quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

HOMILIA PARA O DIA 29 DE JANEIRO 2012

4º DOMINGO DO TEMPO COMUM

1ª Leitura - Dt 18,15-20; Salmo - Sl 94,1-2.6-7.8-9 (R. 8);
 2ª Leitura - 1Cor 7,32-35; Evangelho - Mc 1,21-28

Na atualidade os institutos de pesquisa se constituem instrumentos importantes para a aceitação, ou não aceitação de uma determinada atitude ou comportamento, da credibilidade ou não credibilidade daqueles que ocupam alguma posição de direção e comando das instituições, das empresas, dos governos e etc. À medida que os indicativos apontam índices maiores de aprovação a pessoa, ou a instituição que foi colocada sob a égide avaliativa pode se considerar traquila em relação às suas ações, palavras e comportamentos. Por outro lado, quando os índices se apresentam abaixo dos parâmetros desejados há que se propor uma correção nos rumos, nas palavras e nos modos de se apresentar.
A leitura de Deuteronômio, neste domingo, indica a credibilidade da Palavra, dada por alguém que foi enviado com a finalidade específica, isto é, fazer compreender a voz de Deus no meio do povo. O texto começa assim: “Moisés falou ao povo dizendo: O Senhor teu Deus fará surgir para ti, da tua nação e do meio de teus irmãos, um profeta como eu: a ele deverás escutar”. É claro que uma tão extraordinária afirmação pede também uma atitude coerente. Na sequência o texto afirma: “Eu mesmo pedirei contas a quem não escutar as minhas palavras que ele pronunciar em meu nome”. Ou seja, se a Palavra é dita com autoridade e verdadeira, e não resta outro comportamento que não seja aceitá-la e incorporá-la ao cotidiano dos que ouvem e a compreendem como tal.
Desta compreensão decore o convite que se reza no salmo: “Não fecheis o coração, ouví, hoje, a voz de Deus!”. À medida que se compreende a autoridade de que é constituída a Palavra, é importante colocar-se no seu devido lugar compreendendo: “Ele é o nosso Deus, nosso Pastor, e nós somos o seu povo e seu rebanho, as ovelhas que conduz com sua mão.”.
Não sem razão a Palavra de Jesus faz silenciar até os mais ferrenhos adversários do seu ensinamento. Ele se impõe não pela força da sua autoridade, mas pela convicção das suas palavras. Dirigindo-se ao demônio, que atormentava um seu conterrâneo, o texto do evangelho afirma: “Jesus o intimou: 'Cala-te e sai dele!' Então o espírito mau sacudiu o homem com violência, deu um grande grito e saiu.” A conseqüência não poderia ser outra que não a  credibilidade em sua Palavra: “E todos ficaram muito espantados e perguntavam uns aos outros: 'O que é isto? Um ensinamento novo dado com autoridade”.
A assembléia reunida no Dia do Senhor  se constitui numa espécie de medidor da credibilidade na Palavra de Deus que a ela se transmite. Aqueles que se encontram, de domingo a domingo, são sempre e de novo chamados e enviados a proclamar como tantos ao longo dos tempos: “Fazei-me Senhor instrumento da vossa Paz, onde houver erro que eu leve a verdade, onde houver desespero que eu leve a esperança”.

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