O SENHOR FEZ POR NÓS
MARAVILHAS...
Quanto mais o ser humano vai
adquirindo conhecimentos e informações, cada vez são maiores as suas angústias
e preocupações. O homem contemporâneo encontra explicações para quase todas as
limitações, mas ainda não resolve a preocupação fundamental sobre a origem da
vida e a constituição última deste mistério. A neste ponto, independente de
qualquer religião ou mesmo de ausência de fé ele se obriga a admitir o mistério
que em última instância se encontra no sobrenatural.
Este é também o ensinamento da
liturgia da Palavra deste domingo. Na primeira leitura tem-se o diálogo de um
estrangeiro inimigo com o profeta. Ao final da conversa as certezas do
incrédulo estrangeiro caem por terra e ele admite que o profeta tem um Deus
protetor: “Agora estou
convencido de que não há outro Deus em toda a terra, senão o que há em Israel!”.
Não sem razão o salmo canta as maravilhas deste Deus único e a assembleia reza
na mesma intensidade: “Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! Sua
mão e o seu braço forte e santo alcançaram-lhe a vitória”.
São Paulo, na continuação da carta que pode ser
entendida como o seu testamento faz perceber que o único porto seguro é Jesus
Cristo e o seu ensinamento: “Merece fé esta palavra: se com ele morremos, com ele viveremos. Se com ele ficamos firmes, com ele reinaremos. Se nós o negamos, também ele
nos negará. Se
lhe somos infiéis, ele permanece fiel, pois não pode negar-se a si mesmo”.
E na continuação da sua caminhada para Jerusalém,
o Senhor se depara com os leprosos excluídos do convívio social e sem
possibilidade de participar da normalidade da vida. Mediante o pedido: “Mestre, tem compaixão de nós!”. Jesus não se limita a
fazer um milagre ou mostrar-lhes um sinal, pelo contrário, os chama à
responsabilidade e a participação: “Ide apresentar-vos aos sacerdotes”. Uma vez que aceitaram
esta proposta, imediatamente estão curados e possibilitados para participar da
sociedade que os havia excluído.
Mas o que mais conta em tudo isso, não é nem o
fato de ser curado, e a condição de haver despertado a fé naquele estrangeiro
que voltou para agradecer: “tua fé te salvou”.
É assim que a igreja se coloca diante da Palavra
do Senhor e os fiéis reunidos em oração são chamados a enfrentar as dificuldades
da vida, sem esquecer de dar graças e reconhecer que é Deus mesmo quem ajuda e
alivia os sofrimentos nos momentos mais difíceis ou nas horas de abandono que a
vida parece patrocinar cada vez com mais frequência.
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