segunda-feira, 4 de abril de 2011

HOMILIA PARA O DIA 10 DEABRIL 2011


5° DOMINGO DA QUARESMA
Leituras:  1ª Leitura - Ez 37,12-14; Salmo - Sl 129,1-2.3-4ab.5-6.7-8 (R.7);
2ª Leitura - Rm 8,8-11; Evangelho - Jo 11,1-45

O volume de chuvas que tem caído em diversas regiões, com intensidade muito maior do que a meteorologia prognosticou, tem causado prejuízos incalculáveis e mortes injustificadas. Simultaneamente ocorrem rajadas de vento com velocidades surpreendentes que derrubam e destroem impiedosamente.
Em outros dias é o calor intenso, seguido de frente fria que impede qualquer condição de bem viver e de tranqüilidade diante destes fenômenos  que não se costumava assistir em nenhuma parte do mundo. Não, pelo menos, com tamanha freqüência e intensidade.
Estas realidades nos fazem admitir: O mundo está doente! E de fato os estudiosos apontam distintas explicações que nem sempre convencem e muito menos justificam o que está acontecendo  com o planeta. 
A campanha da fraternidade, neste ano, sugere a reflexão com o lema: Fraternidade e a vida no planeta.  No texto base, que serve de princípio norteador para a reflexão se lê:  “Há necessidade de se recolocar no centro  da pauta da humanidade o cuidado com o mundo vital, juntamente com ações de cunho social”.
Ora, é isto que a Palavra de Deus, proposta para este domingo, nos convida a enxergar. O profeta Ezequiel fala para um povo que experimentava distintas experiências de morte, de queda e sem esperança. A estes o profeta anuncia o desejo de Deus: “Porei em vocês o meu espírito para que vivam”.
São Paulo escreve aos Romanos dizendo: O Espírito de Deus que ressuscitou Jesus dentre os mortos fará viver também a cada  um de  vocês.
Porém algumas atitudes são necessárias para aqueles que querem ver a vida triunfar. E as atitudes estão descritas no Evangelho.  Sabendo da doença de Lázaro, Jesus convoca os seus discípulos para tomar uma atitude: “Vamos até Betânia!”  Chegando ao local onde estão o morto, seus familiares, amigos e até consoladores inoportunos, Jesus faz a mesma provocação que já ouvimos no episódio da Mulher Samaritana e do Cego de nascença: “Você acredita no Filho do Homem?”  A corajosa resposta das irmãs Marta e Maria faz Jesus se aproximar do lugar onde está o morto e dar o veredicto final: “Lázaro vem para fora!” E o desfecho deste diálogo é a ressurreição daquele que estava morto e sua conseqüente autonomia: “Desatai-o  e o deixem andar!”.
Os “Lázaros” cuja morte choramos hoje,  as sepulturas que “Já cheiram mal” na sociedade moderna estão se repetindo cotidianamente nas catástrofes ambientais, das quais já se falou acima e que ocupam grande parte dos noticiários e das preocupações de toda a sociedade.
O comportamento desejado de cada criatura humana, a começar por nós,  nesta quaresma é o mesmo que foi pedido ao Povo do Exílio para quem falou Ezequiel, da Comunidade de Roma a quem escreveu São Paulo, das Irmãs Marta e Maria e dos judeus que estavam em  Betânia. Acreditar nas palavras de Jesus: “Jesus levantou os olhos para o alto e disse: 'Pai, eu te dou graças porque me ouviste. Eu sei que sempre me escutas. Mas digo isto por causa do povo que me rodeia, para que creia que tu me enviaste.'
Diante disso também a nó é pedida uma atitude: Desamarrar o morto e deixá-lo andar. Está claro para todos que o Lázaro por quem choramos hoje é a mãe da terra com toda a sua beleza. A criação que geme em dores de parto pede de cada um respeito e cuidado.
Rezemos a fim de que o Espírito de Deus molde nossos comportamentos e modifique nossas atitudes como efeito da observância desta quaresma.


Nenhum comentário:

Postar um comentário