TODAS AS PESSOAS PERTENCEM A
DEUS!
As redes sociais, o corre-corre do
mundo contemporâneo tornou insignificante algumas realidades que marcaram
profundamente a história da humanidade. Vamos nos colocar na condição de alguém
que está recebendo uma carta, com longas declarações de afeto e noticias de uma
pessoa que amamos. Ao abrir o envelope, nos deparamos com uma saudação mais ou
menos assim: “Agradeço a Deus por ter lhe encontrado e fazer parte da minha
vida. Lembro de você e rezo todos os dias recordando como você leva a sério
tudo aquilo que acredita, sei do esforço que faz e da esperança que brota no
seu coração, não tenho dúvidas que Deus mora na sua casa”.
Com palavras muito semelhantes é uma
saudação com esse significado que Paulo faz na segunda leitura desse domingo: “Damos graças a Deus por todos vós, lembrando-vos sempre em nossas orações. Diante de Deus, nosso Pai, recordamos sem cessar a atuação
da vossa fé, o esforço da vossa caridade e a firmeza da vossa esperança em
nosso Senhor Jesus Cristo. Sabemos, irmãos amados por Deus, que sois do número dos
escolhidos”.
Neste
trecho é possível perceber que os tessalonicenses são uma comunidade que tem Deus no centro das suas preocupações
e atividades. As dificuldades a as provações que experimentam não os impedem de
se comprometer de maneira corajosa com os valores de Deus e do seu Reino. Trata-se
de uma comunidade que coloca em prática aquilo que acredita.
Na
primeira leitura temos uma comunidade escravizada e marginalizada em consequência
dos erros cometidos no que se refere ao respeito e valorização das pessoas. O
resultado da sua má conduta a levou, mais uma vez ao exílio. Neste caso Ciro, o
rei da Pérsia aparece com instrumento de Deus e valorizando as pessoas que são
propriedade divina liberta a comunidade de Israel de mais uma das suas fragilidades
e inconsequências: “Isto diz o Senhor sobre Ciro, seu Ungido: 'Tomei-o pela mão, por causa de meu
servo Jacó, e de meu eleito Israel, chamei-te pelo nome; para
que todos saibam, do oriente ao ocidente, que fora de mim outro não existe. Eu sou o Senhor, não há outro”.
No Evangelho Jesus tem mais um
confronto com os detentores do poder em Jerusalém. Estes para colocá-lo à prova
lhe fazem uma pergunta sobre uma disciplina fiscal da sua época. Jesus não
entra na jogada deles, pelo contrário, mostra com clareza até onde vai a
insensatez dos chefes do povo e qual é a verdadeira condição que deve ser
levada em consideração em relação a dignidade das pessoas: “Os fariseus fizeram
um plano para
apanhar Jesus em alguma palavra. Dize-nos, pois, o que pensas: É lícito ou não pagar imposto a
César?' Jesus percebeu a maldade deles e
disse: 'Hipócritas! Por que me preparais uma armadilha? Mostrai-me a moeda do imposto!' De quem é a figura e a inscrição
desta moeda?' Eles
responderam: 'De César.' Jesus então lhes disse: 'Dai pois a César o que é de
César, e a Deus o que é de Deus”.
A
Resposta de Jesus é objetiva, como se diz: ‘Curta e grossa’. Em outras palavras
pode-se compreender a resposta de Jesus: “Não fujam das responsabilidades do
mundo, mas não façam das pessoas objetos de modo que sejam transformadas em
propriedade ilícita de quem não tem poder sobre elas”. A questão fundamental é
esta: A pessoa pertence a Deus e sua referência fundamental é esta verdade.
Muitas vezes nós estamos também inquietos e inseguros com os acontecimentos
do dia a dia, não percebemos o significado de muitas situações e por isso nem
percebemos como Deus caminha ao nosso lado. Facilmente nos deixamos
impressionar pelas dificuldades e coisas ruins que acontecem ao nosso redor e
nos esquecemos do exemplo de tantas pessoas e comunidades que dão testemunho de
fé, de amor e de esperança mostrando a presença de Deus no mundo.
Não nos esqueçamos, todos somos irmãos e temos responsabilidade
no sentido de não permitir que ninguém seja maltratado, humilhado, explorado,
instrumentalizado, diminuído em sua dignidade. Todos os dias somos chamados a “Dar
a Deus o que é de Deus”!
Adorai-o no esplendor
da santidade,
terra inteira, estremecei diante dele!
Publicai entre as nações: 'Reina o Senhor!'
pois os povos ele julga com justiça.
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