SOMOS O POVO E REBANHO DO SENHOR
Que
a correria do mundo moderno afeta todas as relações pessoais, familiares e
profissionais ninguém tem nenhuma dúvida. Ainda ecoa em nossos ouvidos a
desastrosa derrota de sete a um da seleção brasileira na copa de 2014 e os
meios de comunicação já iniciam a contagem regressiva para a copa do mundo de
2018 na Rússia. Esta e um sem número de outras situações ajudam a entender como
o tempo e a contagem do tempo afetam o dia a dia das pessoas em todos os
lugares e obviamente não resta outra coisa que não seja compreender, neste
emaranhado de situações, as razões pelas quais a pessoa humana consome a sua
existência.
As
leituras deste 11º domingo do tempo comum permitem uma reflexão sobre as razões
da existência e como melhor desempenhar as atividades que são confiadas ao
longo da vida. No livro do Êxodo é Deus mesmo quem faz de Moisés seu
interlocutor na construção da aliança com o povo que não se limita a realização
de um fato extraordinário na história, mas o estabelece como uma nação santa,
de quem a todos os adoradores do Deus único são de certa maneira herdeiros e
continuadores.
Paulo
escreve aos Romanos e enaltece o gesto de Deus realizado em Jesus Cristo: “Pois bem, a prova de que Deus nos
ama é que
Cristo morreu por nós, quando éramos ainda pecadores”. Muito além de
qualquer expectativa humana, Deus não age como quem faz uma “delação premiada”,
isto é, pensando nas vantagens que teria realizando tal atitude. Pelo contrário
Deus manifestou seu amor de modo incondicional. Ora, ser cristão no mundo
contemporâneo, manifestar a fé e adesão ao projeto de Deus me meio à correria
do cotidiano implica descobrir que Ele ama cada pessoa em particular e que o
ajuda a enfrentar esperançoso e sereno todas as adversidades da vida. Deus
mostra um amor que não é interesseiro e querendo levar vantagem em tudo,
naturalmente esta haverá de ser também a atitude de todo aquele que aceitou
seguir Jesus Cristo.
O Evangelho apresenta
Jesus realizando sua mais extraordinária missão. Chamando os discípulos faz
entender que o projeto de Deus iniciado com o povo do Antigo Testamento não se
encerra na sua pessoa e na sua vida terrena. Chama os discípulos e os envia com
tarefas bem específica: “A Messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi,
pois, ao dono da messe que envie trabalhadores para a sua colheita! Em vosso caminho, anunciai: O Reino dos Céus está próximo'. Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os
demônios. De graça recebestes, de graça deveis dar”.
Os doze representam a
totalidade dos seguidores de Jesus, portanto, também as pessoas do terceiro
milênio são desafiadas a fazer o mesmo anuncio e a lutar contra tudo o que
escraviza, aliena e diminui a dignidade da vida e das pessoas. Em todos os
lugares onde existam ameaças à vida e privação dos direitos das pessoas os
cristãos são chamados a agir como Povo e Rebanho do Senhor, testemunhas de tudo
o que ele pode fazer para transformar as realidades.
Que o Senhor ajude e
conforte a todos pela oração, pela Palavra e fortaleça com a Eucaristia.
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