segunda-feira, 12 de maio de 2025

HOMIMLIA PARA O DIA 15 DE JUNHO 2025- DOMINGO DA SANTÍSSIMA TRINDADE - ANO C

 SANTÍSSIMA TRINDADE, SINODALIDADE E COMUNHÃO

Hoje, celebramos A Santíssima Trindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Este é um momento para refletirmos sobre a comunhão, a unidade e a sinodalidade que são fundamentais na vida cristã. As leituras de hoje nos oferecem insights sobre como essas ideias se manifestam em nossas vidas.

Começando pela carta de São Paulo aos Romanos (Rm 5,1-5), somos lembrados de que, através da fé, temos paz com Deus. A paz que recebemos não é apenas um estado emocional, mas a paz que brota da comunhão com Deus. Esta paz nos une em um único corpo, a Igreja. Paulo continua afirmando que, em momentos de tribulação, devemos exultar, pois é por meio das dificuldades que a perseverança é cultivada. Esta perseverança nos traz uma esperança que nunca nos decepciona, porque o amor de Deus é derramado em nossos corações pelo Espírito Santo.

Na passagem do Evangelho segundo João (Jo 16,12-15), Jesus nos afirma que ainda muita coisa teria para nos dizer, mas que não poderíamos suportar naquele momento. Ele, porém, promete o Espírito da Verdade, que nos guiará em toda a verdade. Aqui podemos vislumbrar o aspecto dinâmico da sinodalidade – o caminhar juntos. O Espírito Santo não só nos revela a verdade, mas nos une de maneira a buscá-la juntos.

A sinodalidade nos convida a ser uma Igreja que escuta, que dialoga e que se une em propósito. É através da escuta atenta do outro, do respeito às diversidades e do desejo genuíno de caminhar juntos como comunidade de fé. Isso significa abrir mão de algumas de nossas próprias certezas para acolher a verdade que é revelada no diálogo. Uma Igreja sinodal é uma Igreja que vive em comunhão, seguindo o exemplo da Trindade.

Assim, a Trindade não é apenas um conceito teológico distante, mas um modelo de vida comunitária para ser imitado em nossas paróquias, famílias e relacionamentos. Somos chamados a viver a unidade, não como algo imposto, mas como uma escolha livre em benefício do amor. O amor que flui entre o Pai, o Filho e o Espírito é o mesmo amor que nos é oferecido para vivermos em nossas comunidades.

Ao celebrar a Santíssima Trindade, peçamos ao Pai que nos ajude a viver esta comunhão profunda, que possamos abrir nossos corações para o Espírito Santo e que juntos, como comunidade, possamos testemunhar o amor de Deus em nosso meio. Que possamos ser um espelho dessa Trindade, revelando ao mundo a beleza da unidade em diversidade.

Que Nossa Senhora, Mãe da Unidade, interceda por nós e nos ajude a caminhar em sinodalidade. Amém.

 

 

HOMILIA PARA O DIA 29 DE JUNHO DE 2025 - SÃO PEDRO E SÃO PAULO - ANO C

 

ÓH SÃO PEDRO, PEDRA FORTE

Hoje, celebramos com alegria e gratidão o dia de São Pedro e São Paulo, pilares da Igreja e grandes missionários da fé cristã. As leituras de hoje nos convidam a refletir sobre a missão desses santos e o papel essencial do Papa, sucessor de Pedro, na condução do povo de Deus.

Comecemos pela passagem dos Atos dos Apóstolos (At 12,1-11), onde vemos Pedro preso, sob a condenação de Herodes. É um momento de grande aflição: Pedro está cercado, sem esperança à vista. Contudo, o que acontece? Deus age de forma poderosa e envia um anjo para libertá-lo. Essa cena nos lembra que, mesmo nos momentos mais sombrios, Deus não nos abandona. Ele é a nossa luz e, como diz o Salmo 33, "o Senhor está perto dos que têm o coração quebrantado”. Essa proximidade divina é uma constante em nossa vida, especialmente quando enfrentamos dificuldades.

Pedro, após sua libertação, não hesita em voltar à comunidade e compartilhar sua experiência. Ele é um símbolo de fé e coragem, lembrando-nos que a verdadeira liberdade vem de Deus. É dessa mesma fé que brota a missão da Igreja, que se une sob a liderança do Papa, sucessor de Pedro. O Papa, como vigário de Cristo, é chamado a guiar a Igreja com firmeza e amor, assim como Pedro fez em seus tempos.

