quinta-feira, 3 de outubro de 2013

HOMILIA PARA O DIA 13 DE OUTUBRO DE 2013

O SENHOR FEZ POR NÓS MARAVILHAS...

Quanto mais o ser humano vai adquirindo conhecimentos e informações, cada vez são maiores as suas angústias e preocupações. O homem contemporâneo encontra explicações para quase todas as limitações, mas ainda não resolve a preocupação fundamental sobre a origem da vida e a constituição última deste mistério. A neste ponto, independente de qualquer religião ou mesmo de ausência de fé ele se obriga a admitir o mistério que em última instância se encontra no sobrenatural.
Este é também o ensinamento da liturgia da Palavra deste domingo. Na primeira leitura tem-se o diálogo de um estrangeiro inimigo com o profeta. Ao final da conversa as certezas do incrédulo estrangeiro caem por terra e ele admite que o profeta tem um Deus protetor: “Agora estou convencido de que não há outro Deus em toda a terra, senão o que há em Israel!”. Não sem razão o salmo canta as maravilhas deste Deus único e a assembleia reza na mesma intensidade: “Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! Sua mão e o seu braço forte e santo alcançaram-lhe a vitória”.
São Paulo, na continuação da carta que pode ser entendida como o seu testamento faz perceber que o único porto seguro é Jesus Cristo e o seu ensinamento: “Merece fé esta palavra:  se com ele morremos, com ele viveremos. Se com ele ficamos firmes, com ele reinaremos. Se nós o negamos, também ele nos negará. Se lhe somos infiéis, ele permanece fiel, pois não pode negar-se a si mesmo”.
E na continuação da sua caminhada para Jerusalém, o Senhor se depara com os leprosos excluídos do convívio social e sem possibilidade de participar da normalidade da vida. Mediante o  pedido: “Mestre, tem compaixão de nós!”. Jesus não se limita a fazer um milagre ou mostrar-lhes um sinal, pelo contrário, os chama à responsabilidade e a participação: “Ide apresentar-vos aos sacerdotes”.  Uma vez que aceitaram esta proposta, imediatamente estão curados e possibilitados para participar da sociedade que os havia excluído.
Mas o que mais conta em tudo isso, não é nem o fato de ser curado, e a condição de haver despertado a fé naquele estrangeiro que voltou para agradecer: “tua fé te salvou”.

É assim que a igreja se coloca diante da Palavra do Senhor e os fiéis reunidos em oração são chamados a enfrentar as dificuldades da vida, sem esquecer de dar graças e reconhecer que é Deus mesmo quem ajuda e alivia os sofrimentos nos momentos mais difíceis ou nas horas de abandono que a vida parece patrocinar cada vez com mais frequência.

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