CONVERTEI-NOS
PARA QUE SEJAMOS SALVOS
A segunda leitura
deste domingo é o início da primeira carta de São aos coríntios. Como de resto,
essa carta também Paulo começa com um elogio e uma ação de graças: “Irmãos: Para vós, graça e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo. Dou graças a Deus sempre a vosso respeito, por causa da graça que Deus vos concedeu em Cristo Jesus: Nele fostes enriquecidos em tudo, em toda palavra e em todo conhecimento, à medida que o testemunho sobre Cristo se confirmou entre vós”.
Corinto é uma cidade próspera, servida por dois portos, nela
vivem pessoas de muitas raças e muitas religiões, contrastava a riqueza de
alguns com a miséria de outros. Qualquer semelhança com a nossa bela Itajaí não
é mera coincidência.
A pregação de Paulo fez nascer em Corinto uma comunidade
muito viva e fervorosa ao mesmo tempo exposta aos perigos próprios de uma
cidade com estas características. Uma comunidade com boas possibilidades para
fazer frutificar a boa notícia ensinada por Paulo, mas ao mesmo tempo marcada
pelas fragilidades própria das suas características. Paulo deixa claro também
que Deus foi generoso com os coríntios: “Assim, não tendes falta de nenhum dom”.
Lá
como aqui, guardadas as proporções e os tempos, é importante ter claro que Deus
continua vindo ao nosso encontro e não nos deixa faltar nada, nenhum dom!
Entretanto, diante de tantas semelhanças, merece que nos perguntemos: “Nossa
comunidade e cada um de nós acolhe os dons de Deus como sinais vivos do seu amor?”.
A resposta dessa pergunta está mais uma vez em duas
palavras: Vigilância e responsabilidade como Jesus reforça no Evangelho: “Cuidado! Ficai atentos, porque não
sabeis quando chegará o momento. Vigiai,
portanto, porque não sabeis quando o dono da
casa vem. Para que não suceda que, vindo de repente, ele vos encontre dormindo. O que vos digo,
digo a todos: Vigiai!”.
De uma coisa podemos ter certeza, não estamos caminhando sem
rumo, como quem vai ao encontro do nada, mas caminhamos ao encontro do Senhor
que vem. Não estamos sustentados por uma esperança distante e sem sentido, mas
caminhamos na alegria de que vai ao encontro do seu Senhor.
Iniciamos o novo ano litúrgico e advento é a preparação
próxima para experimentar a felicidade sem fim, de qualquer modo as palavras
mágicas são vigilância e responsabilidade.
Responsabilidade significa indignar-se com as indignidades
que ferem a vida dos filhos e filhas de Deus, fazer tudo o que estiver ao nosso
alcance para superar as misérias humanas e construir com toda a força e com
todo o empenho relações fraternas,
justas e sinceras. Que saibamos
aproveitar as potencialidades que a Corinto dos nossos tempos oferece para
superar as fragilidades que aqui como lá excluem, destroem e ignoram os mais
fracos e desprotegidos. Que sejamos capazes de viver o que rezamos no Salmo:
R.Iluminai
a vossa face sobre nós,
convertei-nos, para que sejamos salvos!
2aAo Pastor de Israel, prestai
ouvidos.
2cVós que sobre os querubins vos
assentais,*
aparecei cheio de glória e esplendor!
3bDespertai vosso poder, ó nosso
Deus*
e vinde logo nos trazer a salvação! R.
15Voltai-vos para nós, Deus do
universo!
Olhai dos altos céus e observai.*
Visitai a vossa vinha e protegei-a!
16Foi a vossa mão direita que a
plantou;*
protegei-a, e ao rebento que firmastes! R.
18Pousai a mão por sobre o vosso
Protegido,*
o filho do homem que escolhestes para vós!
19E nunca mais vos deixaremos,
Senhor Deus!*
Dai-nos vida, e louvaremos vosso nome!
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