesus o salvador: “Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar?”, e nele todos os que ouvem a sua palavra e a colocam em prática se tornam benditos e podem cantar todas as maravilhas de Deus: “Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido, o que o Senhor lhe prometeu”.  

sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

HOMILIA PARA O DIA 12 DE DEZEMBRO DE 2021 - 3º DO ADVENTO - ANO C

 

ALEGRAR-SE SEMPRE NO SENHOR

A dinâmica do ano que começa e termina é uma oportunidade ímpar para renovar e fazer  brilhar a esperança devolvendo a alegria. E mesmo quando as circunstâncias da vida nem sempre são favoráveis, a renovação do calendário cria uma expectativa que permite recomeçar apesar das contrariedades. É sobre alegria que tratam as leituras desse domingo, e não se trata de situação passageira ou cronológica. Trata-se da alegria da qual fala o Papa Francisco: “A alegria do Evangelho é tão extraordinária que ninguém nos poderá tirar porque a alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus”.

O natal é a oportunidade de se reencontrar com Jesus cuja promessa foi alimentada pelos profetas e se estende até aos nossos dias. Na mesma proporção daqueles que foram ao encontro de João Batista, também perguntamos: “E nós o que devemos fazer?”. É hora deve questionar nossos limites e nos desafiar para uma verdadeira transformação de vida.

O profeta Sofonias dá uma orientação muito precisa: “Não temas, Sião,
não te deixes levar pelo desânimo! O Senhor, teu Deus, está no meio de ti, o valente guerreiro que te salva; ele exultará de alegria por ti, movido por amor”. Em resumo, Deus está e caminha conosco apesar de todas as fragilidades da vida! Nunca é demais recordar o que renova o mundo não é o medo, mas o amor e Deus com seu amor nunca desiste de vir ao nosso encontro!

Na mesma dinâmica São Paulo começa a segunda leitura: “Alegrai-vos sempre no Senhor; eu repito, alegrai-vos. Que a vossa bondade seja conhecida de todos os homens!”. Não se trata de uma alegria qualquer resultado dos êxitos conquistados ao longo do ano, mas resultado da presença do Senhor Jesus em nossas vidas. Obviamente que isso implica em perceber as manifestações da presença de Deus em nossa relação de acolhida e de caminhar juntos com todas as pessoas. Isso significa Sinodalidade!

No Evangelho, Lucas coloca na boca de todas as categorias de pessoas a mesma pergunta: “Mestre, que devemos fazer?”. Para garantir a alegria do encontro com o Senhor que está chegando João usa o apelo para a conversão dando-lhes pistas muito precisas, quase como uma receita para a felicidade. Começa dando uma lição de partilha: “Quem tiver duas túnicas, dê uma a quem não tem; e quem tiver comida, faça o mesmo! Não cobreis mais do que foi estabelecido. Não tomeis à força dinheiro de ninguém, nem façais falsas acusações”. Em palavras do cotidiano se pode dizer que o encontro com o Senhor implica em não se conformar com a acumulação de bens nas mãos de poucos enquanto grandes multidões passam fome, nada de roubo, de exploração, de corrupção, de violência.

Em resumo, fomos batizados no Espírito que nos foi dado por Jesus, temos o dever de viver de acordo com a graça que recebemos naquele dia.

Por isso não nos cansamos de cantar: “Exultai cantando alegres, habitantes de Sião porque é grande em vosso meio o Deus Santo de Israel”.

Toda a Igreja vai ter que  descer na Olaria de Deus!

 

 

 

 

ALEGRAR SEMPRE NO SENHOR

Trata-se da alegria da qual fala o Papa Francisco: “A alegria do Evangelho é tão extraordinária que ninguém nos poderá tirar porque a alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus”.

No Evangelho, Lucas coloca na boca de todas as categorias de pessoas a mesma pergunta: “Mestre, que devemos fazer?”. Para garantir a alegria do encontro com o Senhor que está chegando João usa o apelo para a conversão dando-lhes pistas muito precisas, quase como uma receita para a felicidade. Começa dando uma lição de partilha: “Quem tiver duas túnicas, dê uma a quem não tem; e quem tiver comida, faça o mesmo! Não cobreis mais do que foi estabelecido. Não tomeis à força dinheiro de ninguém, nem façais falsas acusações”. Em palavras do cotidiano se pode dizer que o encontro com o Senhor implica em não se conformar com a acumulação de bens nas mãos de poucos enquanto grandes multidões passam fome, nada de roubo, de exploração, de corrupção, de violência.

