NÃO SE CANSAR DE BUSCAR AS COISAS DO
ALTO
Qualquer
pessoa, empresa ou instituição que tenha preocupação com a continuidade da sua
condição e existência está continuamente traçando metas e objetivos. De tal
modo se planeja que uma vez alcançado um determinado ponto no caminho do
sucesso se coloca novas metas e distância no horizonte o topo onde quer chegar.
Isso
é o que acontece com os cristãos em relação às conquistas na vida de fé e a
expectativa do encontro definitivo com o ressuscitado. Toda a liturgia da
Igreja é organizada nesta perspectiva de tal modo que uma determinada
celebração nunca é finalizada em si mesma.
O
exemplo mais claro desta busca incansável é a páscoa. Durante quarenta dias as
celebrações da quaresma vão apontando para o domingo da ressurreição. Chegada a
culminância deste período depositamos ali as dores, as lutas, os sofrimentos e
os desafios. Deixamos tudo na sepultura onde o autor da vida sepultou a morte.
Os
próximos passos para os cristãos é afirmar com a vida e com a palavra o que os
apóstolos fizeram logo depois de reconhecer o ressuscitado, conforme diz Pedro
na primeira leitura: “E nós somos testemunhas de tudo o que Jesus fez na terra dos judeus e em Jerusalém. Eles o mataram, pregando-o numa
cruz. Mas Deus o ressuscitou no terceiro dia”. Ou então como destaca São Paulo: “Ressuscitastes
com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do
alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus; aspirai às coisas celestes e não às coisas terrestres”.
Encontrando o túmulo vazio
os amigos de Jesus sentiram que naquele lugar não havia espaço para a morte e a
tristeza, pelo contrário diz o Evangelho: “João
viu e acreditou... Jesus está vivo, apesar de eles ainda não terem compreendido
o que significa ressurreição dos mortos...”
Celebrar o domingo de
Páscoa implica renovar a esperança, reinventar-se, beber da fonte da salvação.
Que nada, nem ninguém nos distancie do empenho em garantir o direito e a
justiça para todos em todo lugar.
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