ALEGRAI-VOS
E EXULTAI
O trecho do livro do
Apocalipse de onde se lê a primeira leitura na missa deste domingo começa
narrando alguns sinais extraordinários e uma conversa nada comum entre anjos. E
essa conversa termina com a frase: “Depois disso, vi uma multidão imensa
de gente de todas as nações, tribos, povos e línguas, e que ninguém podia
contar”. A festa de todos os santos nos convida a reconhecer que estamos rodeados de uma nuvem de
testemunhas, entre elas pode estar a nossa própria mãe, a avó ou outra pessoa
que nos foi querida. Alguns daqueles que consideramos santos, podem não terem
sido sempre perfeitos, mas no meio das imperfeições e quedas continuaram a
caminhar e agradaram ao Senhor. De uma coisa é certa na caminhada para a
santidade, não precisamos querer carregar sozinhos o fardo que essa condição
exige, os numerosos santos de Deus nos protegem, amparam e guiam.
E para ser santo, a iniciativa nem precisa ser nossa. É Deus
mesmo quem nos dá esse privilégio, como está escrito na carta de João que
acabamos de ouvir: “Caríssimos, vede que grande presente de amor o Pai nos deu: de sermos chamados filhos de Deus!
E nós o somos! desde já somos filhos de Deus, mas nem sequer se manifestou o
que seremos”.
E qual será a nossa parte nesse processo? Simples assim:
viver as bem aventuranças!
Felizes os pobres em espírito, isso significa: não pensar que
temos o suficiente para comprar tudo e consumir tudo o que nosso insatisfeito
ego sempre sugere mais.
Felizes os mansos – Aqueles que não colocam a própria vaidade
e a pretensão de ser melhor que os demais;
Felizes os que choram – Não ter medo de chorar as próprias
dores e tristezas e chorar com os outros, não tentar diminuir ou esconder o
sofrimento;
Feliz quem tem fome e sede de justiça – aprender a fazer o
bem e o que é justo e correto;
Felizes os misericordiosos – Aquele que é capaz de doar-se
generosamente sem esperar recompensa;
Felizes os puros de coração – Capacidade de amar as pessoas
com o coração;
Felizes os pacificadores – não ser causa e causador de
conflitos e incompreensões;
Felizes os que são perseguidos por causa da justiça – Não querer
que tudo a nossa volta sempre nos seja favorável.
Em resumo, ser santo e buscar a santidade é não ter medo
de valorizar e cuidar da vida em todas
as formas e em todos os lugares.
Santos seremos sempre que nos deixamos moldar pelas bem
aventuranças!
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