ATÉ QUE CRISTO SE FORME
Esta
semana, numa das publicações de redes sociais, vi uma matéria que me inspirou a
homilia deste domingo. Na cena o filho proprietário de uma empresa de médio
porte, fez um grande e bom negócio. Para a inauguração do evento ele não
convidou nenhuma autoridade importante, pelo contrário, chamou sua mãe, mulher
agricultora, que recebeu as chaves e abriu as portas do novo empreendimento.
Pois
é inspirado nessa imagem que me parece importante celebrar a Solenidade da Assunção
de Maria ao Céu. Quem é grande, é rei, vencedor da morte é o Filho de Maria,
mas é óbvio que ele não esqueceria aquela que “guardava e meditava todas essas
coisas no seu coração”, mesmo quando uma “espada de dor lhe transpassava até a
alma”.
Sem
muitas delongas, é nesse sentido que a Igreja convida a colocar Maria como Mãe,
Modelo e advogada nossa. A bem da
verdade, nós não rezamos para Maria, mas rezamos com Ela por Jesus ao Pai. Ela
é nossa advogada e dá sua vida para nos defender, como se lê na leitura do
Apocalipse neste domingo: “Então
apareceu no céu um grande sinal:
uma mulher vestida de sol,
tendo a lua debaixo dos pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas.
Estava grávida
e gritava em
dores de parto, atormentada para dar à luz... o Filho foi levado
para junto de Deus e do seu trono. A mulher fugiu para o deserto, onde Deus lhe tinha preparado um
lugar. Ouvi
então uma voz forte no céu, proclamando: Agora se realizou a salvação,
a força e a realeza do nosso Deus, e o poder do seu Cristo".
O poder do seu Cristo é o que
Paulo descreve na segunda leitura: “Com efeito, por um homem veio a morte e é também por um homem que vem a ressurreição dos
mortos... E, quando
todas as coisas estiverem submetidas a ele, então o próprio Filho se submeterá àquele
que lhe submeteu todas as coisas, para que Deus seja tudo em todos”.
E para que Deus seja tudo em
todos, precisamos de muitas Marias, que sejam merecedoras da saudação do Anjo: “Maria
Deus está contente com você...” Em resposta, Ela imediatamente colocou os pés
na estrada para ajudar a prima Isabel. O resultado não poderia ser outro, senão
o reconhecimento público que na figura de Maria se revelava a ação de Deus: “Bem-aventurada Aquela que acreditou, porque será cumprido, o que o Senhor lhe
prometeu".
E eis que chega o merecido dia
no qual o Filho, junto de Deus e do seu trono, coloca a coroa de 12 estrelas
sobre a cabeça da Mãe e simbolicamente sobre os pés daquela que caminhou com
ele nesta conquista, toda dor e tristeza do mundo simbolizados na serpente e na
escuridão do pecado.
Ontem como hoje todos podem
rezar de novo: “A minha alma engrandece o Senhor, e se alegrou o meu espírito em Deus, meu Salvador, pois, ele
viu a pequenez de sua serva, eis que agora as gerações hão de chamar-me de bendita. O Poderoso fez por mim maravilhas e Santo é o seu nome! Seu amor, de geração em geração,
chega a todos que o respeitam. Demonstrou o
poder de seu braço,
dispersou os orgulhosos. Derrubou os poderosos
de seus tronos
e os humildes exaltou. De bens saciou os
famintos despediu, sem nada, os ricos. Acolheu Israel, seu servidor, fiel
ao seu amor, como havia prometido aos nossos pais, em favor de Abraão e de seus filhos, para sempre".
E proclamar sem medo como
rezamos no salmo: “À vossa direita se
encontra a rainha, com veste esplendente de ouro de Ofir”.
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