sexta-feira, 4 de novembro de 2016

HOMILIA PARA O DOMINGO DE TODOS OS SANTOS

SEDE SANTOS COMO DEUS É SANTO

Basta acessar qualquer ambiente noticioso para encontrar uma infinidade de ações humanas que podem ser classificadas como devastadoras ou pelo menos destruidoras da própria vida humana e do ambiente em que se vive. É o extermínio de espécies aninais e vegetais, é o descarte de objetos e equipamentos eletroeletrônicos de forma inadequada, é a poluição do ar e das águas, são seres humanos maltratados e considerados como bem de consumo durável e objeto de lucro e prazer. Neste contexto se ouve a primeira leitura deste domingo começando com as seguintes palavras: “Não danifiquem a terra, nem o mar nem as águas”.
É verdade que o grito é dirigido aos anjos, mas a sociedade contemporânea não precisa de anjos para fazer mal, o próprio ser humano é o principal causador de todas as formas de destruição e desrespeito. A pessoa humana, muitas vezes, se identifica com a máxima: “Lobo de si mesmo” sacrificando a própria esperança como se fosse a indústria da destruição.
Mais do que nunca a humanidade precisa de santos, e da força daquele que é o Santo dos santos, isso é, o próprio Deus que salva, que acolhe e que em Jesus Cristo lava a multidão das suas criaturas no “sangue do cordeiro”. No meio da multidão, quantos também podem ser reconhecidos como santos por causa do seu comprometimento com um mundo mais justo, mais humano e melhor.
Apesar dos pecados de cada pessoa e da humanidade inteira, Deus não rejeita, nem exclui ninguém, como se lê na segunda leitura: “Desde já somos filhos de Deus, mas ainda não se manifestou o que havemos de ser. Sabemos que, quando isto se manifestar, seremos semelhantes a Deus, porquanto o veremos como Ele é” (1 Jo3, 2).
Um dia, é certo, todos verão a Deus tal como ele é. Isto é um acender de esperança e um conforto que permite acreditar que a humanidade ainda tem salvação e que a certeza de um tempo e de uma vida muito melhor ainda se concretizará.
O que se espera de cada pessoa em meio a esta avalanche de problemas e de incertezas e ao mesmo tempo de promessa e de aconchego da parte de Deus é um empenho para alcançar a santidade.
Para ser santo e construir uma sociedade e um planeta santo, com responsabilidade pela “Casa Comum” cada pessoa, no seu ambiente e no cotidiano de suas ações é desafiado a viver as Bem aventuranças do Evangelho.
Que o Senhor conceda a graça, a coragem e a determinação de não ser participante da destruição, antes de caminhar na esperança que o encontro definitivo com o Pai de toda a vida começa a ser construído aqui com a responsabilidade individual e coletiva pelo cuidado com todas as formas de vida.









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