O BOM
PASTOR DÁ A VIDA POR SUAS OVELHAS
1ª Leitura
- At 4,8-12; Salmo - Sl 117,cd.29
(R. 22) ;
2ª Leitura - 1Jo 3,1-2; Evangelho - Jo 10,11-18
Nesta semana três fatos marcaram os
noticiários nacionais e internacionais.
Localmente a tragédia que se abateu sobre a cidade catarinense de Xanxerê e
redondeza, no âmbito mundial o naufrágio de um navio com centenas de pessoas no
mar mediterrâneo e o terremoto no Nepal. Todos os casos despertaram ações de comoção e
de solidariedade em favor das vítimas e declarações de autoridades e dos
responsáveis para garantir a segurança das pessoas envolvidas. Nestes casos
todos fica evidente que o que está em jogo é a dignidade das vidas humanas cujo
cuidado, de algum modo, é responsabilidade de todos. Negar-se a colaborar para
que situações desta natureza não se repitam ou prestar socorro a quem foi
atingido por catástrofes é uma maneira de manifestar o coração amoroso e
atitude de pastor que a condição de cristãos sugere a todos.
Dentro do contexto do tempo pascal a
liturgia da Igreja convida a celebrar a pessoa de Jesus ressuscitado que se dá
a conhecer como o Bom Pastor, aquele que por sua união com o Pai ama a todos e
se apresenta buscando e acolhendo a todos, sobretudo os distantes e mais
sofredores.
O retrato de Jesus Bom Pastor tem perfeita
sintonia com a ação dos discípulos descrita nos Atos dos Apóstolos e clara nas
palavras de Pedro: “Jesus é a pedra, que vós, os construtores, desprezastes, e que se tornou a
pedra angular. Em
nenhum outro há salvação, pois não existe debaixo do céu
outro nome dado aos homens pelo qual possamos ser salvos” é nele que todos podem sentir-se
filhos amados de Deus.
Reconhecer
esta verdade e nela se reconhecer seguidor de Jesus Cristo, o Bom Pastor, traz
igualmente uma exigência indispensável para o cristão. Já não servem mais
palavras, as adversidades e os sofrimentos que se fazem visíveis no mundo
contemporâneo pedem exemplos de testemunho autêntico, pede a coragem de pessoas
motivadas a prolongar a missão de Jesus no mundo. Missão que não é apenas
garantir a segurança daqueles que estão seguros no espaço da igreja e da
sociedade, mas também buscar, socorrer, preocupar-se com todos aqueles que em
qualquer lugar sofrem vítimas de catástrofes ou de descaso de pessoas e autoridades
que deveriam ser responsáveis pela vida em plenitude para todos.
A
oração da Igreja reunida estimula a comunidade de fé a se responsabilizar e a
testemunhar a ressurreição de Jesus empenhando esforços que não permitam ficar à margem da construção
da esperança por um mundo novo povoado de irmãos.
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