NÃO MORRO, ENTRO NA VIDA...
Poucas situações causam tanto medo ao ser humano, quanto o
medo da morte. Ao mesmo tempo poucas situações humanas recebem tanta atenção
quanto o cuidado com os mortos. Dentre os lugares bonitos e bem cuidados e que
despertam interesse de grande parte da população estão os cemitérios.
A prática de cuidar dos mortos já estava presente no
cristianismo primitivo por quem a comunidade já fazia orações. Muito cedo os
cristãos passaram a proclamar sua fé na ressurreição dos mortos e na comunhão
dos santos.
Embora sem entender e sofrendo muito com a morte dos seus entes queridos, faz parte
das certezas cristãs a possibilidade do encontro com aqueles que já partiram.
Essa certeza na ressurreição garantida por Jesus o Filho de Deus consola a
tristeza, enxuga as lágrimas e aponta para a transformação que acontece em Deus
na vida daqueles que já não estão mais caminhando neste mundo.
As diversas leituras bíblicas que se aplicam para consolar os
corações sofridos pela morte e que são proclamadas na solenidade de todos os
santos tem um pano de fundo comum: acreditar que a morte não é um fim, mas uma
transformação cuja realidade todos os humanos haverão de experimentar é o maior
conforto que os fiéis encontram visitando e cuidando do local onde repousam os
seus entes queridos.
As leituras e orações previstas na liturgia da Igreja para o
dia de Finados são um reforço aos cristãos a fim de que vivam os seus dias com
os olhos voltados para um mundo novo, no qual a bondade e a misericórdia do
Deus da vida serão reveladas em plenitude.
Por esta razão, os cristãos reunidos pedem em oração
comunitária: “Escutai com bondade as nossas preces e aumentai nossa fé no
Cristo Ressuscitado, para que seja mais viva a nossa esperança na ressurreição
dos vossos filhos e filhas”.
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