quinta-feira, 28 de março de 2013

QUINTA FEIRA DA SEMANA SANTA –



 CELEBRAÇÃO DA CEIA DO SENHOR

Com a celebração da “Missa do Lava Pés”, como é popularmente chamada a Eucaristia da noite de Quinta Feira Santa, a Igreja encerra o tempo da quaresma e dá início ao tríduo pascal que se estende até o Domingo da Páscoa.
Este ano a campanha da fraternidade colocou como centro das preocupações e da atenção da Igreja os jovens, suas alegrias e suas angústias. Todos reconhecem que os tempos atuais são o reflexo de uma mudança de época a qual altera todo o modo de compreender as pessoas, as relações e o próprio mundo.  E tudo o que acontece em qualquer lugar a qualquer momento diz respeito e traz consequências para todos em todos os cantos do planeta.
Ninguém duvida que a juventude é ao mesmo tempo uma idade de extraordinária beleza, ao mesmo tempo que vítima de situações de desconforto, preocupação e angústia.  E neste contexto ninguém pode dizer que não está sendo atingido por estes fenômenos que obviamente dizem respeito a todos. E muito pior quando se trata dos sofrimentos que são vítimas essa parcela de gente sofrida e muitas vezes sem defesa. As mudanças culturais pelas quais passa o mundo afeta a edificação do ser humano tanto de modo positivo como negativo.
Em outra proporção e com outra feição o povo de Israel e os judeus no tempo de Jesus experimentavam igualmente transformações que não eram capazes de entender. As leituras proclamadas na liturgia desta quinta feira santa ajudam a compreender e entender tudo isso.
Lá no Antigo Testamento, o povo de Israel foi convidado a celebrar a páscoa e a compreender que o clima de medo e insegurança que estava reinando no acampamento não poderia se limitar a isso, pelo contrário, na páscoa se realiza o gesto favorável de Deus contra o sofrimento dos seus amigos. A páscoa é para eles desde aquele tempo a garantia de que o Amor de Deus os salvou e por isso mesmo são chamados a fazer memória para sempre.
Repetindo de forma solene o gesto de Jesus na última ceia a comunidade cristã é convidada a perceber os sofrimentos de todos e  ao mesmo tempo a coragem de Jesus para transformar tudo isso em serviço, em alegria, em luz e em pré anuncio da ressurreição.
Reunidos em assembleia de oração todos são chamados a dizer como São Paulo: transmito a vocês o que eu mesmo recebi: façam isto em memória de mim. Transformar a Eucaristia em serviço é um jeito de tornar Jesus presente no meio de todos e proclamar como se reza no salmo: “que poderei retribuir ao Senhor por tudo o que ele me fez”.
Ao final desta celebração os participantes precisam reconhecer que a Páscoa de Cristo pode brilhar na sociedade atual, e pode ser vista muito mais facilmente na medida em que os jovens puderem responder “eis-me aqui, envia-me!”. Que a adoração a Eucaristia se concretize no serviço a todos como um gesto de lavar os pés uns dos outros.

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