OUVIR HOJE E PARA SEMPRE A VOZ DE DEUS!
Dentre os critérios usados na atualidade pelos
especialistas em recursos humanos quando se trata da contratação de pessoal
para as diversas áreas de atuação um deles diz respeito às relações
interpessoais e a capacidade de lidar com as situações de risco, conflito e
crise. A Palavra de Deus neste domingo trata exatamente desta capacidade de
encontrar soluções para situações em que as pessoas agem sob pressão.
O livro do deuteronômio trata das infidelidades
do povo em relação aos acordos feitos com Deus, neste caso o autor relata a
disposição d’Ele para garantir o bem-estar de todos: “O Senhor teu Deus fará surgir para ti, da tua nação e do meio de teus
irmãos, um profeta como eu. Farei surgir para eles, do meio de seus irmãos, um
profeta semelhante a ti. Porei em sua boca as minhas palavras e ele lhes
comunicará tudo o que eu lhe mandar”. Moisés é apresentado como o modelo
perfeito porque ele não age segundo a sua vontade e nem fala as suas palavras,
mas age com precisão de acordo com a vontade daquele que lhe enviou. Tal como
Moisés Deus continua ao longo da história chamando e enviando pessoas, também
cada um de nós recebe uma tarefa e uma responsabilidade, cabe se perguntar em
que medida estou agindo para cumprir a tarefa que recebi. Faço cumprindo a
missão o que foi acordado, ou procuro me colocar como superior e dono da missão
em lugar de chamado e enviado.
A carta aos coríntios é mais uma vez um convite
que Paulo faz para a comunidade no sentido de repensar suas prioridades e
responsabilidades. O apóstolo não tem a intenção de supervalorizar alguma
situação em desfavor da outra, mas deixa claro que todas as realidades do
cotidiano não podem ser um empecilho para se colocar a serviço dos irmãos e de
Deus: “Eu gostaria que estivésseis livres
de preocupações” e na sequência relata uma série de ações cotidianas que
podem dificultar o cumprimento da missão, e conclui: “Digo isto para o vosso próprio bem e não para vos armar um laço.
O que eu desejo é levar-vos ao que é melhor, permanecendo junto ao
Senhor, sem outras preocupações”. O convite não é para viver a
missão e a espiritualidade desencarnada do mundo, mas aberta ao amor, à
partilha, à ternura e ao acolhimento.
Jesus aparece mais uma vez nos escritos de
Marcos como aquele que recebeu de Deus Pai uma tarefa, uma responsabilidade e
uma missão e ele cumpre com esmero renovando e transformando a situação das
pessoas prisioneiras do pecado, do egoísmo e da própria morte em gente livre. O
jeito de Jesus agir causa admiração em todos os que lhe encontram. Ele é
diferente suas palavras e ações revelam o conhecimento que tem de Deus Pai as
palavras e ações de Jesus tem a marca de Deus e da sua condição de filho: “Jesus entrou na sinagoga e começou a ensinar. Todos
ficavam admirados com o seu ensinamento, pois ensinava como quem tem
autoridade. E todos ficaram muito espantados e perguntavam uns aos
outros: O que é isto? Um ensinamento novo dado com autoridade: Ele manda
até nos espíritos maus, e eles obedecem! E a fama de Jesus logo se
espalhou por toda a parte”. Também nós, como Moisés e os outros chamados continuamos
sendo desafiados a agir e a falar como cúmplices de Deus no processo de tornar
as pessoas mais livres e felizes. É isto que rezamos na primeira prece da Missa:
“Concedei-nos Senhor, amar todas as
pessoas com verdadeira caridade”.
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