Em seguida, escutamos a carta de São Paulo a Timóteo (2Tm 4,6-8.17-18). Paulo, que dedicou sua vida a anunciar o Evangelho, fala do fim de sua missão. Ele se apresenta não apenas como um lutador, mas como um vencedor. A sua expressão de que "combati o bom combate" é um convite a todos nós a vivermos a nossa fé com a mesma intensidade e paixão. Ele confia na justiça de Deus, que o libertará e o receberá na eternidade. Assim como Pedro, Paulo também nos ensina que a nossa missão não termina aqui; estamos em um caminho que nos conduz à vida eterna.

Neste dia, convidamos todos a refletir sobre a importância da nossa própria missão. Cada um de nós é chamado a viver a fé com coragem, seguindo o exemplo de São Pedro e São Paulo. O respeito à figura do Papa não é apenas um ato de devoção, mas uma reconhecida missão de manter a unidade e a verdade dentro da Igreja. O Papa representa a continuidade da fé que foi transmitida através dos séculos e que nos une em um só corpo.

Portanto, ao celebrarmos hoje São Pedro e São Paulo, que possamos nos inspirar em suas vidas e em suas missões. Que a nossa oração e nosso compromisso com a Igreja sejam constantes, e que possamos sempre buscar a luz de Cristo, mesmo em meio às tribulações da vida. Assim como Pedro e Paulo, sejamos corajosos em nossa fé e firmes na missão que nos foi confiada.

Que Nossa Senhora, Rainha dos Apóstolos, interceda por nós e nos ajude a viver cada dia como verdadeiros seguidores de Cristo.

Amém.

 

HOMILIA PARA O DIA 22 DE JUNHO DE 2025 - 12º DOMINGO COMUM - ANO C

 A MINHA ALMA TEM SEDE DE DEUS

Hoje, reunidos em oração e comunidade, ouvimos as leituras que nos convidam a refletir sobre a nossa relação com Deus e sobre como essa relação é fundamental para a nossa vida espiritual.

Vamos começar pelo Salmo 62(63), que expressa uma profunda sede de Deus: “Ó Deus, meu Deus, eu te procuro; a minha alma tem sede de ti”. Neste versículo, o salmista nos mostra o desejo ardente de experimentar a presença do Senhor. Sede e desejo são temas recorrentes na vida de fé. Na medida em que buscamos a Deus, reconhecemos que Ele é o nosso sustento, a nossa fonte de vida. Em momentos de deserto, de dúvidas e de provações, é essa sede que nos impulsiona a orar, a clamar e a nos aproximar do Criador.

Na passagem do Evangelho segundo Lucas (Lc 9,18-24), Jesus faz uma pergunta crucial aos seus discípulos: “Quem dizem as multidões que eu sou?” E eles respondem: “João Batista, outros, Elias, e outros ainda, que um dos profetas ressuscitou”. Mas, em seguida, Ele pergunta diretamente aos seus discípulos: “E vocês, quem dizem que eu sou?”. Essa pergunta não é apenas uma curiosidade, mas um convite a refletirmos sobre a nossa própria fé e percepção de quem é Jesus em nossas vidas.

Pedro, ao responder que Jesus é o Cristo de Deus, revela uma compreensão profunda. Mas Cristo também os alerta sobre o caminho que está por vir: Ele fala do sofrimento, da rejeição e da morte, e, mais importante, do chamado a tomar a própria cruz. Aqui, Jesus nos ensina que a verdadeira vida com Ele requer entrega, e que a oração é a via que nos fortalece nessa missão.

A oração é, portanto, um meio essencial de saciar nossa sede de Deus. Quando oramos, não apenas elevamos nossas súplicas, mas também temos a oportunidade de aprofundar nossa relação com o Senhor. É na oração que encontramos força para enfrentar as cruzes que nos são impostas. É na oração que recebemos a graça de discernir nossa identidade como filhos e filhas de Deus e, ao mesmo tempo, perceber qual é o nosso papel neste mundo.

Muitas vezes, pode parecer que Deus está distante, mas Ele nunca nos abandona. Assim como um sedento busca água, também devemos buscar a Deus com a mesma intensidade. A nossa oração diária deve ser um diálogo sincero, onde expressamos nossos medos, ansiedades e também nossas alegrias. É nesse diálogo que vamos descobrindo quem somos e quem Deus é para nós.

