ALERTAS E AGUARDANDO A REVELAÇÃO
Basta
fazer qualquer pequeno passeio pelo interior de nossas cidades e facilmente se
pode observar plantações extraordinárias que cobrem a terra com exuberância de
cores e variedades. Não precisa ser entendido em agronomia ou expert em lavoura
para saber que as colheitas dependem de inúmeros fatores, entre eles qualidade
das sementes e da terra, do sol e da chuva. O Agricultor que compreende todos
os detalhes aguarda pacientemente o tempo da colheita porque tem certeza que
dela dependem a família e o seu futuro.
Pois
esta realidade está presente nas leituras da Palavra de Deus deste final de
semana. O profeta Isaías fala da eficácia da Palavra de Deus comparando-a com o
efeito da chuva: “a palavra que sair de minha boca: não voltará para mim vazia; antes, realizará tudo que for de minha
vontade e produzirá os efeitos que pretendi, ao enviá-la”. Obviamente que o pleno resultado da vontade
de Deus depende da disposição humana em aceitar e fazer produzir, Deus respeita
a liberdade das pessoas.
São Paulo fala da expectativa em
relação ao futuro humano na mesma perspectiva que o agricultor espera pela
colheita: “Eu entendo que os sofrimentos do tempo presente nem
merecem ser comparados com a glória que deve ser revelada em nós”. Ora,
que a vida e seu sucesso ou fracasso dependem de inúmeros fatores todos tem
clareza. Cada um vai plantando, cultivando e colhendo no seu cotidiano. Os
resultados de todos os esforços humanos vão depender de inúmeros fatores, neste
sentido fica muito clara a afirmação de São Paulo: “De fato, toda
a criação está esperando ansiosamente o momento de
se revelarem os filhos de Deus”.
Se depender de Deus não há dúvida que a realização humana tende à perfeição e à
plenitude.
Isso é o que Jesus deixa clara
na simplicidade da parábola do semeador, que embora fácil de entender é de uma
profundidade incalculável e se encerra com uma máxima espetacular: “Quem tem ouvidos ouça...”.
O convite da liturgia deste
domingo é surpreendente ao mesmo tempo que obvio, deixar-se impregnar pela
Palavra de Deus como a terra pela chuva, cuidar da semente que está em nós de
modo que ela produza frutos de até cem por um.
Que Deus faz a sua parte é a certeza
que se proclama na oração do salmo: “É assim
que preparais a nossa terra: vós a regais e aplainais, os
seus sulcos com a chuva amoleceis e abençoais as sementeiras”.
Maria é a figura emblemática no
que diz respeito a deixar-se “cultivar” pela Palavra. É ela quem ensina a
todos: “Faça –se em mim o que a Deus aprouver”.
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