EIS
AQUELE QUE TIRA O PECADO DO MUNDO!
Mal iniciamos
o ano, e naturalmente iniciamos com uma série de perguntas, desafios e
propostas. Tal como os conterrâneos de Jesus também nós estamos curiosos diante
de tantas situações que se apresentam para serem resolvidas ao longo do ano.
Outrora eles queriam conhecer o Messias, agora nós queremos reconhecer e temos
desejo de encontra-lo. Ontem como hoje ele nos interpela com uma pergunta
direta: “o que procuram? ” E não basta responder a partir das nossas
necessidades imediatas, pelo contrário, o que procuramos são soluções
duradouras.
Resta-nos
reconhecer o chamado que Deus faz como aconteceu com Samuel no texto da
primeira leitura e responder com sinceridade: “Fala Senhor, que o teu servo escuta”. Antes de reconhecer a voz de
Deus, Samuel recorreu três vezes a Eli, isso significa perceber Deus que nos
chama como uma ação que precisa da colaboração daqueles que estão conosco na caminhada
cotidiana.
A mesma
resposta pode ser dada de outra maneira com as palavras de São Paulo na carta
aos coríntios: “Quem adere ao Senhor torna-se com
ele um só espírito, de fato, fostes comprados, e por preço
muito alto. Então, glorificai a Deus com o vosso
corpo”. Isso
significa tudo aquilo que é expressão de egoísmo, de procura desenfreada dos
próprios interesses, de realização descontrolada dos próprios caprichos, de
comportamentos que usam e instrumentalizam o outro, está em absoluta
contradição com essa vida nova de Deus que é relação, entrega mútua,
compromisso sério, amor verdadeiro.
Quando
João Batista mostra Jesus aos seus amigos ele não faz uma descrição biográfica,
mas apresenta uma característica fundamental: “Eis o cordeiro de Deus” Os discípulos de João se encantam mais pela
descrição do que pelo personagem. Seguindo-o a distância observam as suas
atitudes até serem desafiados a segui-lo. “Venham
e vejam, disse Jesus”! Eles foram e ficaram com ele. A atitude de André e
do outro anônimo discípulo pode ser uma meta para cada pessoa ao longo deste
ano: Ir e ficar com Jesus, que se dá a conhecer na Eucaristia, mas também em
todas as pessoas com quem convivemos. Ver onde mora o Mestre implica
ultrapassar as próprias certezas e os limites da nossa própria existência. Na
verdade, continuamos fazendo as mesmas perguntas de outrora e Jesus nos
responde com o mesmo desafio!
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