sexta-feira, 21 de julho de 2017

HOMILIA PARA O DIA 23 DE JULHO DE 2017

DEIXEM QUE CRESÇAM JUNTOS ATÉ A COLHEITA

A máxima “Fazer justiça com as próprias mãos” é frequentemente recordada e algumas vezes aplicada na sociedade contemporânea. E quando isso acontece bastante vezes o resultado é desastroso. Fazer justiça, aplicar sentença, atribuir responsabilidades são ações que precisam ser feitas e cuja tarefa pertence a instituições para isso credenciadas pela sociedade. A Palavra proclamada neste domingo aponta para o jeito como Deus age e a dimensão da sua prática de aplicar sentenças diante dos desacertos cotidianos.
O livro da sabedoria é como um “tapa de luva” para aqueles que se acham no direito de apontar os defeitos e pecados alheios, o autor do livro coloca com clareza e firmeza a quem compete os julgamentos: Não há, além de ti, outro Deus que cuide de todas as coisas e a quem devas mostrar que teu julgamento não foi injusto. Assim procedendo, ensinaste ao teu povo que o justo deve ser humano; e a teus filhos deste a confortadora esperança de que concedes o perdão aos pecadores”.
Já no salmo responsorial a Igreja inteira repete a oração: “Vós, porém, sois clemente e fiel, sois amor, paciência e perdão. Tende pena e olhai para mim! Confirmai com vigor vosso servo”.
São Paulo conforta os romanos com estas palavras: “Aquele que penetra o íntimo dos corações sabe qual é a intenção do Espírito. Pois é sempre segundo Deus que o Espírito intercede em favor dos santos”.
As comparações feitas por Jesus para fazer entender o Reino de Deus e a sua justiça não poderiam ser mais claras: “O Reino dos Céus é como um homem que semeou boa semente no seu campo... O Reino dos Céus é como uma semente de mostarda... O Reino dos Céus é como o fermento...” Nas três comparações resta aos ouvintes uma alternativa inconfundível: aprenda a dar tempo ao tempo, a força da verdade se impõe por ela mesma. Nada de querer “fazer justiça com as próprias mãos” deixa Deus agir e na hora certa tudo será esclarecido e recolhido o que deve ser aproveitado.
Este modelo de pessoa pode ser reconhecido na figura de Maria, mãe de Jesus. Ela é a boa semente, pequena como um grão de mostarda e como uma porção de fermento, mas seu estilo de vida continua ainda na atualidade arrastando multidões.

Que ressoe hoje de novo para cada pessoa a frase que conclui o evangelho também neste domingo: “Quem tem ouvidos ouça!”

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