DEUS
MISERICORDIOSO E CLEMENTE
Tenho a convicção que o Papa
Francisco se tornou, neste tempo de pandemia, uma das vozes mais respeitadas em
todo o mundo. Dentre seus gestos que
impactaram a humanidade continua sendo reproduzida a imagem daquela tarde
chuvosa na praça vazia Francisco abraçou o mundo mostrando seu sofrimento
solidário com todos. Embora estivesse só, o Papa estava em comunhão com o mundo
inteiro.
Outro fato que não passa despercebido
é a condição de isolamento social. Certamente para muitas famílias foi a oportunidade
de experimentar a proximidade física e humana que talvez nunca foi vivenciada
ou que havia sido perdida por razões diversas.
Viver juntos exigiu construir
comunhão e fraternidade, partilha e solidariedade, esperança e sofrimento.
Pode-se dizer que este tempo de reclusão ajudou as famílias fazerem a
experiência da comunhão que a liturgia de hoje apresenta como qualidade da
Santíssima Trindade.
Deus que se revela a Moisés na
primeira leitura se auto apresenta como comunhão na qual sobressai a misericórdia e a compaixão: “O Senhor desceu na nuvem e permaneceu com Moisés, e este invocou o nome do Senhor. Moisés gritou: 'Senhor, Senhor!
Deus misericordioso e clemente, paciente, rico em bondade e fiel”.
Por sua vez São Paulo escreve aos coríntios e convida a
comunidade fazer a descoberta de Deus e do seu amor. Paulo apresenta Deus que é
comunhão e família e recomenda três atitudes indispensáveis para quem quer
encontrar Deus: “Alegrai-vos, Trabalhai,
encorajai-vos...” fazendo isso afirma Paulo: O Deus do amor e da paz estará
com vocês. O Evangelho é mais do que claro mostrando a
dimensão do amor que brota do coração da Trindade: “Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para
que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. De fato, Deus não enviou o seu
Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele”.
No contexto do isolamento social, da situação de medo e insegurança
que grassa nossas famílias e sociedades, a Santíssima Trindade é um convite e
desafio para que todos, a começar nas famílias sejam testemunhas do amor de
Deus que se revela no cuidado e na responsabilidade de todos para com todos.
Que a celebração da Santíssima Trindade fortaleça em todos a
consciência e a responsabilidade na criação de novas comunidades e novas
relações de amor, de comunhão e de inclusão. Convidemos Jesus para subir
no barco de nossa vida e não percamos a oportunidade
de cultivar a esperança que muito mais poderemos fazer juntos e fraternalmente.
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