Em resumo, fomos batizados no Espírito que nos foi dado por Jesus, temos o dever de viver de acordo com a graça que recebemos naquele dia.

Por isso não nos cansamos de cantar: “Exultai cantando alegres, habitantes de Sião porque é grande em vosso meio o Deus Santo de Israel”.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

HOMILIA PARA O DIA 05 DE DEZEMBRO DE 2021 - 2º DO ADVENTO - ANO C

 

PEQUENOS GRANDES SINAIS

Se tem uma coisa que o nosso coração anseia é por boas notícias. Ainda que nem sempre elas sejam suficientes e proporcionais àquelas que não são tão animadoras, mesmo assim nossos lábios sorriem e o olhar brilha. Nestas ocasiões nós cantamos como salmista:


Maravilhas fez conosco o Senhor,
exultemos de alegria!

1Quando o Senhor reconduziu nossos cativos,*
parecíamos sonhar;
2aencheu-se de sorriso nossa boca,*
2bnossos lábios, de canções.R.

2cEntre os gentios se dizia: 'Maravilhas*
2dfez com eles o Senhor!'
3Sim, maravilhas fez conosco o Senhor,*
exultemos de alegria!R.

4Mudai a nossa sorte, ó Senhor,*
como torrentes no deserto.
5Os que lançam as sementes entre lágrimas,*
ceifarão com alegria.R.

6Chorando de tristeza sairão,*
espalhando suas sementes;
cantando de alegria voltarão,*
carregando os seus feixes!R.


 

Não sem razão esse salmo está colocado neste domingo do avento em que a Palavra de Deus dirige a todos o convite para renovar a esperança: Na primeira leitura o profeta nos convida a um caminho de conversão que nos aponta para um tempo e um lugar onde se pode respirar felicidade e liberdade: “Levanta-te, Jerusalém, põe-te no alto e olha para o Oriente! Vê teus filhos reunidos pela voz do Santo, desde o poente até o levante, jubilosos por Deus ter-se lembrado deles. Sim, Deus guiará Israel, com alegria, à luz de sua glória, manifestando a misericórdia e a justiça que dele procedem”.

É neste contexto que somos convidados a viver o tempo do advento como oportunidade par mudança e correção de rota para preparar nosso encontro com o Senhor que vem!

As cartas de São Paulo são sempre uma maneira do apóstolo manifestar sua proximidade com os destinatários. No caso dos Filipenses ele manifesta sua ternura por causa do jeito como eles o acolheram: “Irmãos: Sempre em todas as minhas orações rezo por vós, com alegria, por causa da vossa comunhão conosco na divulgação do Evangelho, desde o primeiro dia até agora”.

Embora tendo essa manifestação de carinho para com eles, Paulo não deixa de lhes recomendar que devem continuar dando seu testemunho de caridade: “E isto eu peço a Deus: que o vosso amor cresça sempre mais, em todo o conhecimento e experiência, 10para discernirdes o que é o melhor. E assim ficareis puros e sem defeito para o dia de Cristo, cheios do fruto da justiça que nos vem por Jesus Cristo, para a glória e o louvor de Deus”.

A leitura nos sugere perguntar a nós mesmos como cristãos: Nossas comunidades sentem como sua a responsabilidade com a missão? Nós sentimos a necessidade de fazer Jesus nascer para todos? Temos ternura e acolhimento com as pessoas que colaboram em nossas comunidades? Acolhemos sem restrição as pessoas que não são do nosso círculo de amizade e de oração?

Não nos esqueçamos somos uma Igreja a caminho. Por isso mesmo é importante caminhar juntos ao encontro do Senhor que vem!

 No Evangelho Lucas situa um tempo e um lugar nos quais o convite para uma transformação total no estilo de vida deve acontecer: “a palavra de Deus foi dirigida a João... E ele percorreu toda a região do Jordão, pregando um batismo de conversão para o perdão dos pecados, como está escrito no Livro das palavras do profeta Isaías: 'Esta é a voz daquele que grita no deserto: 'preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas. Todo vale será aterrado, toda montanha e colina serão rebaixadas; as passagens tortuosas ficarão retas e os caminhos acidentados serão aplainados”.

