quinta-feira, 13 de agosto de 2020

HOMILIA PARA O DIA 16 DE AGOSTO DE 2020 - ASSUNÇÃO DE MARIA - ANO A

 

ATÉ QUE CRISTO SE FORME

Esta semana, numa das publicações de redes sociais, vi uma matéria que me inspirou a homilia deste domingo. Na cena o filho proprietário de uma empresa de médio porte, fez um grande e bom negócio. Para a inauguração do evento ele não convidou nenhuma autoridade importante, pelo contrário, chamou sua mãe, mulher agricultora, que recebeu as chaves e abriu as portas do novo empreendimento.

Pois é inspirado nessa imagem que me parece importante celebrar a Solenidade da Assunção de Maria ao Céu. Quem é grande, é rei, vencedor da morte é o Filho de Maria, mas é óbvio que ele não esqueceria aquela que “guardava e meditava todas essas coisas no seu coração”, mesmo quando uma “espada de dor lhe transpassava até a alma”.

Sem muitas delongas, é nesse sentido que a Igreja convida a colocar Maria como Mãe, Modelo e advogada nossa.  A bem da verdade, nós não rezamos para Maria, mas rezamos com Ela por Jesus ao Pai. Ela é nossa advogada e dá sua vida para nos defender, como se lê na leitura do Apocalipse neste domingo: “Então apareceu no céu um grande sinal:
uma mulher vestida de sol, tendo a lua debaixo dos pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas. Estava grávida e gritava em dores de parto, atormentada para dar à luz... o Filho foi levado para junto de Deus e do seu trono. A mulher fugiu para o deserto, onde Deus lhe tinha preparado um lugar. Ouvi então uma voz forte no céu, proclamando: Agora se realizou a salvação, a força e a realeza do nosso Deus, e o poder do seu Cristo".

O poder do seu Cristo é o que Paulo descreve na segunda leitura: “Com efeito, por um homem veio a morte e é também por um homem que vem a ressurreição dos mortos... E, quando todas as coisas estiverem submetidas a ele, então o próprio Filho se submeterá àquele que lhe submeteu todas as coisas, para que Deus seja tudo em todos”.

E para que Deus seja tudo em todos, precisamos de muitas Marias, que sejam merecedoras da saudação do Anjo: “Maria Deus está contente com você...” Em resposta, Ela imediatamente colocou os pés na estrada para ajudar a prima Isabel. O resultado não poderia ser outro, senão o reconhecimento público que na figura de Maria se revelava a ação de Deus: “Bem-aventurada Aquela que acreditou, porque será cumprido, o que o Senhor lhe prometeu".

E eis que chega o merecido dia no qual o Filho, junto de Deus e do seu trono, coloca a coroa de 12 estrelas sobre a cabeça da Mãe e simbolicamente sobre os pés daquela que caminhou com ele nesta conquista, toda dor e tristeza do mundo simbolizados na serpente e na escuridão do pecado.

Ontem como hoje todos podem rezar de novo: “A minha alma engrandece o Senhor, e se alegrou o meu espírito em Deus, meu Salvador, pois, ele viu a pequenez de sua serva, eis que agora as gerações hão de chamar-me de bendita. O Poderoso fez por mim maravilhas e Santo é o seu nome! Seu amor, de geração em geração,
chega a todos que o respeitam. Demonstrou o poder de seu braço,
dispersou os orgulhosos. Derrubou os poderosos de seus tronos
e os humildes exaltou. De bens saciou os famintos despediu, sem nada, os ricos. Acolheu Israel, seu servidor, fiel ao seu amor, como havia prometido aos nossos pais, em favor de Abraão e de seus filhos, para sempre".

E proclamar sem medo como rezamos no salmo: “À vossa direita se encontra a rainha, com veste esplendente de ouro de Ofir”.

 

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