O
MISERICORDIOSO VEM REVELAR O
SENHOR E SUA VONTADE
Aqueles
que querem bem a outra pessoa, que acreditam nas suas ideias e projetos
costumam “vestir a camisa” pela causa que acreditam. A confiança nas palavras
que apontam para um novo estilo de vida é sempre mais forte que qualquer
provação e dificuldade. Pois é isso que aconteceu com Jesus e com seus
discípulos e muitos que o seguiam. No tempo em que Jesus viveu em Jerusalém não
lhe faltaram provações e dificuldades, as quais foram também vivenciadas pelos
que o seguiam. E finalmente ele entra solenemente em Jerusalém, proclamado como
aquele que vem em nome do Altíssimo.
Reviver
a Semana Santa significa caminhar com Jesus do presépio ao calvário. As
expectativas que Jesus criou por todos os lugares aonde passou apontam para uma
nova maneira de Deus se relacionar com a humanidade. Neste domingo, as
comunidades, em todas as partes se reúnam e repetem a mesma aclamação feita a
Jesus em Jerusalém: Hosana no mais alto dos céus!
Esta
não é uma forma extraordinária de proclamação da realeza de um homem cujo
modelo são os reinados daqueles tempos, o Messias do domingo de Ramos é aquele que
caminha livremente ao encontro de toda provação e sacrifício para garantir uma
vida nova àqueles que nele confiaram.
Montado
no jumentinho ele afirma o reconhecimento que o povo lhe dá: “Se eles se calarem as pedras gritarão”. Por outro lado, a recordação da paixão de
Cristo confirma o que o Pai preparou para o filho: O Crucificado será para todo
o sempre Senhor e Cristo.
Humanos
e sujeitos as fraquezas do cotidiano, todos proclamam com o salmo: “Meu
Deus, Meu Deus, por que me abandonastes?”. Viver longe da dor e do sofrimento
é o desejo de toda pessoa humana, porém o Messias em quem os Cristãos acreditam
ensina que é necessário ter a coragem de suportar as provações próprias da
condição humana.
Para
todas as comunidades e para cada pessoa em particular o domingo de ramos se
constitui num misto de realeza e de sofrimento que enquanto peregrinos neste
mundo todos são convidados a provar, aceitar e transformar.
É
com esse pensamento que a Igreja inicia a Semana Santa cujo ponto mais alto é a
manhã da Ressurreição. Aquele que apagou
os pecados da humanidade é também o que garante a vida nova e renova a alegria
e a esperança em meio a todas as dificuldades.
Os
ramos abençoados que se leva para as casas são uma recordação da presença do “rosto misericordioso do Pai” que ajuda a
todos “cuidar da casa comum” e ser
responsável para que a morte não triunfe sobre nada e sobre ninguém.
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