O Senhor para quem João convida a preparar o caminho é aquele que vem para concretizar o que tinha sido anunciado pelos profetas e para que isso se concretize os corações humanos precisam estar livres e disponíveis de qualquer outra preocupação, isso significa convertidos.

A preparação para o natal implica adequar nossas prioridades e valores, eliminar o egoísmo, as injustiças e toda forma de cadeia nos acorrentam ao pecado. Preparar o Natal significa aprender a caminhar juntos sem excluir ninguém! A oportunidade é para realizar PEQUENOS GRANDES SINAIS!PEQUENOS GRANDES SINAIS

Se tem uma coisa que o nosso coração anseia é por boas notícias. Ainda que nem sempre elas sejam suficientes e proporcionais àquelas que não são tão animadoras, mesmo assim nossos lábios sorriem e o olhar brilha. Nestas ocasiões nós cantamos como salmista:


Maravilhas fez conosco o Senhor,
exultemos de alegria!

1Quando o Senhor reconduziu nossos cativos,*
parecíamos sonhar;
2aencheu-se de sorriso nossa boca,*
2bnossos lábios, de canções.R.

2cEntre os gentios se dizia: 'Maravilhas*
2dfez com eles o Senhor!'
3Sim, maravilhas fez conosco o Senhor,*
exultemos de alegria!R.

4Mudai a nossa sorte, ó Senhor,*
como torrentes no deserto.
5Os que lançam as sementes entre lágrimas,*
ceifarão com alegria.R.

6Chorando de tristeza sairão,*
espalhando suas sementes;
cantando de alegria voltarão,*
carregando os seus feixes!R.


 

Não sem razão esse salmo está colocado neste domingo do avento em que a Palavra de Deus dirige a todos o convite para renovar a esperança: Na primeira leitura o profeta nos convida a um caminho de conversão que nos aponta para um tempo e um lugar onde se pode respirar felicidade e liberdade: “Levanta-te, Jerusalém, põe-te no alto e olha para o Oriente! Vê teus filhos reunidos pela voz do Santo, desde o poente até o levante, jubilosos por Deus ter-se lembrado deles. Sim, Deus guiará Israel, com alegria, à luz de sua glória, manifestando a misericórdia e a justiça que dele procedem”.

É neste contexto que somos convidados a viver o tempo do advento como oportunidade par mudança e correção de rota para preparar nosso encontro com o Senhor que vem!

As cartas de São Paulo são sempre uma maneira do apóstolo manifestar sua proximidade com os destinatários. No caso dos Filipenses ele manifesta sua ternura por causa do jeito como eles o acolheram: “Irmãos: Sempre em todas as minhas orações rezo por vós, com alegria, por causa da vossa comunhão conosco na divulgação do Evangelho, desde o primeiro dia até agora”.

Embora tendo essa manifestação de carinho para com eles, Paulo não deixa de lhes recomendar que devem continuar dando seu testemunho de caridade: “E isto eu peço a Deus: que o vosso amor cresça sempre mais, em todo o conhecimento e experiência, 10para discernirdes o que é o melhor. E assim ficareis puros e sem defeito para o dia de Cristo, cheios do fruto da justiça que nos vem por Jesus Cristo, para a glória e o louvor de Deus”.

A leitura nos sugere perguntar a nós mesmos como cristãos: Nossas comunidades sentem como sua a responsabilidade com a missão? Nós sentimos a necessidade de fazer Jesus nascer para todos? Temos ternura e acolhimento com as pessoas que colaboram em nossas comunidades? Acolhemos sem restrição as pessoas que não são do nosso círculo de amizade e de oração?

Não nos esqueçamos somos uma Igreja a caminho. Por isso mesmo é importante caminhar juntos ao encontro do Senhor que vem!

 No Evangelho Lucas situa um tempo e um lugar nos quais o convite para uma transformação total no estilo de vida deve acontecer: “a palavra de Deus foi dirigida a João... E ele percorreu toda a região do Jordão, pregando um batismo de conversão para o perdão dos pecados, como está escrito no Livro das palavras do profeta Isaías: 'Esta é a voz daquele que grita no deserto: 'preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas. Todo vale será aterrado, toda montanha e colina serão rebaixadas; as passagens tortuosas ficarão retas e os caminhos acidentados serão aplainados”.

