NOS SEUS DIAS A JUSTIÇA FLORIRÁ
Utilizar a imagem da luz para afirmar que se chegou a
alguma conclusão satisfatória diante de um problema ou de alguma situação ou
necessidade embaraçosa faz parte da linguagem comum do nosso cotidiano. A mesma
comparação já foi utilizada por diferentes povos e culturas ao longo da
história. A liturgia do tempo do Natal é repleta deste sinal para apresentar a
presença de Deus na história.
Na primeira leitura o profeta anuncia: “Levanta-te, acende as luzes, Jerusalém, porque chegou a tua luz, apareceu sobre ti a glória do Senhor. Eis que está a terra envolvida em trevas, e nuvens escuras cobrem os povos; mas sobre ti apareceu o Senhor, e sua
glória já se manifesta sobre ti”.
Nosso olhar costuma se voltar ainda que involuntariamente para os pontos que
aparecem iluminados. No caso do anuncio feito pelo profeta todos os povos que
esperam a manifestação de Deus se voltam para Jerusalém, pra onde os refugiados
caminham, retornando do exílio. O profeta afirma que a luz de Jerusalém atraíra
para si todos os povos do mundo inteiro.
Escrevendo aos Efésios Paulo lhes
garante que tudo o que estava obscuro, foi iluminado pela pessoa de Jesus. No
Filho humano do Pai a salvação de Deus se estende a todos os povos. Ora, também
nós destinatários dessa palavra temos a responsabilidade de mostrar a luz de
Deus para todos independente do lugar, da raça, da cor, da religião. Todos “são admitidos à mesma herança, são membros do corpo, são associados
à mesma promessa em Jesus Cristo, por meio do Evangelho”.
No Evangelho Mateus nos dá uma catequese sobre a
pessoa e a missão de Jesus para toda a humanidade. Três sinais merecem a
atenção na narrativa: O local onde nasceu Jesus – Belém na Judéia, Estrela que
brilha para o mundo; os Magos que se desinstalam para encontrar o prometido.
Enquanto os conterrâneos o rejeitam e na pessoa de
Herodes procuram para mata-lo, os estrangeiros estão atentos aos sinais que
concretizam as palavras dos profetas e o reconhecem como a nova Estrela que
brilha para o mundo.
A manifestação do Senhor nos desafia a responder de
que lado estamos quando se trata de reconhecer Jesus. Percebemos os sinais
luminosos de Deus ou eles nos incomodam e preferimos a escuridão das nossas
trevas tentando eliminar a luz da Deus. Somos capazes de nos desinstalar para ir
ao encontro do Messias ou preferimos nos manter na vida cômoda e segura das
nossas verdades.
Cristãos do século XXI temos a coragem de caminhar
juntos como Igreja em saída e que anda por outras estradas, se preciso for para
garantir que a Luz de Jesus alcance todos os povos.
Rezemos com o salmista:
Nos seus dias a justiça florirá*
e grande paz, até que a lua perca o brilho!
8De mar a mar estenderá o seu domínio,*
e desde o rio até os confins de toda a terra!
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