DEUS VIU QUE TUDO ERA
MUITO BOM (Gn 1,31).
A Defesa Civil de Santa
Catarina confirmou que os temporais afetaram mais de mil residências e atingiram
seis mil pessoas em Santa Catarina nesta semana, deixando um rastro de destruição
por todas as regiões do Estado. A notícia sensibilizou a todos e fez surgir inúmeras iniciativas solidárias para
diminuir o sofrimento das vítimas destas catástrofes. Sem sombra de dúvida a
ajuda aos sofredores é uma obra de misericórdia que pode ser também
compreendida como ação missionária.
A Igreja celebra neste
domingo o dia mundial das missões, que neste ano teve como lema: “Cuidar da
Casa Comum é nossa missão”. A oração missionária sugerida para este tempo diz
assim: “Guia-nos com teu espírito, para que cuidemos com responsabilidade...” Neste contexto é possível compreender a
Palavra de Deus neste domingo mediante a qual cada pessoa pode fazer o seu
exame de consciência em relação à sua ação e participação comunitária no
cuidado com a Casa Comum.
Na Parábola do Fariseu e
do Publicano é preciso ter presente que Jesus não está apresentando duas
pessoas afirmando que um é bom e que o outro é mau. Os dois são membros de uma
mesma comunidade, cada um enxerga o mundo e as pessoas sob um determinado ponto
de vista. Ambos tem valores e contra valores. A comparação de Jesus não é em
relação à bondade de um ou de outro, mas em relação ao modo como os dois se
apresentam diante de Deus. Um deles, no caso o Fariseu, se autodenomina
cumpridor de todas as normas e leis e,
portanto, tem a certeza que não tem pecado e nem precisa de perdão. O outro,
pelo contrário, bate no peito e clama por misericórdia. É este o mérito do
último e não a sua condição de vida.
É isto que a assembleia
cristã foi convidada a rezar no salmo deste domingo: “Do coração atribulado ele está perto e conforta os de espírito
abatido. Mas o
Senhor liberta a vida dos seus servos, e castigado não será quem nele espera”. Reconhecer o seu pecado e apresentar-se
arrependido diante de Deus é atitude mais adequada para cada pessoa também na atualidade
e uma atitude desejada para este ano da misericórdia.
Deus não faz distinção entre as pessoas, Ele não é parcial em
prejuízo daquele que nele confia. São Paulo também tem esta certeza, e às
vésperas de ser executado reafirma o que sempre acreditou: o Cristianismo não é
a religião da lei, mas da liberdade. A Salvação vem pela fé e pela escolha que
cada um faz de aceitar a pessoa de Cristo caminhando ao seu lado.
Nestes dias e diante das catástrofes ambientais que se
abateram sobre Santa Catarina, certamente uma correta atitude dos cristãos é
olhar para o seu dia a dia perguntando-se em que medida suas ações foram
missionárias e responsáveis naquilo que diz respeito ao Cuidado com a Casa
Comum. Já não se trata somente de ser solidário diante da tragédia alheia, mas
de reconhecer que muito mais poderia ter sido feito para evitar que estas
coisas se repetissem como tem sido frequente em terras catarinenses.
Impressionante como relata e tão bem,o senti na minha frente e escutei a tua voz, pude absorver palavra por palavra, que Deus o abençoe.
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