SOLIDARIEDADE E COMUNHÃO
Gestos
e atitudes de solidariedade e caridade são frequentes no dia a dia da sociedade
contemporânea. Diante de catástrofes ou de sofrimentos de pessoas e grupos não
faltam voluntários e grupos organizados que arregaçam as mangas e não temem
colocar em risco a própria vida para resgatar outras vidas. Para essas atitudes
costuma-se aplicar o adjetivo “estender a mão na hora da necessidade”. E este
gesto é tido em alta estima por todas as culturas e povos.
Pois
é exatamente isso que acontecia com os discípulos logo depois da ressurreição
de Jesus. Esta é a narrativa da primeira leitura: “Muitos sinais
e maravilhas eram realizados entre o povo pelas mãos
dos apóstolos. Todos os fiéis se reuniam, com muita união, o povo
estimava-os muito. Chegavam a transportar para as
praças os doentes em camas e macas, a fim de que,
quando Pedro passasse, pelo menos a sua sombra tocasse alguns deles”. Ora, se fosse para
tirar uma lição desta primeira leitura é possível afirmar que os cristãos da
atualidade têm a responsabilidade de dar continuidade na ação de Jesus e por
seu testemunho continuar a mostrar Cristo presente e misericordioso diante de
tudo e de todos os sofrimentos que a vida lhes impõe.
O livro do Apocalipse, de
onde se extrai a leitura de hoje, foi escrito no final do primeiro século,
ocasião em que os cristãos eram perseguidos de forma violenta e organizada. O
autor mesmo se diz prisioneiro por causa do Evangelho e mesmo nesta condição
não se furta de reconhecer o Espírito para reconhecer a voz que lhe pedia: “Não temas. Eu
sou o Primeiro e o Último, o que vive. Estive morto, mas eis-Me vivo
pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e da morada dos
mortos.
Escreve, pois, as coisas que viste, tanto as presentes como as que hão-de acontecer depois destas”. Nesta leitura Jesus é apresentado como alguém que caminha lado a lado com a igreja e com as pessoas sugerindo que n’Ele se encontra a força para vencer as forças contrárias à vida do jeito que Deus quer para o mundo.
Escreve, pois, as coisas que viste, tanto as presentes como as que hão-de acontecer depois destas”. Nesta leitura Jesus é apresentado como alguém que caminha lado a lado com a igreja e com as pessoas sugerindo que n’Ele se encontra a força para vencer as forças contrárias à vida do jeito que Deus quer para o mundo.
“Na tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando
fechadas as portas da casa onde os discípulos se encontravam, com
medo dos judeus, veio Jesus, colocou-Se no meio deles e disse-lhes:
«A paz esteja convosco». Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado.
Os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor”. As palavras iniciais do Evangelho deste domingo confirmam
que o Senhor ressuscitado é o centro da comunidade e que nenhum medo, nenhuma
perseguição, nenhuma dificuldade pode ofuscar a presença d’Ele sendo
reconhecido pela comunidade reunida.
Distanciar-se da comunidade, como fez Tomé, é um perigo para
si e para todos. Longe uns dos outros abre-se uma fenda como a lança que abriu
o lado do Cristo morto. Também a nós ele sugere o que ordenou a Tomé: “Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos;
aproxima a tua mão e mete-a no meu lado; e não sejas incrédulo, mas
crente”. Reconhecer Jesus implica frutificar no amor, ser alento e
conforto para os sofredores, iluminar os que estão nas trevas, ser sinal de
esperança para os entristecidos. Em resumo: estar de pé no meio da comunidade
quando o sofrimento toma conta das pessoas, da família, da igreja e da
comunidade. Aprender com Jesus a ser misericordioso!
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