sábado, 11 de julho de 2020

HOMILIA PARA O DIA 12 DE JULHO DE 2020 - 15º COMUM - ANO A


ANIMADOS PELA ESPERANÇA

Nesta semana a Igreja no Brasil celebrou a memoria de Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus. Dentre as frases selecionadas e que são atribuídas a Santa Paulina, uma delas diz assim: “Não desanimem nunca, nunca, mesmo que venham ventos contrários”. Certamente a Santa pronunciou esta frase numa das ocasiões nas quais a vida lhe impunha dificuldades e “ventos contrários” cuja tentação seria desanimar.
Ora, se fizermos uma leitura do contexto no qual Jesus contou a parábola do semeador proclamada no Evangelho deste domingo  vamos nos deparar exatamente numa situação de ventos contrários em relação a tudo o que Ele fazia e anunciava.  Em Corazim e Betsaida sua palavra era rejeitada; os fariseus procuravam mata-lo e o acusavam de agir de acordo com os demônios;  o anuncio do Reino não era compreendido por grande parte dos seguidores que apenas  lhe procuravam  em vista de uma solução imediata e o buscavam apenas em virtude dos milagres e do pão que Ele multiplicava.
Nessa situação Jesus conta uma parábola cujo resultado supera todas as expectativas. À época o normal seria um terreno produzir entre sete e dez por um. A parábola apresenta uma produção extraordinária destacando que independente da qualidade do terreno a  colheita será muito maior do que qualquer semeador pudesse esperar.
Ora, isso deixa muito claro, seja para os seguidores de Jesus quanto para a atualidade: O Reino, a justiça,  a misericórdia, a bondade de Deus irão prevalecer independente  de todas as dificuldades que as adversidade da vida nos apresentarem ao longo do tempo  resistindo a esse projeto.
Assim também fica mais fácil entender a palavra de São Paulo na carta aos romanos: “Eu entendo que os sofrimentos do tempo presente nem merecem ser comparados com a glória que deve ser revelada em nós. De fato, toda a criação está esperando ansiosamente o momento de se revelarem os filhos de Deus”. Ao mesmo tempo em que faz uma constatação da realidade Paulo convida todos se libertarem do próprio egoísmo, do orgulho, da autossuficiência, ou seja, de toda forma de terreno que impeça a  boa semente crescer e produzir.
Entretanto de uma coisa podemos ter certeza escutar e colocar em prática a Palavra de Deus  nos deixa confiantes e serenos diante dos ventos contrários que a vida nos oferece porque “assim como a chuva e a neve descem do céu e para lá não voltam mais, mas vêm irrigar e fecundar a terra, e fazê-la germinar e dar semente, para o plantio e para a alimentação, assim a palavra que sair de minha boca: não voltará para mim vazia; antes, realizará tudo que for de minha vontade e produzirá os efeitos que pretendi, ao enviá-la”.
Rezemos com todos e por todos para que nos deixemos guiar pela Palavra preparando o terreno do coração para colheitas abundantes.

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