sábado, 9 de abril de 2016

PALAVRAS DE MISERICÓRDIA NO TERCEIRO DOMINGO DA PÁSCOA 2016

OS APÓSTOLOS VIVIAM MUITO CONTENTES...

Ser capaz de distinguir entre o que é importante e o que é acessório, o que merece maior atenção e as necessidades menos urgentes, os investimentos indispensáveis e aqueles que podem ficar na lista de espera, são sinais de sabedoria. Quando uma pessoa sabe organizar a sua vida dando mais importância aquilo que realmente exige mais, normalmente sua vida é mais disciplinada e administra melhor os desafios e dificuldades.
A primeira leitura e o evangelho do terceiro domingo da páscoa são uma ajuda preciosa quando se trata de fazer uma escala de valores, e mesmo que para isso seja necessário algum sacrifício e certa dose de coragem.
Os Atos dos Apóstolos relatam as provações enfrentadas por eles por causa da sua confiança nas palavras e nas ações de Jesus. Diante dos grandes do Sinédrio, que lhes ameaçavam por causa do que vinham realizando em nome do Senhor, Pedro responde: É preciso obedecer a Deus, antes que aos homens. O Deus de nossos pais ressuscitou Jesus. A centralidade que os Apóstolos dão ao nome de Jesus lhes causou muitos sofrimentos: “Então mandaram açoitar os apóstolos e proibiram que eles falassem em nome de Jesus”; apesar disso: “Os apóstolos saíram do Conselho, muito contentes, por terem sido considerados dignos de injúrias, por causa do nome de Jesus”.
O texto do Evangelho que foi escrito cerca de 60 anos depois da morte de Jesus, narra um momento no qual Pedro e seus companheiros tinham perdido o foco da sua condição de seguidores do mestre e voltam desiludidos para o mar da vida. Trabalham a noite inteira e não obtiveram sucesso na sua ação.
Ao amanhecer do dia, um “desconhecido” aparece na praia e lhes desafia: “Lancem a rede a direita do barco e acharão peixes”. Confiantes nesta palavra repetem o gesto que haviam feito diversas vezes e eis que o resultado aparece.
Nem é preciso perguntar quem era o “desconhecido” que estava à margem, todos tinham entendido onde estava o “cerne” da questão: Quando Jesus está no centro das preocupações, o resultado é certo e unidade garantida. Apesar da quantidade de peixes a rede não se rompeu.
Eu resumo, nenhuma dificuldade, nenhum problema, mas igualmente nenhuma ação humana terá sucesso enquanto confiar nas próprias forças e na sua única capacidade de solução. Colocar Jesus e sua palavra no centro de toda a vida é a condição para o sucesso de qualquer ação.
Neste domingo, reunidos em oração a Igreja é confiada a provar do banquete preparado pelo seu único mestre e Senhor, ao mesmo que tempo em que recebe o mesmo convite que foi dado a Pedro: “Tu me amas mais do que todos? Apascenta minhas ovelhas”.

Agindo desta maneira será possível cantar como se faz no salmo hoje: Escutai-me, Senhor Deus, tende piedade! Sede, Senhor, o meu abrigo protetor! Transformastes o meu pranto em uma festa, Senhor meu Deus, eternamente hei de louvar-vos! ”.

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