sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

HOMILIA PARA O DIA 08 DE JANEIRO 2012

EPIFANIA DO SENHOR


Leituras:    1ª Leitura - Isaias 60, 1-6; Salmo - 71, 1-2.7-8.10-11.12-13 (R. Cf.11); 
2ª Leitura – Efésios 3,2-3a.5-6;  Evangelho - Mateus 2,1-12


Acordar cedo para ver o “sol nascer”, ou apreciar o “por do sol” ao cair da tarde, é uma fantasia apreciável ao olhar humano, mas é também espetacular observar a luz que brilha distante onde os olhos quase não alcançam. Na verdade o olhar humano é relativamente pequeno diante da grandiosidade desta luz, que se deixa ver exatamente por sua imensidão e nisto é possível extasiar-se com tão extraordinária beleza.
Parafraseando as narrativas da Palavra de Deus neste domingo, é também o que se pode dizer em relação ao mistério que Deus Pai fez revelar em Jesus Cristo. Na festa de Santo Reis, como é popularmente chamado este domingo, está narrado a extraordinária descoberta que o mundo fez, na pessoa dos magos, em relação a verdade sobre Jesus.
A profecia de Isaias tem por finalidade recuperar a esperança e consolar os abatidos que voltavam do cativeiro. Tão oprimidos estavam que nem tinham coragem de erguer os olhos, e então o profeta anuncia: “Levanta-te, acende as luzes, Jerusalém, porque chegou a tua luz, apareceu sobre ti a glória do Senhor”. É claro que uma tão grande noticia despertou em todos a expectativa de um novo tempo e de novas formas de vida.
Não sem razão o texto do Evangelho conta o episódio dos magos que viram uma grande luz, o texto os apresenta como pessoas que vieram de muito longe:  “Eis que alguns magos do Oriente chegaram a Jerusalém”. Guiados por tão clara luz, nada os impede de ir até o lugar onde seus olhos alcançam a fim de reconhecer o motivo de tanta luminosidade.  Reconhecendo a razão da sua busca outra não poderia ser a sua atitude senão a que se lê no evangelho: “Ao verem de novo a estrela, os magos sentiram uma alegria muito grande. Quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se diante dele, e o adoraram”. Hoje a Igreja repete com a mesma convicção proclamando no salmo que se reza: “As nações de toda a terra, hão de adorar-vos ó Senhor!”.
Para a Igreja reunida em oração abre-se, uma vez mais, a perspectiva que São Paulo apresenta aos Romanos: “Este mistério, Deus não o fez conhecer aos homens das gerações passadas mas acaba de o revelar agora, pelo Espírito, aos seus santos apóstolos e profetas”.
À medida que o mundo vive uma diversidade enorme de avanços e dificuldades. Nações inteiras progridem, ao lado de outras que perdem a esperança e a coragem; sociedades, famílias, comunidades, instituições vivem cotidianamente a contradição de elevar os olhos ou de baixar a cabeça. É precisamente neste contexto que os Cristãos e de modo particular aqueles que se reúnem dominicalmente em assembleia celebrante, são convidados a repetir a atitude dos magos que encontraram o Messias: Retornar para a sua terra seguindo por outro caminho! Dito de outra maneira, voltar para o cotidiano das suas ações e trabalhos, com a convicção de poder também hoje, mostrar Jesus ao mundo, e “acolher com fé e viver com amor o mistério que agora é celebrado”.

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