Por que isso é tão importante? Porque, ao reconhecer Jesus como o Cristo, aceitamos também a sua proposta de carregarmos a nossa cruz. Ele nos ensina que não é pela força, mas pela humildade e pela entrega que encontraremos a verdadeira vida. Assim, a oração se torna um espaço de renovação, onde podemos reabastecer a fé e o amor que nos impulsionam a testemunhar o Evangelho.

Neste dia, convido todos a meditar sobre o que significa ter sede de Deus em suas vidas. Como podemos cultivar esse desejo? Como podemos fazer da oração não apenas um momento isolado, mas uma parte constante do nosso dia a dia? Que a nossa busca incessante por Deus nos faça mais solidários, mais compreensivos e mais amorosos com os que nos cercam.

Que a Eucaristia de hoje nos nutra e nos fortaleça nessa caminhada, e que, assim como o salmista, possamos sempre dizer: “A minha alma tem sede de Ti, Senhor.” Que Jesus Cristo, nosso Senhor, continue a nos guiar e a nos amadurecer na fé.

Amém.

 

HOMILIA PARA O DIA 19 DE JUNHO DE 2025 - SOLENIDADE DO CORPO E SANGUE DE CRISTO - ANO C

 TODOS SOMOS UM EM CRISTO

Hoje celebramos a Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, oportunidade para renovar a nossa fé na presença real de Jesus na Eucaristia. Neste dia, somos chamados a refletir sobre o que significa honrar a Jesus em nossas vidas e como podemos viver essa presença de maneira concreta.

O Evangelho de Lucas (Lc 9,11b-17) nos narra um episódio marcante: a multiplicação dos pães e peixes, um milagre que nos ensina muito sobre a generosidade e a compaixão do nosso Senhor. Jesus olha para a multidão e a acolhe com misericórdia, curando-os e, em seguida, se preocupa com a necessidade de alimento. A frase chave para nós é: “Dêem vocês mesmos de comer”. Aqui, Ele nos convoca a agir, a não apenas observar, mas a nos colocar em movimento, a sermos protagonistas na missão de cuidar uns dos outros.

Hoje, o ato de fazer tapetes para honrar a Eucaristia nas ruas é uma expressão maravilhosa de piedade popular. Esses tapetes, feitos com tanto carinho e dedicação, são mais do que apenas elementos decorativos. Eles simbolizam a acolhida, a festa e o cuidado com todos que caminham por essas ruas. É um gesto que convida a todos os filhos e filhas de Deus a participarem da festa do Corpo e Sangue de Cristo, mostrando que não deixamos ninguém de fora.

A tradição de confeccionar tapetes é um testemunho vivo da nossa fé e do amor que temos por Jesus Cristo. Assim como a multidão foi alimentada, nós também somos chamados a nos alimentar e a alimentar. Cada parte do tapete é um convite para que todos possam sentir-se acolhidos na presença do Senhor. Quando decoramos nossas ruas com essas obras de arte, estamos criando um espaço sagrado, um caminho que nos lembra que Jesus nos acolhe e que devemos acolher uns aos outros.

Honrar a Jesus e seguir o Seu exemplo é garantir que ninguém passe fome — não só daquela fome física, mas também da fome de amor, de esperança e de dignidade. A Eucaristia é um chamado para a partilha, para que ninguém se sinta excluído. O Corpo e Sangue de Cristo nos convocam a sermos um só corpo, a sermos a Igreja que cuida, que se importa e que se envolve nas necessidades do próximo.

Ao vivermos esta Solenidade, que possamos nos perguntar: como podemos, em nossa vida diária, colocar em prática essa generosidade? Como podemos ser “pães” para os que estão à nossa volta? O convite é para que, ao nos aproximarmos da mesa do Senhor, lembremos dos chamados a nos alimentar e, principalmente, a alimentar aqueles que vivem em nossas comunidades e ao nosso redor.

Que cada tapete confeccionado hoje nos lembre da nossa responsabilidade de amor e solidariedade, mostrando que a Eucaristia nos leva a um compromisso de transformar o mundo onde vivemos. Que possamos ir além, praticando a caridade e fazendo com que cada gesto nosso seja um reflexo do amor de Deus.

Que o Senhor nos abençoe e que, ao celebrarmos o Corpo e Sangue de Cristo, possamos renovar nossas promessas de amar e servir uns aos outros. Amém.

