O
GRÃO DE TRIGO PRECISA MORRER
Não
são poucas as dificuldades humanas diante da certeza da morte. Embora se tenha
clareza que a morte é certa e que em algum momento todos haverão de
experimentar essa realidade ela é sempre sofrida, dolorida e sem explicação
plausível.
Mas
é também certo que a morte de uma pessoa em idade avançada, ou depois de uma
longa enfermidade ou mesmo se bastante jovem, mas que deixa como legado
ensinamentos que podem ser assimilados e servem de exemplo para os que tomam
conhecimento do fato, tem-se a impressão que dor é diminuída ou pelo menos
amenizada.
Certamente
esse é o sentimento dos cristãos nesta solene celebração da Sexta-feira da
Paixão. O Crucificado que desde cedo foi identificado com o Cordeiro manso
levado ao matadouro do qual fala a primeira leitura: “Ei-lo, o meu
Servo será bem-sucedido; sua ascensão
será ao mais alto grau. Assim como
muitos ficaram pasmados ao vê-lo - tão
desfigurado ele estava que não parecia ser um homem ou ter aspecto humano -do mesmo modo ele espalhará sua fama entre os povos”. Ou o sacerdote descrito na carta aos
hebreus: “Temos um sumo
sacerdote eminente, que entrou no céu, Jesus, o Filho de Deus.
Por isso, permaneçamos firmes na fé que professamos. Com efeito, temos um sumo sacerdote capaz de se compadecer de nossas fraquezas, pois ele mesmo foi provado em tudo como nós, com exceção do pecado”. As duas figuras é o mesmo que João descreve sendo condenado e sepultado entre dois jardins, sinais de que a morte não tem a última palavra, mas como num jardim bem irrigado é a semente que cai na terra, morre e germina para produzir muitos frutos.
Por isso, permaneçamos firmes na fé que professamos. Com efeito, temos um sumo sacerdote capaz de se compadecer de nossas fraquezas, pois ele mesmo foi provado em tudo como nós, com exceção do pecado”. As duas figuras é o mesmo que João descreve sendo condenado e sepultado entre dois jardins, sinais de que a morte não tem a última palavra, mas como num jardim bem irrigado é a semente que cai na terra, morre e germina para produzir muitos frutos.
Reunidos nesta celebração
da paixão os cristãos não fazem outra coisa senão ter certeza que a dor e a
desilusão da morte vislumbram os mistérios da grandeza de Deus que convida para
ações cotidianas por meio das quais o mundo escuro das cruzes e das dores possa
brilhar como sol fecundo de amor e paz. Por isso celebramos a paixão do Senhor
cantando sem medo: “Vitória tu reinarás,
ó Cruz tu nos salvarás”
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