ANIMADOS
PELA ESPERANÇA
Nesta semana a Igreja no
Brasil celebrou a memoria de Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus.
Dentre as frases selecionadas e que são atribuídas a Santa Paulina, uma delas
diz assim: “Não desanimem nunca, nunca,
mesmo que venham ventos contrários”. Certamente a Santa pronunciou esta
frase numa das ocasiões nas quais a vida lhe impunha dificuldades e “ventos
contrários” cuja tentação seria desanimar.
Ora, se fizermos uma leitura
do contexto no qual Jesus contou a parábola do semeador proclamada no Evangelho
deste domingo vamos nos deparar exatamente
numa situação de ventos contrários em relação a tudo o que Ele fazia e
anunciava. Em Corazim e Betsaida sua
palavra era rejeitada; os fariseus procuravam mata-lo e o acusavam de agir de
acordo com os demônios; o anuncio do
Reino não era compreendido por grande parte dos seguidores que apenas lhe procuravam em vista de uma solução imediata e o buscavam
apenas em virtude dos milagres e do pão que Ele multiplicava.
Nessa situação Jesus conta uma
parábola cujo resultado supera todas as expectativas. À época o normal seria um
terreno produzir entre sete e dez por um. A parábola apresenta uma produção
extraordinária destacando que independente da qualidade do terreno a colheita será muito maior do que qualquer
semeador pudesse esperar.
Ora, isso deixa muito claro, seja
para os seguidores de Jesus quanto para a atualidade: O Reino, a justiça, a misericórdia, a bondade de Deus irão
prevalecer independente de todas as dificuldades
que as adversidade da vida nos apresentarem ao longo do tempo resistindo a esse projeto.
Assim também fica mais fácil
entender a palavra de São Paulo na carta aos romanos: “Eu entendo
que os sofrimentos do tempo presente nem merecem
ser comparados com a glória que deve ser revelada em nós. De fato, toda a criação está esperando ansiosamente o momento de se revelarem os filhos de Deus”. Ao mesmo tempo em que faz uma constatação da
realidade Paulo convida todos se libertarem do próprio egoísmo, do orgulho, da
autossuficiência, ou seja, de toda forma de terreno que impeça a boa semente crescer e produzir.
Entretanto de uma coisa podemos ter certeza escutar e colocar
em prática a Palavra de Deus nos deixa
confiantes e serenos diante dos ventos contrários que a vida nos oferece porque
“assim como a chuva e a neve descem do céu e para
lá não voltam mais, mas vêm irrigar e fecundar a terra, e fazê-la germinar e
dar semente, para o plantio e para a alimentação, assim
a palavra que sair de minha boca: não voltará para mim
vazia; antes, realizará tudo que for de minha vontade e produzirá os efeitos
que pretendi, ao enviá-la”.
Rezemos com todos e por todos para que nos deixemos guiar
pela Palavra preparando o terreno do coração para colheitas abundantes.
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