sexta-feira, 16 de junho de 2017

HOMILIA PARA O DIA 18 DE JUNHO DE 2017

SOMOS O POVO E REBANHO DO SENHOR

Que a correria do mundo moderno afeta todas as relações pessoais, familiares e profissionais ninguém tem nenhuma dúvida. Ainda ecoa em nossos ouvidos a desastrosa derrota de sete a um da seleção brasileira na copa de 2014 e os meios de comunicação já iniciam a contagem regressiva para a copa do mundo de 2018 na Rússia. Esta e um sem número de outras situações ajudam a entender como o tempo e a contagem do tempo afetam o dia a dia das pessoas em todos os lugares e obviamente não resta outra coisa que não seja compreender, neste emaranhado de situações, as razões pelas quais a pessoa humana consome a sua existência.
As leituras deste 11º domingo do tempo comum permitem uma reflexão sobre as razões da existência e como melhor desempenhar as atividades que são confiadas ao longo da vida. No livro do Êxodo é Deus mesmo quem faz de Moisés seu interlocutor na construção da aliança com o povo que não se limita a realização de um fato extraordinário na história, mas o estabelece como uma nação santa, de quem a todos os adoradores do Deus único são de certa maneira herdeiros e continuadores.
Paulo escreve aos Romanos e enaltece o gesto de Deus realizado em Jesus Cristo: “Pois bem, a prova de que Deus nos ama é que Cristo morreu por nós, quando éramos ainda pecadores”. Muito além de qualquer expectativa humana, Deus não age como quem faz uma “delação premiada”, isto é, pensando nas vantagens que teria realizando tal atitude. Pelo contrário Deus manifestou seu amor de modo incondicional. Ora, ser cristão no mundo contemporâneo, manifestar a fé e adesão ao projeto de Deus me meio à correria do cotidiano implica descobrir que Ele ama cada pessoa em particular e que o ajuda a enfrentar esperançoso e sereno todas as adversidades da vida. Deus mostra um amor que não é interesseiro e querendo levar vantagem em tudo, naturalmente esta haverá de ser também a atitude de todo aquele que aceitou seguir Jesus Cristo.
O Evangelho apresenta Jesus realizando sua mais extraordinária missão. Chamando os discípulos faz entender que o projeto de Deus iniciado com o povo do Antigo Testamento não se encerra na sua pessoa e na sua vida terrena. Chama os discípulos e os envia com tarefas bem específica: “A Messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi, pois, ao dono da messe que envie trabalhadores para a sua colheita! Em vosso caminho, anunciai: O Reino dos Céus está próximo'. Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. De graça recebestes, de graça deveis dar”.
Os doze representam a totalidade dos seguidores de Jesus, portanto, também as pessoas do terceiro milênio são desafiadas a fazer o mesmo anuncio e a lutar contra tudo o que escraviza, aliena e diminui a dignidade da vida e das pessoas. Em todos os lugares onde existam ameaças à vida e privação dos direitos das pessoas os cristãos são chamados a agir como Povo e Rebanho do Senhor, testemunhas de tudo o que ele pode fazer para transformar as realidades.
Que o Senhor ajude e conforte a todos pela oração, pela Palavra e fortaleça com a Eucaristia.



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