A PALAVRA TEM ROSTO
O Papa Bento XVI definiu a expressão: “A Palavra se fez carnê e habitou
entre nós” dizendo que a Palavra se tornou tão pequena a ponto de caber numa
manjedoura. E na manjedoura a Palavra ganhou um rosto, pelo qual todos podem
conhecer a Deus.
O mistério de conhecer o rosto de Deus é o resumo das três leituras da
celebração do Natal. Como diz o poema de Fernando Pessoa: “Ele é a eterna
criança, o Deus que faltava”.
Dois mil anos depois como pode ser revelado o rosto de Deus se não por
meio das atitudes de cada pessoa com quem se convive e se partilha a vida. O rosto
de Deus se manifesta de novo cada vez que se procura ter sensibilidade humana;
cada vez que no seu trabalho e nas suas relações a pessoa prolonga a atitude
misericordiosa de Deus.
Deus continua se fazer presente nas manjedouras do mundo quando no mais
simples dos trabalhos e na mais difícil das tarefas há um empenho em promover a
vida e diminuir o sofrimento das pessoas.
Quando uma pessoa não se deixa iludir por promessas e pela soberba de
ocupar um lugar de destaque, ou uma posição importante nas relações sociais. A
Palavra de Deus continua se tornando o rosto de Deus e faz eco no mundo quando
não se deixa desperdiçar nenhuma oportunidade para fazer o bem.
O Natal é a oportunidade para se recordar de uma frase que foi dita por
Santo Agostinho: “Não basta fazer o bem, é preciso fazer bem feito”. Vamos
pedir a graça de ser todos os dias reconhecidos como manjedoura na qual as
pessoas possam ver o rosto de Deus refletido em tudo o que fazemos.
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