 

HOMILIA PARA O DIA 08 DE JUNHO DE 2025 - SOLENIDADE DE PENTECOSTES - ANOS C

 

VEM ESPÍRITO SANTO, VEM!

Hoje celebramos o Domingo de Pentecostes, as leituras de hoje nos convidam a refletir sobre a presença do Espírito Santo em nossas vidas e a importância de sua ação na Igreja, especialmente neste momento em que somos chamados a viver um novo Pentecostes sob a liderança do Papa Leão XIV.

Comecemos com a leitura de Atos dos Apóstolos (At 2,1-11). O cenário é impressionante: os discípulos, reunidos em um só lugar, são surpreendidos por um som do céu, como um vento impetuoso, e por línguas de fogo que se pousam sobre cada um deles. É uma manifestação extraordinária! O Espírito Santo desce não apenas para aquecer os corações, mas também para unir cada um dos apóstolos em uma missão comum: proclamar as maravilhas de Deus. Essa união é fundamental porque, ao transmitir a mensagem de Cristo, os apóstolos falam em diversas línguas, alcançando pessoas de todas as nações.

Essa diversidade não é barreira, mas uma força que enfatiza como a mensagem de Jesus é universal. O Pentecostes é, portanto, um chamado à unidade na diversidade. Em nosso tempo, o Papa Leão XIV nos convida a experimentar um novo Pentecostes, um momento de renovação e reavivamento da nossa fé e da nossa missão. Assim como os apóstolos, devemos abrir nossos corações para a ação do Espírito e nos deixar guiar por Ele.

Na leitura do Evangelho de João (Jo 20,19-23), encontramos Jesus, já ressuscitado, aparecendo aos seus discípulos. Ele os cumprimenta com a paz e lhes diz para receberem o Espírito Santo. Aqui, vemos que a missão da Igreja não depende apenas de nossos esforços, mas é sustentada por esta ação divina. Ao dizer: “A quem perdoarem os pecados, eles serão perdoados”, Jesus nos confere um poder extraordinário, que é a capacidade de trazer renovação e esperança ao mundo.

É esse Espírito que nos chama, hoje, a testemunhar e agir em nome de Cristo. Em meio a um mundo que enfrenta tantos desafios — conflitos, divisões e angústias — somos convidados a ser instrumentos da paz, a caridade e a alegria que o Espírito Santo nos proporciona. O novo Pentecostes que vivemos não é apenas um evento do passado, mas uma realidade que se renova a cada dia em nossas vidas.

Convido a todos a refletirem: Como podemos, pessoalmente e como comunidade, vivenciar esse novo Pentecostes? Como podemos abrir nossos corações ao Espírito Santo para que Ele nos transforme e nos inspire a ser agentes de mudança? A resposta está em nossa disposição de ouvir e acolher o Espírito que nos guia. Quando fazemos isso, nos tornamos verdadeiramente continuadores da missão de Cristo, levando luz e esperança a todos ao nosso redor.

Neste Pentecostes, vamos acolher o Espírito Santo em nossa vida, pedindo que Ele nos dê a força e a coragem para sermos símbolos de união e paz. Que possamos nos deixar guiar e inspirar pela Sua ação, transformando nosso ambiente, nossa Igreja e nosso mundo.

Que Deus abençoe a todos nós nesta celebração. Amém.

 

HOMILIA PARA O DIA 01 DE JUNHO DE 2025 - DOMINGO DA ASCENSÃO DO SENHOR - ANO C

 

CONTINUADORES DA MISSÃO

Hoje celebramos o Domingo da Ascensão do Senhor. As leituras dos Atos dos Apóstolos, da Carta aos Efésios e do Evangelho de Lucas — nos convidam a refletir sobre a missão que nos é confiada após a ascensão de Cristo.

No texto de Atos dos Apóstolos (At 1,1-11), vemos Jesus se despedindo de Seus discípulos. Ele é elevado ao céu, e os apóstolos ficam olhando para o céu, maravilhados e talvez perdidos em pensamentos. Então, dois homens lhes aparecem e perguntam: “Por que vocês estão olhando para o céu?” Essa pergunta ecoa em nossos corações e nos desafia a não ficarmos passivos, esperando que as coisas mudem enquanto nos limitamos a olhar para o alto.

