A BOCA FALA DAQUILO QUE O CORAÇÃO
ESTA CHEIO
Não
há segmento da sociedade que hoje não e beneficie e dependa das Novas
Tecnologias de Informação e Comunicação (TDIC). Mas é verdade também que as
redes sociais e as tecnologias como um todo são um campo minado de palavras
desnecessárias, informações descabidas, inverdades e muitas vezes calunia.
Inclusive entre pessoas da Igreja que rezam muito e respeitam as mais legítimas
doutrinas, conhecem documentos dos papas e não raro se utilizam dos recursos da
tecnologia para difamar, caluniar, levantar falso testemunho. No âmbito da
política as famosas delações premiadas envolvem sem escrúpulos e sem provas
pessoas que ocupam ou não ocupam funções e responsabilidades. Associam
situações e casos que muitas vezes causa náusea de ver e ouvir.
Pois
a Palavra de Deus proclamada neste domingo trata do uso da palavra como era
utilizada cerca de duzentos anos antes de Cristo. No livro do Eclesiástico o
autor usa a imagem da fala para deixar claro como por meio dela uma pessoa
manifesta o que tem no seu coração. Em resumo, algumas pessoas tentam fingir
com comportamentos, gestos, roupas, disfarces e até enganam bem, mas quando se
trata de ouvir suas retas intenções desnudam os seus sentimentos mais
profundos. O convite da leitura de hoje é claro e obvio: Não se deixar
impressionar por gestos e atitudes teatrais, elas quase nada significam.
Lucas
está preocupado com os falsos mestres, aqueles que se apresentam bonito, mas
com atitudes interesseiras. As palavras de Jesus relatadas pelo evangelista apontam
por onde anda o verdadeiro discípulo de Jesus. Nas comunidades, servindo-se
também das TDIC pode-se ver pessoas que se consideram iluminadas, que nunca
erram e muito menos se enganam, se fazem exigentes com os erros alheios e nunca
percebem que seu telhado é de vidro. São aqueles que Jesus chama de hipócritas,
dissimulados, falsos cujos atos não correspondem às suas vãs palavras para
estes se aplica a expressão do Antigo Testamento: perverso e ímpio e nas
palavras de Jesus “árvore ruim” da qual não se pode esperar outro fruto.
Na
segunda leitura São Paulo fala da vida futura e conclui com um pedido
extraordinário: “Assim, caríssimos irmãos,
permanecei firmes e inabaláveis, cada vez mais diligentes na obra do
Senhor, sabendo que o vosso esforço não é inútil no Senhor”.
Estas palavras não são outra coisa senão ter certeza que acreditar na
ressurreição significa empenhar-se na construção de um mundo mais humano e
fraterno, eliminando as forças do egoísmo e do pecado como ensina o Concílio
Vaticano II “A importância das tarefas terrenas não é diminuída pela esperança
na ressurreição, mas antes reforça a sua execução” (Gaudim et Spes 21).
Em resumo, participar da Eucaristia é um desafio para conciliar
as palavras e as ações de modo que tudo em nós revele exatamente aquilo que
está em nosso interior. Ou seja, que nosso coração apareça em nossas mãos e
palavras.
Belas palavras padre, conserteza nossa palavras refletem o nosso coração
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