quinta-feira, 21 de julho de 2016

Homilia para o dia 24 de julho de 2016

PERDOA-NOS COMO NÓS TAMBÉM PERDOAMOS

A Igreja e o coração das pessoas estão repletos de santos de sua devoção. Cada um guarda aquele que se apresenta como o mais próximo nas suas necessidades. Santo Agostinho, que foi um grande pecador antes de se converter, disse: "É mais fácil Deus esquecer a sua ira do que esquecer a misericórdia”.

É de misericórdia que fala a primeira leitura e o evangelho deste domingo. De uma forma até poética Abraão vai dialogando com Deus sobre a possibilidade do perdão. O pecado das cidades de Sodoma e Gomorra tinha se tornado tão evidente que já não era mais possível não perceber. E Deus estava decidido tomar uma atitude. Mas Abraão faz o meio de campo e como se diria numa linguagem bem mineira “foi comendo pela beirada”, ou “fez trabalho de formiguinha” e acabou por ganhar o coração de Deus.

Esta vitória merece o canto entoado pelo salmista: “Ó Senhor, de coração eu vos dou graças, porque ouvistes as palavras dos meus lábios! Perante os vossos anjos vou cantar-vos e ante o vosso templo vou prostrar-me. Eu agradeço vosso amor, vossa verdade, porque fizestes muito mais que prometestes; naquele dia em que gritei, vós me escutastes e aumentastes o vigor da minha alma”. 

Esse mesmo Deus é aquele que São Paulo anuncia aos colossenses: “Ora, vós estáveis mortos por causa dos vossos pecados, até que Deus vos trouxe para a vida, junto com Cristo, e a todos nós perdoou os pecados”.

É ele que Jesus ensina chamar de Pai e recomenda: “pedi e recebereis; procurai e encontrareis; batei e vos será aberto. Pois quem pede, recebe; quem procura, encontra; e, para quem bate, se abrirá”.


Obviamente que a contra partida é também esperada de cada pessoa que se declara filho do mesmo Pai. Reunidos na assembleia de oração os cristãos estabelecem uma “roda de conversa” que precisa terminar numa ação concreta: “perdoa-nos como nós também perdoamos”

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