Esse convite à ação é fundamental. A ascensão de Jesus não é um adeus, mas uma nova etapa de nossa caminhada de fé. Ele nos envia, através do Espírito Santo, para estarmos em missão, levando Sua mensagem ao mundo. Precisamos, portanto, deixar de lado a tendência de nos perdermos em contemplações estéreis e, em vez disso, nos voltarmos para a realidade e as necessidades que nos rodeiam.

Na carta aos Efésios (Ef 1,17-23), Paulo nos fala sobre a importância de conhecermos mais profundamente a presença de Cristo em nossas vidas. Ele ora para que possamos ter sabedoria, para que nossos olhos sejam abertos à grandeza do amor de Deus e à imensidão de Sua graça. A Igreja, corpo de Cristo, é chamada a ser a extensão dessa presença no mundo. Quando olhamos para nossa missão, somos desafiados a construir uma comunidade que reflita esse amor e essa unidade.

No Evangelho de Lucas (Lc 24,46-53), Ele nos lembra que a sua paixão e ressurreição aconteceram para que a mensagem de arrependimento e perdão fosse proclamada a todas as nações. A ascensão, portanto, não marca o fim, mas o início de uma nova fase na missão da Igreja.

Temos um papel ativo a desempenhar. Não podemos nos dar ao luxo de ficar apenas olhando para o céu na expectativa de que Deus intervirá por nós. Ele já nos deu o que precisamos — o Espírito Santo. Agora, é a hora de agir, de ser a luz em meio à escuridão, de se mobilizar pela justiça, pela paz, e pela inclusão.

Ao olharmos ao nosso redor, o que vemos? Um mundo que clama por esperança, amor e solidariedade. Mulheres e homens, jovens e crianças, todos aguardam que a mensagem de Cristo chegue até eles. O desafio está em nossas mãos: não podemos ficar parados; é tempo de nos movimentarmos.

Neste domingo da Ascensão, somos convidados a assumir nossa missão com coragem e determinação. Vamos permitir que o Espírito Santo nos guie e nos fortaleça enquanto nos dirigimos ao mundo para levar a boa nova de Jesus.

Que tenhamos a graça de viver a nossa fé ativamente, olhando para o mundo ao nosso redor e respondendo ao chamado que nos foi confiado. Afinal, a ascensão de Cristo nos recorda que somos coparticipantes de Sua obra redentora.

Que Deus nos abençoe e que possamos sempre ser instrumentos de Seu amor. Amém.

 

HOMILIA PARA O DIA 25 DE MAIO DE 2025 - 6º DOMINGO DA PÁSCOA - ANO C

 

IGREJA DE PORTAS ABERTAS

Neste Sexto Domingo da Páscoa, somos convidados a refletir sobre a nossa relação com Deus e a comunidade. As leituras de hoje, especialmente dos Atos dos Apóstolos e do Evangelho de João, nos oferecem profunda sabedoria sobre como viver nossa fé em meio aos desafios e incertezas.

No texto de Atos dos Apóstolos (At 15,1-2.22-29), encontramos a Igreja primitiva enfrentando uma questão crucial: a inclusão dos gentios na comunidade cristã. Essa discussão, que gerou profundas tensões, culminou em uma decisão importante. Os apóstolos, guiados pelo Espírito Santo, discernem que a fé em Jesus não deve ser restringida por normas culturais ou legais; ao contrário, é um convite aberto a todos. A carta enviada às comunidades, com suas diretrizes, era um símbolo de unidade e generosidade. Essa escolha de inclusão é essencial não apenas para aquela época, mas também para nós hoje, nos lembrando que a Igreja é um espaço acolhedor, onde Todos são bem-vindos.

No Evangelho de João (Jo 14,23-29), Jesus nos oferece uma promessa: a presença do Espírito Santo, que nos guiará em toda verdade. Ele nos diz que, se O amarmos e guardarmos Seus mandamentos, estaremos em comunhão com Ele. Essa comunhão é o fundamento da nossa esperança, mesmo em tempos de incerteza e desafio. Jesus não fala de uma paz superficial, mas de uma paz profunda que brota do amor e da confiança na ação de Deus em nossas vidas.

Aqui, faço uma conexão com os ensinamentos do Papa Leão XIV, que enfatiza a importância da verdade, da justiça e da solidariedade humanas. Ele se apresentou como um defensor da paz e da unidade, buscando um diálogo construtivo para o mundo contemporâneo.