O Senhor para quem João convida a preparar o caminho é aquele que vem para concretizar o que tinha sido anunciado pelos profetas e para que isso se concretize os corações humanos precisam estar livres e disponíveis de qualquer outra preocupação, isso significa convertidos.

A preparação para o natal implica adequar nossas prioridades e valores, eliminar o egoísmo, as injustiças e toda forma de cadeia nos acorrentam ao pecado. Preparar o Natal significa aprender a caminhar juntos sem excluir ninguém! A oportunidade é para realizar PEQUENOS GRANDES SINAIS!

quarta-feira, 24 de novembro de 2021

HOMILIA PARA O DIA 28 DE NOVEMBRO DE 2021 - 1º DOMINGO DO ADVENTO - ANO C

 

CONDUZIDOS PELA VERDADE DO SENHOR

Na liturgia da Igreja o advento é a retomada da esperança na convicção que a vinda do Senhor transformará a humanidade inteira. As realidades narradas nas três leituras deste domingo não se diferenciam da situação contemporânea ao mesmo tempo em que apresentam uma alternativa para transformar a situação de tristeza e sofrimento em fecundidade e bem-estar.

Eis que virão dias, diz o Senhor, em que farei cumprir a promessa de bens futuros para a casa de Israel e para a casa de Judá”. A promessa do profeta não é outra coisa senão a afirmação da fidelidade de Deus na relação com o seu povo.

Naquele tempo, farei brotar de Davi a semente da justiça, que fará valer a lei e a justiça na terra”. E todos reconhecerão “O Senhor é a nossa Justiça”.  As palavras justiça e direito garantem que nos novos tempos estas duas realidades irão garantir a paz e a prosperidade desejada. A leitura é um convite a reconstruir na esperança!

Tessalonicenses é uma das comunidades fundadas por São Paulo e que experimentou inúmeras dificuldades, mas que apesar de todas as provações não se deixou vencer pelo medo e o desânimo. A atitude dos cristãos de tessalônica é a prova da concretização do que havia dito o profeta na primeira leitura: Deus construiu no coração deles a convicção que devem esperar com confiança a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo: “O Senhor vos conceda que o amor entre vós e para com todos aumente e transborde sempre mais, a exemplo do amor que temos por vós. Que assim ele confirme os vossos corações numa santidade sem defeito aos olhos de Deus, nosso Pai, no dia da vinda de nosso Senhor Jesus, com todos os seus santos”.

Quando Lucas escreveu o seu evangelho, ainda estava muito presente na lembrança da comunidade a destruição de Jerusalém e do Templo, apesar disso ele anuncia: “Os homens vão desmaiar de medo, só em pensar no que vai acontecer ao mundo, quando estas coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima”.

A mensagem do Evangelho é clara: A vida será sempre marcada pelo sofrimento, pelas provações, pelas dificuldades, entretanto para quem acredita na pessoa e na doutrina de Jesus não será preciso perder a coragem. A justiça e a paz sempre vencerão e uma nova experiência poderá ser vivida.

Naturalmente que não se pode fazer de conta que nada não é da nossa conta ou que nada temos com isso: “Tomai cuidado para que vossos corações não fiquem insensíveis por causa da gula, da embriaguez e das preocupações da vida... para ficardes em pé diante do Filho do Homem”.

Nosso cotidiano é marcado por inúmeras formas de agressão e destruição da vida e da qualidade da vida. A Palavra de Deus nos abre uma porta de esperança: “Quando estas coisas começarem a acontecer,
levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima”.

O advento é um convite para reconstruir os caminhos que nos aproximem de Cristo. Em meio as trevas que envolvem o cotidiano o tempo é de levantar a cabeça!

Não nos deixemos abater, a caminhada cristã é uma construção diária. O cristão não pode se considerar uma pessoa perfeita, que se conforma com aquilo que já fez e se instala na mediocridade, pelo contrário está sempre atento e disposto a dar respostas novas para novos desafios confiando-se ao Senhor como cantamos no salmo:

Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos,*
e fazei-me conhecer a vossa estrada!
5Vossa verdade me oriente e me conduza,
porque sois o Deus da minha salvação! R.

8O Senhor é piedade e retidão,*
e reconduz ao bom caminho os pecadores.
9Ele dirige os humildes na justiça,*
e aos pobres ele ensina o seu caminho. R.

