quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

HOMILIA PARA O DOMINGO DA SAGRADA FAMÍLIA 2015

SAGRADA FAMÍLIA DE NAZARÉ SEDE NOSSA INSPIRAÇÃO

Em qualquer circunstância, independente da profissão de cada pessoa, uma das principais satisfações de todos é ver que seu trabalho produza frutos, seja reconhecido e atenda as expectativas daqueles que dele dependem. Assim o agricultor sente-se feliz com a possibilidade de colheita abundante, o comerciante com o sucesso das vendas, o professor com a aprovação dos alunos, e assim por diante.

Este é também o sentimento dos pais quando presenciam o sucesso dos filhos e a realização destes na sua  vida profissional, afetiva ou familiar. E de outra parte o que espera o comprador, o aluno, o  consumidor e o filho senão que a outra parte sinta-se também realizada e recompensada por seu trabalho.

Esta é a descrição que a Palavra de Deus traz no domingo depois do Natal, também chamado de domingo da Sagrada Família. O livro do Eclesiástico descreve a relação de filhos e pais e reafirma que quando existe entre pais e filhos sintonia de deveres e direitos, de respeito, responsabilidade e bem querer, “Deus honra o pai nos filhos e confirma a autoridade da mãe”. Diz a leitura ainda: “Quem honra seu e pai e sua mãe terá alegria e vida longa”.

Mas o que significa respeitar-se mutuamente senão deixar-se conduzir pelos conselhos que Paulo dá aos colossenses: “Revestiam-se de sincera misericórdia, bondade, mansidão, humildade, paciência, perdoando-se uns aos outros”.

Preocupar-se com o bem dos pais e dos filhos é o que se lê no texto de Lucas que conta a perda e o reencontro de Jesus no templo. Os pais voltaram a procura do menino, este por sua vez aponta para o cerne da sua missão: “Fazer a vontade do seu Pai...” porém segue para casa com Maria e José, local onde cresce em “sabedoria, estatura e graça diante de Deus e diante de todos”.

A festa da Sagrada Família com a atitude de Maria é um convite para todos “Guardar todas coisas no coração, recuperar o valor do silêncio meditando a Palavra de Deus” de tal modo que as feridas e os sofrimentos de todos sejam aliviados e consolados com a presença a amizade e a fraternidade que são próprias daqueles que experimentam a misericórdia de Deus.


Que a oração da Igreja seja para todos o sinal recíproco entre pessoas que se amam, se respeitam e lutam para que a felicidade aconteça em todos os lugares e que todas as pessoas possam sentir o que se reza no salmo: “Felizes os que amam o Senhor e trilham seus caminhos”. 

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