Hoje, seguimos lembrando que, assim como a Igreja primitiva se uniu na busca pela verdade e na convivência pacífica, somos chamados a fazer o mesmo em nossa sociedade atual.

À luz dessas leituras e dos ensinamentos do Papa Leão XIV, somos desafiados a ser testemunhas do amor de Cristo no mundo. A paz que Jesus nos oferece não é apenas um sentimento, mas um chamado à ação; é uma paz que nos impulsa a construir pontes de entendimento e a acolher os que estão à margem.

Ao olharmos para a nossa realidade, que é marcada por divisões e conflitos, devemos nos perguntar: "Como posso ser um instrumento da paz de Cristo em meu ambiente?" Às vezes, isso significa abrir mão de preconceitos, estender a mão ao outro e trabalhar em prol da justiça e da inclusão, assim como os apóstolos fizeram.

Neste domingo, que a Palavra de Deus nos inspire a viver nossa fé de maneira ativa e amorosa. Que possamos nos comprometer a ser agentes de transformação, levando a esperança e a paz do Cristo ressuscitado a todos ao nosso redor, mantendo sempre a visão de uma comunidade unida e acolhedora.

Vamos nos abrir à ação do Espírito Santo, permitindo que Ele nos guie em nossa jornada de fé e nos fortaleça para que sigamos em frente, confiantes de que, junto com o Senhor, podemos superar qualquer desafio.

Que Deus nos abençoe e que a paz de Cristo resplandeça em nossos corações. Amém.

 

HOMILIA PARA O DIA 18 DE MAIO DE 2025 - 5º DOMINGO DA PÁSCOA - ANO C

 

CAMINHEMOS PARA UM NOVO CÉU 

E UMA NOVA TERRA

Caros irmãos e irmãs,

Os textos do Apocalipse e o Evangelho de João, iluminam essa realidade e nos oferecem um vislumbre esperançoso do que está por vir.

No livro do Apocalipse, ouvimos que "vemos um novo céu e uma nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra já se foram" (Ap 21,1). Esta imagem não é apenas uma descrição do fim, mas também um convite a um novo começo. É um chamado à transformação interior e comunitária. Este “novo céu” e “nova terra” nos indicam que Deus fará tudo novo, em meio às dificuldades e incertezas do mundo.

Assim como na história da humanidade, onde o renascimento acontece após momentos de dor, agora estamos diante de uma nova fase na Igreja, com a escolha de um novo Papa que sucede Pedro, dando continuidade aos trabalhos de Francisco. Esse momento é um sinal claro da ação de Deus em nossa história. Um novo líder é chamado, não apenas para guiar, mas para nos ajudar a ser Igreja viva, a anunciar a boa nova de Jesus Cristo em um mundo que tanto precisa de esperança e amor.

No Evangelho de João, Jesus dá um novo mandamento: "Amem-se uns aos outros. Assim como eu os amei, vocês devem amar uns aos outros" (Jo 13,34). Este mandamento é a essência do que significa viver em um novo céu e em uma nova terra. A transformação que buscamos no exterior deve começar em nossos corações, nas nossas relações. É um amor que nos chama a sair de nós mesmos, a cuidar do outro, a acolher quem está à margem, a construir uma comunidade que reflita a misericórdia e a bondade de Deus.

Este novo ministério que se inicia com o novo Papa é uma oportunidade valiosa para que todos nós possamos nos comprometer ainda mais com esse mandamento do amor. Ele é chamado a ser um instrumento de renovação, e nós, como Igreja, somos convidados a apoiar e a viver essa transformação, oferecendo nossa colaboração e nossa oração.

À medida que olhamos para o futuro, lembremo-nos de que a Igreja é sempre renovável, porque está sob a ação do Espírito Santo, que continuamente faz novas todas as coisas. Que possamos nos unir em oração pelo nosso novo Papa, para que ele seja um guia sábio e amoroso, e que, juntos, possamos construir um mundo melhor, onde todos experimentem o amor de Cristo, que nos faz irmãos e irmãs.

Neste quinto domingo da Páscoa, que nossa reflexão nos inspire a agir concretamente, a amar e a testemunhar a presença de Deus em nossas vidas. Que sejamos sempre agentes dessa nova criação, fazendo com que o novo céu e a nova terra se tornem visíveis em nossa realidade cotidiana. Amém.