10Verdade e amor são os caminhos do Senhor*
para quem guarda sua Aliança e seus preceitos.
14O Senhor se torna íntimo aos que o temem
e lhes dá a conhecer sua Aliança. R.

quinta-feira, 18 de novembro de 2021

HOMILIA PARA O DIA 21 DE NOVEMBRO DE 2021 - CRISTO REI DO UNIVERSO - ANO B

 

UM REINO DE OUTRO MUNDO

Nesse domingo que celebramos realeza de Cristo Senhor do Universo, também fazemos presente a missão dos cristãos leigos no mundo. Nesse contexto cabe lembrar que não são poucas as experiências de comando, de exercício de autoridade, de coordenação e liderança e que muito pouco se assemelham ao Reino e ao Reinado proposto e exercido por Jesus.

Na oração de despedida dos seus amigos Jesus rezou: Pai eu não te peço que os tire do mundo, mas que os guarde das tentações do mundo. Esse pedido dirigido ao Pai continua sendo desafiador para todos os cristãos a quem os nossos bispos recordam que: “O desafio do cristão será sempre viver no mundo sem ser do mundo... e a partir da fé e dos valores do Reino de Deus, como Igreja iluminar as realidades do mundo”. (cf. CNBB Doc. 105).

O que se pede aos cristãos contemporâneos não é diferente das  recomendações dadas por Daniel na primeira leitura desse domingo cuja finalidade é transmitir a esperança a todos os perseguidos e desiludidos do seu tempo. O filho de homem que aparece nas nuvens no texto de Daniel em nada se compara aos reis e reinos instalados no mundo de outrora. Ele vem de Deus e pertence ao mundo de Deus. Uma vez instalado o reinado desse filho de homem, Deus devolverá a paz e a tranquilidade a todos os que eram perseguidos e oprimidos pelas forças do mundo do homens.

O livro do Apocalipse narra as mazelas, perseguições e ameaças pelas quais passa a comunidade cristã no final do primeiro século e objetivo do autor é fortalecer nos cristãos a esperança em mundo novo cuja vitória final será de Deus e daqueles que lhe forem fieis.

A mesma tonalidade é possível ver na conversa entre Jesus e Pilatos. Enquanto o governador está preocupado se Jesus é o “Rei dos Judeus”, Jesus desmascara a autoridade e a condenação que lhe fazem respondendo: “O meu Reino não é deste mundo”. As palavras de Jesus confirmam o que o autor do quarto Evangelho fala em outras passagens: De tal modo Deus amou o mundo, que deu o seu Filho unigênito… não para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por meio dele” (Jo 3,16-17). Em sua oração, Jesus diz: “Eles não são do mundo, como eu não sou do mundo… Assim como tu me enviaste ao mundo, eu também os enviei ao mundo” (Jo 17,15.16.18)”.

Diante de Pilatos Jesus não está interessado em afirmar seu poder, mas em manifestar seu amor e misericórdia sua realeza não é de natureza humana, mas está sustentada em Deus e no seu projeto. Seu reino toca os corações produzindo vida e liberdade, o reinado que Jesus trouxe não será imposto pela força das armas e da autoridade.

Aos cristãos e a todos os que querem um mundo habitável, sustentável e fraterno a Palavra de Deus deste domingo é um convite a não criar estruturas com a força e o poder das autoridades da terra, antes todos são convidados a testemunhar o amor e a solidariedade, a comunhão e  o acolhimento.

Em nossas comunidades, que desejam ser seguidoras de Jesus e do seu reinado não pode ter lugar a exclusão de pessoas, o controle autoritário de uns sobre os outros, da imposição de títulos e funções, de honras e privilégios. Como seguidores do Reino que Jesus quis construir com o dom de Sua vida a igreja inteira e nela cada pessoa é chamada e desafiada a se preocupar com o serviço simples, humilde, acolhedor, capaz de partilhar e acolher sem distinção. Reunidos para agradecer a Deus pelo amor que em Jesus Ele nos demonstrou somos convidados a substituir todos os esquemas de egoísmo, de prepotência e de poder pelo amor, a doação, a acolhida e caridade fraterna.

