sábado, 17 de agosto de 2013

ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA



As questões legais sobre maternidade e paternidade biológica, os inúmeros casos de adoções ilegais, o tráfico de seres humanos, a evolução da medicina e uma série de outras situações contemporâneas faz surgir com uma intensidade sem precedentes o valor da figura materna e paterna. É muito comum ouvir a expressão: “a mulher tem um instinto materno”, ou ainda “a presença da mulher faz a diferença”. O Papa Francisco declarou nesta semana que é necessário aprofundar mais o grande e importante papel da mulher na Igreja, a declaração dele foi pronunciada por ocasião da Solenidade  da Assunção de Maria, que se celebra neste domingo.
Esta é a festa mais antiga, que a Igreja celebra para lembrar a figura de Maria e sua importância para a fé e a vida de todos. Desde muito cedo os apóstolos divulgaram a certeza que Maria havia sido levada aos céus em corpo e alma e esta devoção se propagou por todo mundo.
As leituras deste domingo apresentam diferentes imagens de mulheres e da sua importância  na história da salvação. Com sinais extraordinários o livro do Apocalipse conta a vitória de uma mulher que deu a luz e em meio a todas as provações e desafios, ela e seu filho foram protegidos e salvos pela mão de Deus. A figura da mulher que luta com o dragão foi identificada como Maria e a Igreja com seus filhos e filhas enfrentando todas as dificuldades. As doze estrelas, com cuja coroa a mulher aparece representa a totalidade dos filhos de Deus, ou seja, um número perfeito no qual todos tem lugar.
Já São Paulo apresenta o Filho, nascido de Maria como o homem em quem todos encontram a salvação e a quem Deus, o Pai, entregou a realeza a fim de que este pusesse fim às forças da morte.
O encontro narrado entre as duas mulheres do evangelho e o reconhecimento de que ambas carregam no seu ventre sinais da ação de Deus no mundo é uma das extraordinárias maravilhas realizadas em favor de todos. Isabel, idosa e grávida proclama: “De onde me vem a graça que a mãe do meu Senhor venha me visitar” e Maria que ainda não havia coabitado com um homem anuncia: “O Senhor fez em mim grandes coisas”
Não sem razão a Igreja inteira pode proclamar e rezar com o salmo: “À vossa direita se encontra a Rainha, com veste esplendente de ouro de ofir”

A história já mostrou de modo abundante quanto Deus fez e faz pela humanidade, na figura de Maria é possível proclamar, sem medo de errar, “A presença da mãe faz a diferença”. Celebrar esta festa é também um convite para que cada cristão seja capaz de agir e viver cultivando o que se chama: “instinto materno”, que pode ser compreendido também como “cuidado com todos, preocupação como se fosse um filho”.

Como se reza ao final da missa deste domingo: “Maria é consolo e esperança do povo ainda a caminho” que ela interceda a Deus pelas pessoas e comunidades em todos os sofrimentos e provações.

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