OS
APÓSTOLOS VIVIAM MUITO CONTENTES...
Ser
capaz de distinguir entre o que é importante e o que é acessório, o que merece
maior atenção e as necessidades menos urgentes, os investimentos indispensáveis
e aqueles que podem ficar na lista de espera, são sinais de sabedoria. Quando
uma pessoa sabe organizar a sua vida dando mais importância aquilo que
realmente exige mais, normalmente sua vida é mais disciplinada e administra
melhor os desafios e dificuldades.
A
primeira leitura e o evangelho do terceiro domingo da páscoa são uma ajuda
preciosa quando se trata de fazer uma escala de valores, e mesmo que para isso
seja necessário algum sacrifício e certa dose de coragem.
Os
Atos dos Apóstolos relatam as provações enfrentadas por eles por causa da sua
confiança nas palavras e nas ações de Jesus. Diante dos grandes do Sinédrio,
que lhes ameaçavam por causa do que vinham realizando em nome do Senhor, Pedro
responde: “É preciso obedecer a Deus, antes que aos homens. O Deus de nossos pais ressuscitou
Jesus. A centralidade
que os Apóstolos dão ao nome de Jesus lhes causou muitos sofrimentos: “Então mandaram açoitar os apóstolos e proibiram que eles falassem em nome de Jesus”; apesar disso: “Os
apóstolos saíram do Conselho, muito contentes, por terem sido considerados dignos de injúrias, por causa do
nome de Jesus”.
O texto do Evangelho que foi escrito
cerca de 60 anos depois da morte de Jesus, narra um momento no qual Pedro e
seus companheiros tinham perdido o foco da sua condição de seguidores do mestre
e voltam desiludidos para o mar da vida. Trabalham a noite inteira e não
obtiveram sucesso na sua ação.
Ao amanhecer do dia, um “desconhecido”
aparece na praia e lhes desafia: “Lancem a
rede a direita do barco e acharão peixes”. Confiantes nesta palavra repetem
o gesto que haviam feito diversas vezes e eis que o resultado aparece.
Nem é preciso perguntar quem era o “desconhecido”
que estava à margem, todos tinham entendido onde estava o “cerne” da questão:
Quando Jesus está no centro das preocupações, o resultado é certo e unidade garantida.
Apesar da quantidade de peixes a rede não se rompeu.
Eu resumo, nenhuma dificuldade,
nenhum problema, mas igualmente nenhuma ação humana terá sucesso enquanto
confiar nas próprias forças e na sua única capacidade de solução. Colocar Jesus
e sua palavra no centro de toda a vida é a condição para o sucesso de qualquer ação.
Neste domingo, reunidos em oração a Igreja é confiada a
provar do banquete preparado pelo seu único mestre e Senhor, ao mesmo que tempo
em que recebe o mesmo convite que foi dado a Pedro: “Tu me amas mais do que todos? Apascenta minhas ovelhas”.
Agindo desta maneira será possível cantar como se faz no
salmo hoje: “Escutai-me,
Senhor Deus, tende piedade! Sede, Senhor, o meu
abrigo protetor! Transformastes o meu pranto em uma
festa, Senhor meu Deus, eternamente hei de louvar-vos!
”.
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