Afinal é isso que rezamos no salmo: Verdadeiros são os vossos testemunhos,
refulge a santidade em vossa casa pelos séculos dos séculos, Senhor!

terça-feira, 9 de novembro de 2021

HOMILIA PARA O DIA 14 DE NOVEMBRO DE 2021 - 33º COMUM - ANO B

 

OS TEMPOS DE DEUS

Duas coisas costumam chamar atenção de qualquer pessoa nas andanças de cada dia. De um lado a suntuosidade das construções, a arquitetura das edificações faraônicas de nossas cidades, incluindo nelas as igrejas e templos das mais diversas manifestações de fé. De outro lado a pobreza e a miserabilidade das multidões famintas dispersas por toda parte, sofridas nas intermináveis filas de atendimento da previdência social, dos postos de saúde e hospitais por toda parte. Vendo essas duas situações nos damos conta que a comparação que Jesus faz entre a videira e a segunda vinda do Filho de Deus no fim dos tempos é um convite para que tenhamos cuidado com os reinos passageiros e que não facilitemos quando se trata de agir com humanidade e de humanizar as relações preparando-nos cada dia para vinda do Reino de Deus.

Todos somos convidados a ultrapassar a barreira das noites escuras do mundo em uma aurora de vida sem fim. Essa é a mensagem da primeira leitura: “Naquele tempo, muitos dos que dormem no pó da terra, despertarão, os que tiverem sido sábios, brilharão como o firmamento; e os que tiverem ensinado a muitos homens os caminhos da virtude, brilharão como as estrelas, por toda a eternidade”. Esta é a esperança que todos podemos cultivar a cada dia.

Que Jesus veio ao mundo para “fazer a vontade de Pai” é uma verdade que os cristãos têm suficiente clareza. Toda a vida e as ações de Jesus tiveram por objetivo ensinar e estimular as pessoas repetir diariamente as mesmas atitudes de Jesus: “Cristo sentou-se para sempre à direita de Deus, levou à perfeição definitiva os que ele santifica”.

Ele sentado à direita do Pai é o testemunho mais evidente para todos os que querem ter o mesmo destino, ou seja, viver com fidelidade e coerência todos os compromissos que assumimos no dia do nosso batismo. Não ter medo de enfrentar as dificuldades e provações que a vida nos apresenta cada dia.

No Evangelho Jesus deixa claro que o mais importante não é definir o tempo exato em que as coisas antigas ficarão no esquecimento, mas ter confiança e prestar atenção aos sinais que fazem reconhecer um novo tempo.

Os tempos e lugares nos quais as fraquezas e fragilidades deixarão de acontecer não são importantes, a única certeza que todos podemos ter é que Deus fará acontecer um tempo novo, da nossa parte como os discípulos de outrora resta que fiquemos preparados e vigilantes Naqueles dias, depois da grande tribulação, o sol vai se escurecer, e a lua não brilhará mais, as estrelas começarão a cair do céu e as forças do céu serão abaladas. Então vereis o Filho do Homem vindo nas nuvens com grande poder e glória. Ele enviará os anjos aos quatro cantos da terra e reunirá os eleitos de Deus, de uma extremidade à outra da terra”.

A certeza da presença de Deus nos faz caminhar na confiança e nos permite olhar o mundo com esperança. Na condição de discípulos e discípulas de Jesus não podemos ser profetas da desgraça nem tampouco fazer de conta que não enxergamos as noites escuras que rondam a nossa existência.

          Quando se trata de noites escuras é preciso trazer presente a intuição do Papa Francisco que nos convida a enxergar nossos pobres e a pobreza: “A fé nos impulsiona a juntos sonhamos e trabalharmos por um mundo onde a pobreza seja superada. Não podemos nos acostumar com a pobreza e nos tornarmos indiferentes aos pobres”

Filhos e filhas de Deus somos chamados a espalhar a serenidade e a alegria na certeza de que quem dirige a história humana é Deus e que a salvação não é reservada a um grupo privilegiado, mas que o Filho do Homem abriu espaço para toda a comunidade. Isso significa a não ter indiferença frente ao sofrimento das pessoas em situação de vulnerabilidade e à crescente pobreza socioeconômica que assola mais 51,9 milhões de brasileiros e brasileiras. Não é lícito que fiquemos de braços cruzados esperando que o os novos tempos cheguem de forma milagrosa, a palavra de Jesus tem por objetivo abrir os nossos corações: “Aprendei, pois, da figueira esta parábola: quando seus ramos ficam verdes e as folhas começam a brotar, sabeis que o verão está perto. Assim também, quando virdes acontecer essas coisas, ficai sabendo que o Filho do Homem está próximo”.