PROCURO
MEU IRMÃO...
A
solenidade da Manifestação do Senhor, encerra as festividades natalinas e o
tempo litúrgico do Natal. Os magos que saíram a procura do verdadeiro Astro, procuravam
alguém que lhes fosse semelhante e que pudesse lhes ajudar a encontrar caminhos
para as muitas dificuldades que a sociedade daquele tempo exigia de todos os
que ocupavam tarefas de direção e responsabilidade.
Encontrar
Jesus, continua sendo um desafio para a sociedade contemporânea, reconhecer o
verdadeiro Astro que ilumina todas as pessoas, todos os caminhos e todas as
decisões não é uma tarefa fácil na sociedade atual marcada por muitos e grandes
desafios no que diz respeito à valorização e humanização das relações pessoais
e sociais.
O
profeta Isaias fala da luz que deverá brilhar para todos e pede aos seus conterrâneos
que reconheçam seus irmãos e seus filhos que chegam de todas as partes e cada
um deles é uma réstea da luz de Deus que se levanta e brilha para todos.
São
Paulo, como é comum nas suas cartas, faz um esclarecimento aos efésios
procurando ajuda-los ver que todas as pessoas, independente da sua condição,
procedência e origem são igualmente participantes e herdeiros de todas as
promessas e de todas as vantagens que o Cristo garantiu com a doação de sua
vida.
No
evangelho, cada pessoa vê Jesus de acordo com a sua condição na relação com os
outros. Assim os magos procuram um menino, que eles chamam de rei e identificam
como o Astro de todos os povos, luz que brilha para mostrar o caminho a todos
que desejam reconhece-la. Já Herodes se sente ameaçado porque o novo rei pode
ser alguém mais justo e humano em todas as suas decisões. E para Deus o menino
não é outra coisa senão a atitude de tornar-se pequeno e esconder sua condição
divina na natureza humana.
Mais
do que em outros tempos é importante também que os cristãos e todas as pessoas
de boa vontade enxerguem os sinais dos tempos e cultivem o comprometimento com
a construção de uma sociedade justa e solidária.
As
pessoas que procuram seu irmão na atualidade são desafiadas e serem “Sal da
Terra e Luz do mundo” de maneira que aconteça também na atualidade o que se
reza no salmo deste domingo: “Nos seus dias a justiça florirá e grande paz, até
que a luz perca o brilho”. Ninguém deixara de elevar o louvor àquele que
libertará o sofredor que suplica e todos aqueles que muitas vezes são anônimos
excluídos das benesses que a sociedade contemporânea privilegia e coloca ao
alcance de poucos.
A
Eucaristia, a oração e a Palavra são a nova estrela que conduz a todos para o
encontro com o irmão e com Jesus.
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