DAR E RECEBER PERDÃO E
MISERICÓRDIA
São
João Paulo II, institui a festa da Divina Misericórdia determinando a sua
celebração no segundo domingo da páscoa. A Palavra de Deus que se proclama neste
domingo “traça o caminho da misericórdia
que, enquanto reconstrói a relação de cada um com Deus, suscita também entre as
pessoas novas relações de fraterna solidariedade”.
No
evangelho, Jesus Ressuscitado, aparece aos discípulos apontando canais de
misericórdia: “A paz esteja convosco Como o Pai me enviou, também
eu vos envio'. E depois de ter dito isto, soprou sobre eles e disse: 'Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados eles
lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos”.
Jesus se apresenta como o centro de
toda a comunidade de seguidores e para onde deve convergir toda a vida daqueles
que acreditam. Tomé representa todos os que tem dificuldade de reconhecer na
comunidade a pessoa de Jesus ressuscitado. Obviamente que ele está fechado em si
mesmo, não está em comunhão com os demais, mas ao mesmo o grupo dos discípulos
não foi capaz de dar um testemunho convincente do encontro que tiveram com
Jesus.
Muitas vezes nossas comunidades
fazem esforços significativos para afirmar a fé em Jesus ressuscitado, mas isso
ainda é insignificante e incapaz de fazer alguém acreditar nessa absoluta
verdade. Dentre os testemunhos que nos faltam um deles é a prática da misericórdia como nos pede o
Papa Francisco: “Vamos nos dirigir
confiantes ao Cristo misericordioso e pedir a graça do perdão e do amor que
alcance os nossos pecados, mas ao mesmo tempo seja misericordioso com o próximo”.
A primeira leitura é de uma
clareza extraordinária quando se trata de colocar em prática a misericórdia: “A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma. Ninguém considerava como próprias as coisas que possuía, mas tudo entre
eles era posto em comum... Entre eles ninguém passava necessidade”. A misericórdia se faz conhecer em gestos concretos de
partilha e de comunhão esta talvez seja a forma mais extraordinária de
testemunhar a ressurreição de Jesus.
Ou como deixa clara a segunda leitura: “Podemos saber que amamos os filhos de Deus, quando amamos a Deus e
guardamos os seus mandamentos. Pois isto é amar a Deus: observar os seus
mandamentos”. E todo aquele que se considera filho de Deus tem por missão
amar os irmãos e para isso será necessário colocar em prática as mesmas ações
de Jesus: “Sejam misericordiosos como o
Pai de vocês e misericordioso... aprendam de mim que sou manso e humilde de
coração”.
Certamente a Palavra de Deus
neste domingo da misericórdia nos sugere responder: Acreditamos mesmo em Jesus
vivo em nosso meio? Demonstramos isso com a nossa vida e o nosso testemunho?
Somos verdadeiros construtores da paz e do diálogo fraterno em nossas casas e
comunidades?
Jesus manso e humilde de coração: Fazei o nosso coração semelhante ao
vosso!
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